A última híbrida

7° Capítulo

2 semanas depois…

Ao sentir os mãos dele nas minhas costas o pego de surpresa girando e o jogando no chão, sentei em cima de sua barriga e o segurei pelo pescoço. 

Sorri convencida e o ajudei a levantar. Fiz um acordo que se conseguisse me defender poderia sair daqui, ele só não sabe do acordo e nem concordou com isso. 

Enfim, nessas duas semanas estou dando meu melhor, investi mais na corrida e pontaria. As vezes eu treino minha magia mas ainda tenho um receio pela minha parte bruxa. 

Diego: Está cada dia melhor, daqui uns dias vai me dei6xar com um osso quebrado — Colocou as mãos nas costas, olhei pra ele o desafiando com o olhar. — O que é agora Ayla? Estou todo dolorido não vou correr agora. 

Ayla: Qual é pai, o perigo não espera uma dor muscular passar — Sim! Eu usei uma de suas frases contra ele mesmo, amo essa sensação — Só uma corridinha até o rio.

Diego: Odeio quando usa minhas frases, vamos antes que eu desista. 

Saímos em disparada por entre as árvores. Saltei por cima de um tronco e me transformei no ar, continuamos correndo em forma de lobo. Quando olhei para o lado lá estava ele, o lobo dos meus sonhos. 

Pelo preto mesclado com cinza e olhos mais vermelhos que sangue. Enquanto me afundava naquele olhar me distraí e acabei caindo. A cabeça escorregou no chão e mas continuei na mesma posição. 

Meu pai ainda transformado chegou perto e encostou seu fucinho na parte lateral do rosto da minha loba, me incentivando a levantar.

Levantei e fomos andando até rio, porque eu vi aquele lobo? O que ele tem de tão especial? 

Se a alcatéia que vemos na montanha fosse boa poderíamos nos abrigar lá, mas eles acabaram com tudo que minha família tinha. Não posso ir pedir ajuda a uma alcatéia desse jeito. 

Caçamos e fomos para a cabana, passamos o dia todo treinando não quero me sentir frágil, eu não sou assim. 

Papai disse que estou treinando demais, mas se o objetivo é sair daqui não importa pelo que eu tenho que passar. 

°°°

Diego: Ayla acorda — Sussurrou e senti ele me balançando. — Preciso de uma ajuda sua. 

Ayla: Hm — Resmunguei de olhos fechados. 
Diego: Te espero lá fora, vamos logo. 

Levantei e percebi que ainda estava escuro, o que esse homem quer? 

Ayla: O que foi pai? — Saí da cabana com os braços cruzados por causa do frio. 
Diego: Ta vendo aquela estrela? — Apontou para uma delas — A mais brilhante. 

Olhei para a estrela e fiquei meio hipnotizada, ela tinha um brilho diferenciado não era como as outras. Não sei explicar o que tinha de diferente mas sabia que era. 

Ayla: O que tem ela? — Perguntei ainda olhando para a estrela. 
Diego: Ela é a estrela guia dos híbridos, é sua estrela guia. — Quando o olhei percebi que tinha um calendário em suas mãos. — Feliz aniversário minha borboletinha. 

Meus olhos se encheram de lágrima e sorri o abraçando. 

Ayla: Eu te amo demais, obrigada por tudo — Continuei abraçada por mais um tempo. — Por isso o brilho dela é diferenciado não é? Por ser uma estrela dos híbridos, híbridos são diferentes dos outros. 

Diego: Exatamente, um diferente bom — Disse com convicção — Lá fora eles chamam vocês de monstro, então não se esqueça nunca — Me virou de frente para ele e olhou nos meus olhos — Você é uma boa pessoa, os verdadeiros monstros são eles. 

Ayla: Não importa como nós somos chamados, sei quem eu realmente sou. 
Diego: Essa é minha garota — Passou a mão em meu cabelo o bagunçando. 

Já estava quase amanhecendo então ficamos ali até o sol nascer.

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