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Capítulo 11.
O funeral foi planejado por Thiwat, sendo executado dois dias após o acidente. Como ordenado pelo médico, o caixão foi fechado – sendo de madeira escura e detalhes dourados –. Mew não conseguia voltar para o apartamento, então ficou na casa dos pais até o funeral. Ele não se movia durante toda o velório, Natasha ficou nos braços de sua mãe enquanto ele encarava o caixão com uma expressão distante e meio morta. Profundas olheiras se destacavam abaixo de seus olhos. Não conseguia dormir há dois dias e, quando o fazia em curtos cochilos, tinha pesadelos e acordava chorando.
— Mew — Nosh chamou, tocando o ombro do filho — Nós temos que ir.
Suppasit olhou ao redor e templo estava quase vaziou agora. Thiwat estava de pé ao lado do caixão, olhando para ele como se pudesse ver a pessoa lá dentro.
Souberam que o motorista morreu com a colisão, mas ainda não tinha sido identificado pela falta de documentação. Mew estava revoltado, pois o assassino de seu marido não deveria ter se safado tão rápido. Ele sequer teve o tempo para pagar pelo que fez. Mild contou que o carro quase acertou ele e Natasha, então poderia ter perdido sua filha também. Uma bebê. E o canalha não pagaria por aquilo de uma maneira que pudesse ver seu sofrimento.
Mew nunca gostou de violência e muito menos de realizá-la, mas espancaria aquele motorista se ele não já estivesse morto. Se odiava por pensar daquela forma, mas era a verdade. Ele tinha tirado o amor de sua vida de si.
— Com licença — Thiwat se aproximou deles, mais especificamente de Yihwa — Sou Thiwat, pai de Gulf.
— Oh, sim, sentimos muito por esta perda — Yihwa falou — Foi dolorosa para todos nós, não imagino como deva estar.
— Sim... — O Alfa suspirou, mas balançou a cabeça — Só quero saber se posso segurá-la por um instante — Apontou para Natasha.
Mew ia ficar de pé para negar veemente que ele não podia, mas foi cortado por sua mãe, que foi mais rápida.
— É claro que pode — Falou, entregando a bebê para o homem.
Thiwat segurou Natasha firmemente, soltando um longo suspiro ao encará-la. Nunca a tinha visto, apenas sabia de sua existência, mas obviamente Gulf não o queria perto dela.
— Você é linda — Ele se afastou, caminhando até o caixão com ela nos braços.
Mew os observava apreensivo, pronto para tomá-la de Thiwat a qualquer momento. Porém, ele não conseguia se aproximar do caixão. Sequer passava perto desde que chegaram.
— É realmente uma pena que você nunca o verá — Thiwat falou para a neta, se abaixando para que ele pudesse tocar no caixão — Mas ele amava muito você, tenho certeza que Suppasit a lembrará disso — Sorriu para a neta, notando as pequenas orelhinhas dela, idênticas às de Gulf — Não incomodarei você.
Ele arrumou a postura e se aproximou dos Jongcheveevat, seu genro ficando de pé imediatamente.
— É melhor que cuide bem dela — Avisou, entregando Natasha para o Alfa — Se não eu tomarei providências.
— Eu cuidarei muito bem da minha filha — Mew a pegou em um instante.
Thiwat acenou e caminhou para a saída. Mew observou se afastar; não gostava dele nem um pouco e não era agora que isso ia mudar.
Suppasit tirou uma semana de folga do trabalho após o ocorrido. Ele permaneceu esse tempo na casa dos pais, sem forças para voltar a seu apartamento. Mas estava apenas adiando o inevitável; precisava pegar roupas para si e Natasha. Embora sua mãe tenha se oferecido pra ir em seu lugar, ele recusou preferindo encarar de uma vez aquele momento.
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Para Sempre.
ActionGulf era um Beta comum, com amigos no colégio e um namorado Alfa. Seus dias eram de um adolescente normal, porém, durante a noite, ele era o filho da máfia. Filho único do maior chefe da máfia da Tailândia, ele era forçado a cometer todo tipo de coi...