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Capítulo 20.
Quando Mew recebeu a ligação de Gulf sobre o sequestro da filha, ele teve um belo ataque de pânico. O Beta teve que ir buscá-lo no trabalho, pois ele não estava em condições de dirigir.
— Como isso aconteceu? — O Alfa perguntou no banco do carona do carro.
— Fiat — Respondeu simplesmente, apertando mais o volante na simples menção do Ômega — Foi pegá-la na escola e a professora liberou. — Os nós de seus dedos estavam brancos com a força em que apertava o volante — Depois Surat me ligou. Ele quer uma troca.
— Uma troca? — Mew ficou confuso apenas por dois segundos — Não!
A expressão de Gulf permaneceu inalterada. Respirou fundo, mas não se alterou.
— Você não pode fazer isso! — Mew disse, desesperado — Tem que ter outro jeito.
— Tudo isso começou por minha culpa, nada mais justo do que ser eu a acabar — Gulf sequer desviou o olhar da estrada.
— Você vai se entregar para ele no lugar de Natasha. — Não era um pergunta — Eu não posso perder você de novo.
— Não será tão fácil assim! — Decretou — Marquei um lugar para a troca; hoje à noite. Você vai comigo.
— Ela vai ficar um dia inteiro com eles? — Os olhos do Alfa se arregalaram, mas respirou fundo para se acalmar — Me diga que tem um bom plano.
— Eu tenho — Finalmente olhou para ele — Eu, obviamente, não confio nada em Surat; tenho suspeitas de que ele não pretende realmente liberá-la — Trincou os dentes com o pensamento — Assim que ela estiver livre, você a pega e vai embora. Imediatamente.
— Está sugerindo que eu deixe você para trás? — Sua voz estava incrédula.
Gulf parou o carro abruptamente, estavam em uma rua comum, vazia, quase chegando em casa.
— Estou mandando que salve nossa filha — Falou com brutalidade olhando para baixo, em seguida levantou os olhos — Estou mandando que leve Natasha para um lugar seguro. Que cuide dela como sempre fez —Sua voz ganhou um tom melancólico — Em todos esses anos, eu não estive presente, não fará diferença para ela no futuro — Sua voz ficava cada vez mais triste — Você a levará para longe de toda a confusão. Surat só irá parar quando eu estiver morto.
— Eu não posso perder você de novo! — Sua voz quebrou, mesmo que ele tivesse tentado soar firme — Tem que haver uma forma de vocês dois saírem de lá. Por favor.
— Eu vou tentar — Garantiu, segurando a mão do Alfa — Não pense que quero deixar vocês sozinhos. Eu quero ver Natasha crescer e se tornar uma mulher linda. Quero vê-la se empenhar nos sonhos que quiser e apoiá-la. Eu não quero morrer — Uma lágrima escorreu por seu olho — Eu quero ficar com você. Quero criar novas memórias para substituir aquelas que perdi... mas tenho que ser realista. Estarei em menor número e ele não será misericordioso — Suspirou — Se tiver sorte, levo alguém comigo.
O coração de Mew doeu. Não podia fazer nada para evitar aquele destino; era o sangue de Gulf ou Natasha a ser derramado, e aquela escolha era impossível e maligna demais para ser feita por Mew.
— Eu queria-
— Você tem que cuidar de Natasha — Gulf o cortou. Odiava que aquilo parecesse uma despedida — Você deve cuidar dela. Cuide dela por mim, ela não pode perder nós dois.
— Ela não pode perder você — Entrelaçou seus dedos no dele — Eu também não posso. Ela é sua filha e vocês sequer tiveram tempo juntos.
— Por isso você deve estar com ela. Natasha sempre teve você e sempre terá, então é você quem deve viver por nós — Apertou a mão dele com carinho — Me prometa que fará de tudo para cuidar dela.
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Para Sempre.
AksiGulf era um Beta comum, com amigos no colégio e um namorado Alfa. Seus dias eram de um adolescente normal, porém, durante a noite, ele era o filho da máfia. Filho único do maior chefe da máfia da Tailândia, ele era forçado a cometer todo tipo de coi...