Para Sempre.

Extra!

Gulf estava sentado, olhando para a janela da cozinha, sua expressão distante.

— PAPA!! — Natasha entrou na cozinha com pressa, seus cabelos bagunçados e molhados.

Ela já tinha 10 anos, mas mantinha a mesma aura inocente e extrovertida. Com o tempo, esquecera completamente dos acontecimento há sete anos.

— Eles não param de me molhar — Ela reclamou, se escondendo atrás do Beta.

— Ale, Chris, venham aqui — Gulf chamou, sabendo perfeitamente onde eles estavam.

Em seguida, dois meninos, um Beta e um Alfa, adentraram a cozinha. Um tinha cabelos ondulados castanhos e pele bronzeada, o outro, cabelos lisos negros e pele clara. Os olhos eram idênticos, claros e brilhantes como estrelas.

Christian e Alexander eram gêmeos bi-vitelinos, respectivamente Beta e Alfa. Ambos com sete anos, resultados do descontrole de Mew e Gulf ainda na noite em que o beta recuperou a memória.

Não era pra menos.

— O que eu já disse sobre usar isso na sua irmã? — Apontou para as arminhas d'água que eles carregavam — Se forem usar isso contra ela, melhor pararem agora antes que percam o direito de recebê-las de volta.

Chris e Ale trocaram um olhar espantado antes de baixarem a arminhas.

Gulf tinha medo daquilo. Não era a primeira vez em que os gêmeos mostravam afeição por “armas" ou coisas que envolvessem violência. Tinha medo que aquilo os incentivassem a seguir o caminho que tanto os afastava.

Sabia que era paranoia da sua cabeça, que crianças gostavam daquilo... mas ainda se assombrava com as palavras de seu pai de que eles pudessem se interessar por aquilo.

Após a morte de seu pai e seu renunciamento, a gangue ficou para Pawattakun, o homem mais confiavam que tinham. Se desvinculou completamente após isso.

O máximo que ele podia fazer, era torcer para que Ale e Chris quisessem ser policiais e não bandidos.

— Eu sei o que está pensando — Mew adentrou a cozinha.

— Dada! — As três crianças o agarraram, pulando felizes com sua chegada. O Alfa era o que ainda mantinha a maior carga horária de trabalho.

— Eu nem disse nada — Gulf reclamou assim que Mew se aproximou dele.

— Eu sinto o que você sente e não preciso ser um detetive para adivinhar a razão dessa preocupação — Indicou os filhos “armados" atrás de si — Não preciso te lembrar que está exagerando, né?

Mew sabia das inseguranças do marido, mas achava que não era pra tanto. Sabia que seus filhos podiam ser ariscos de vez em quando, porém, assim como o pai Beta, tinham o coração de ouro e meigo. Não havia motivo para preocupação; eram apenas criança.

— Não precisa... — Revirou os olhos — Eu posso ser paranoico, sabia?

— Por isso que eu estou aqui — O beijou — Para manter isso aqui na linha — Apontou para o coração dele.

— Eca! — Ale reclamou.

— Eles estão sendo melosos de novo — Natasha completou.

— É amor, seus brutos — Chris molhou os dois — Deixem de reclamar.

— Você agora está ME molhando?? — Ale questionou — Pensei que fosse seu parceiro!

— Eu sou um lobo solitário — Fingiu drama e riu, molhando os irmãos de novo — E mais rápido.

Então, Chris disparou pela cozinha, rumo a sala, sendo perseguido pelos outros dois.

— Eu estou ficando velho pra isso — Mew reclamou com um suspiro — Já não tenho mais energia.

— Engraçado, pra quase quebrar meu quadril, você parece bem energético — Se afastou.

— Não vejo você reclamar — Mew se aproximou — Quer ver?

— Fique longe de mim! — Correu também, se juntando, sem querer, à brincadeira das crianças.

Mew o perseguiu. Para se defender, Gulf tomou a arminha de Alexander e a usou contra o Alfa, Chris se unindo a ele. Molharam boa parte do chão... faria as crianças enxugarem depois.

A noite foi de brincadeiras, com Chopper se unindo a eles em algum momento. Acabaram na piscina, com Mew pulando nela com o marido em seus braços, sendo acompanhando pelos filhos.

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As preocupações de Gulf não deram em nada, pois Ale e Chris se tornaram jovens amáveis e inteligentes.

Natasha se formou em engenharia civil. Ale em letras e literatura. Enquanto Chris, entrou para uma academia de polícia, fez faculdade de direito e não demorou em se tornar comandante da PM.

A vida de Mew e Gulf foi recheada de orgulho e alegria pelos filhos. Mesmo quando eles saíram de casa, ainda os visitavam. O casal tirou um tempo para viajar e nunca mais precisaram se preocupar com o passado.

Tiveram o seu “felizes para sempre" após tanto esforço.

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Ent, gente, é isso! Espero que tenham gostado, de verdade! Me empenhei bastante para escrever essa história!

Espero de verdade que tenham aproveitado ler, tanto quanto amei escrever. Obrigado por todo o apoio e até a próxima história que minha cachola trouxer!

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