Capítulo 8 - Tensão no céu.

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Após despertar de seu sono que não durou mais que duas horas. O mestre do fogo se perguntou quem havia colocado ele em um ninho de almofadas e deixado chá e biscoitos sobre a mesa, com a bebida tendo um feitiço de preservação para se manter quente. 

Não querendo pensar demais e pensando que podia ser Yi Zhen com sua superproteção, comeu o lanche de bom grado e escreveu o relatório das missões feitas em sua descida ao mundo mortal. 

Depois disso, foi visitado regularmente por sua shijie, que havia descoberto seu mergulho de cabeça no trabalho sem descanso, o forçando a ter intervalos regulares e suas merecidas oito horas de sono. 

E assim se completou sete dias que a provação de sua majestade havia se iniciado. Repentinamente, tudo se acalmou e o silêncio se tornou angustiante. Era como se o próprio tempo houvesse parado e, após alguns minutos de ansiedade, um pilar de luz se ergueu da praça central e dele, sua majestade surgiu. 

Com diversos ferimentos e todo acabado, mas com um sorriso vitorioso nos lábios. Ele havia conseguido. 

Todos os deuses comemoraram, alguns até chorando de alegria. Para então, um baque surdo, os silenciar mais uma vez. 

O imperador havia desmaiado. 

Todos se desesperam. 

“Vocês, carreguem sua majestade para seus aposentos!” Ling Wen assumiu a liderança, ordenando alguns deuses para carregarem sua majestade com total cuidado. “Preciso que alguém vá ao plano mortal e traga Li Wang para tratar de sua majestade, imediatamente!!”

“Por que tem que ser esse pirra-.”

“Nós iremos!” Duas deusas se apresentaram, partindo logo em seguida. Essas eram as deusas que mais o importunavam mas, agora agiam próximas dele, até mesmo o protegendo dos insultos de outros deuses para com o jovem. 

Mesmo que os deuses que levaram sua majestade quisessem lhe dar banho e colocar roupas limpas, por não saberem a extensão do dano causado nele, puderam apenas limpar em volta das feridas e seu rosto. 

Quando pareceu que horas já haviam se passado, as portas do aposento real foram abertas com força e o jovem mestre do fogo entrou, uma expressão séria em seu rosto. Ignorou os deuses que estavam ali e os que vinham atrás. Examinou sua majestade, franzindo suas sobrancelhas feitas e delicadas, fez surgir uma bolsa em meio a chamas e retirou ervas e remédios de dentro dela. 

“Preciso que vão buscar algumas ervas para mim, se não souberem o que é, comprem de mercadores mortais.” Jogou a lista para as deusas que haviam ido lhe buscar. “Lembrando que, a velocidade com a qual conseguem isso, é o que vai determinar a velocidade de melhora do imperador. Vão.”

As duas mulheres se curvaram e saíram. 

“Vocês, preparem bacias de água, toalhas e faixas limpas.” Os deuses ali não se mexeram, fazendo o jovem trincar o maxilar. Seus cabelos pegaram fogo e uma aura opressora girou ao redor dele até os demais deuses, os fazendo não conseguir respirar pela poderosa pressão. “Eu acabei de lhes dar uma ordem. Foda-se se gostam de mim ou não, podem me odiar e me amaldiçoar o quanto quiserem, se não tem a intenção de contribuir para os cuidados do imperador, saiam desse quarto e não apareçam mais.” Os olhos, antes frios, queimavam em chamas brancas, causando arrepios horripilantes nos deuses ali e percebendo, tardiamente, que aquele jovem não era nenhum pouco fraco.

A pressão sobre eles sumiu, demorando alguns segundos para se recuperarem, correndo para fazer os pedidos feitos. Enquanto o jovem suspirava tentando acalmar sua mente. Olhando para o imperador que dormia com sua aparência pálida e um tanto fraca. 

Perda de sangue. 

Sem poder celestial. 

Veneno. 

Pulmão perfurado. 

Era os pontos mais fortes da condição de sua majestade. Os cortes eram bastantes, mas apenas uns poucos eram profundos. 

Com as primeiras bacias de água, Li Wang trabalhou no veneno, retirando o máximo que pode de dentro do homem enfermo. Então cuidou das feridas, usando seu poder e conhecimento para curar as mais leves sem deixar cicatrizes, fazendo o melhor que pode nas mais profundas, as fechando de dentro para fora, verificando seus órgãos e garantindo não esquecer nada. Um pedaço de dente de uma fera foi retirado de uma ferida profunda entre suas costelas, perfurando seu pulmão, mais um pouco de demora e teria sido grave. 

Enquanto se concentrava totalmente nas feridas mais graves, as deusas chegaram com as ervas solicitadas, percebendo que, dos inúmeros deuses que estavam ali antes, apenas dois ficaram para trás, Li Wang havia despachado aqueles que mais atrapalharam, fora que não era propício uma quantidade absurda de gente ali. Após curar o pulmão perfurado, se permitiu respirar fundo, seus cabelos haviam sido presos em um coque, um raro momento em que suas orelhas e nuca ficaram à vista. 

“Oh, vocês voltaram.” Verificou as ervas e agradeceu por elas terem pego as certas. 

“Como disse, compramos algumas que não conhecíamos de mercadores.” A mais esbelta se pronunciou. 

“O que fazemos? Nos peça o que for.” A mais baixa disse. 

“Essa, essa e essa. Moa junto e misture com esse medicamento, aqueça pelo tempo de dois incensos. Com essas outras, esprema até fazer uma pasta delas, continue até não conseguir distinguir as folhas.” Ele passou os deveres com calma, sinalizando aos dois deuses sobressalentes que buscassem mais água limpa, pois aquelas já estavam sujas de sangue. 

O tempo de cuidado de sua majestade durou mais cinco horas depois disso. Então os quatro deuses foram dispensados e receberam ordens de não permitir que ninguém mais entrasse. Pois agora Li Wang iria transferir poder ao imperador continuamente e curar o núcleo dele que foi prejudicado durante a batalha. Esse processo era crítico e delicado, precisando de toda sua concentração. 

Então ele ficou ali, sentado com a cabeça de sua majestade sobre seu colo, com as mãos repousando sobre seu peito, na região mais próxima de seu núcleo. 

Ficando nesta posição por dez dias consecutivos. 

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Sei que sou uma negação com pontualidade, mas tenham paciência, sim? Aqui está mais um capítulo para vocês.

O mestre do fogoOnde histórias criam vida. Descubra agora