Chapter four;

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Já era o quarto copo de whisky que virava sem minimamente aproveitar a bebida que descia pela sua garganta e nem ao menos se sentia alterada, era como se bebesse água. Algumas pessoas te encaravam, mas você não se importava com isso, Senju estava na pista de dança.

Ela adorava dançar.

Pediu mais uma bebida para o garçom quando sentiu alguém se aproximando.

- Já no quinto copo. - a voz conhecida disse.

Você olhou e percebeu Naoto ali parado pedindo alguma bebida, você virou o copo e ele te olhou assustado.

- E sem ao menos degustar da bebida. - riu fraco. - Isso não é do seu feito.

Ele estava certo, você adorava aproveitar cada gole da bebida, mas aquela noite não pedia aquilo.

- Poderia me deixar em paz - disse. - não estou em um bom dia

- Estou percebendo - ele te encarava.

Voltou a observar Senju na pista de dança, Naoto te conhecia desde da infância, por causa de seus pais cresceram praticamente juntos, mas depois que cresceram e cada um decidiu seguir seu caminho vocês já não se falavam mais como antes, afinal ele era um policial.

Sentiu a mão do mesmo no seu pescoço abaixando a gola que cobria os hematomas ali presentes, mas antes que pudesse ver mais pegou a mão do mesmo e o encarou.

- Quem fez isso [Nome]? - perguntou.

- Foi uma noite muito louca, apenas.

- Sério? - continuavam a se encarar. - Eu sou policial, sei quando a noite de sexo foi boa ou quando é agressão.

Você suspirou.

-E sei também que se fosse por sexo não faria tanta questão de esconder.

O policial já sabia o histórico do seu pai em relação a você.

-Foi meu pai - respondeu. - Sério Naoto, não sei o porquê quer tanto saber.

Ele pegou no seu queixo te fazendo o olhar.

-Sabe que pode o denunciar. - você riu.

-Não Naoto, eu não posso. - revirou os olhos. - quem acreditaria em mim?

-Eu acreditaria.

Você o encarou por mais alguns minutos antes de se levantar e o deixar sozinho. Ele não entendia que não era tão simples assim, não acreditariam na filha de um homem tão poderoso, não na filha que abandonou tudo.

Precisava de um pouco de ar então subiu para o terraço, era uma coisa que você adorava fazer, observar a cidade do alto, as luzes, em como as pessoas estão sempre com pressa. Pegou o maço de cigarro no bolso da calça, pegando um cigarro e acedendo o mesmo.

- Está tudo bem? - uma voz te chamou fazendo com que saísse dos seus pensamentos, quando olhou para trás viu Draken parado te encarando.

Ficou confusa, não sabia o que ele estava fazendo ali.

- E por um acaso se importa com a resposta? - ele pareceu surpreso com a sua resposta, percebeu pela cara de confuso que o mesmo fez - Desculpa, só não estou em um dia bom. - disse enquanto tragava o cigarro.

- Isso não te dá o direito de ser rude - falou se aproximando de você.

Você apenas assentiu, não tinha forças para discutir, ofereceu um trago do cigarro para o mesmo que aceitou. O observou pegar o cigarro e levar para os lábios e soltar a fumaça de uma forma estranhamente sexy balançou a cabeça e voltou a olhar a paisagem.

- Não eu não estou bem, respondendo sua pergunta. - disse quebrando o silêncio formado. - Mas não quero falar sobre.

Ele apenas assentiu te olhando, ele tinha um olhar intenso que te deixava fraca, mas você não podia demostrar isso.

- Mas posso ficar aqui te fazendo companhia? - perguntou se sentando em um grande bloco de concreto que havia ali.

-Claro. - se sentou próximo a ele.

A noite estava fresca, poucas estrelas iluminavam o céu, mas mesmo assim ainda era uma noite bonita.

- A noite está bonita - disse olhando para o céu e depois para você se aproximando do seu rosto. - Assim como você.

HEATHENS, drakenOnde histórias criam vida. Descubra agora