Chapter sixteen;

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Alerta de possível gatilho: Uso de drogas e consumo execisso de álcool.

Estava a exatas duas semanas trancada em seu quarto, sua cama estava rodeada de sacos de salgadinho, potes de sorvete e maços de cigarro, havia se levantado da cama apenas para ir ao banheiro.

Seu celular estava desligado, não queria contato com ninguém, desligou assim que recebeu uma mensagem de Saito falando que havia dado um fim no corpo. Nesses quinze dias pediu para seus funcionários que não deixassem ninguém entrar, em algumas noites até escutou os gritos enfurecidos da Senju pedindo para que a deixassem entrar, até mesmo o Draken havia aparecido um dia.

E você achou super estranho, afinal o que ele queria?

A tv ligado em canal qualquer quando a programação foi interrompida por um jornalista, novamente seu pai estava presente junto a uma moça que aparentava ser mais velha, cabelos escuros compridos, tinha os olhos inchados como se tivesse chorado por muito tempo.

"Agora mais notícias sobre o desaparecimento do segurança de Yoshida Akira."

Você bufou estressada pegando o controle e desligando a mesma, olhou para mesinha observando o relógio digital que estava ali percebendo que já se passava das oito da noite, se levantou indo até o banheiro se preparando para tomar um banho.

Precisava se distrair.

Depois do banho vestiu qualquer roupa colocando um sobre tudo preto por cima, afinal a noite estava fria, ligou seu celular por fim recebendo milhares de notificações de mensagem e ligação, apenas respondeu com um "estou bem, não se preocupe" para Senju e Draken o colocando por fim no bolso antes de ir até a garagem pegar sua moto.

Depois daquele dia Senju a deixou aqui para você.

[...]

Estava sentada no bar, havia pedido uma garrafa de whisky que já estava na metade, agradeceu mentalmente por ninguém tão conhecido estar ali naquela noite. Sentiu a presença de alguém se sentar no banco ao lado olhou e viu o cabelo preto com algumas mexas brancas, as vestes levemente exageradas e logo reconheceu quem era.

— Kokonoi Hajime — Disse trazendo a atenção dele a você.

— Não seja tão formal, apenas Koko, por favor. — Pediu.

Você assentiu levemente com a cabeça antes de virar o líquido da garrafa, ele te olhava meio surpreso com a cena.

— Dia difícil?

— Vida difícil. — Respondeu simples ele apenas concordou com a cabeça.

— Tenho algo que pode ajudar. — levou a mão até o bolso pegando um pequeno saco contendo alguns quadros coloridos dentro. — cinquentinha e você leva.

Você suspirou, sabia que vindo do Koko realmente não seria de graça, apenas pegou sua carteira pegando a nota e entregando pra ele, ele te entregou o saco e você colocou dois quadradinhos na boca fechando os olhos por um momento, tombou a cabeça para o lado e quando abriu estava próxima do rosto dele.

Ele se aproximou de você, passando a mão pelo seu braço e quando praticamente sentia o cheiro de bebida um do outro sentiu ele passando a mãos em seus dedos.

— Tentando roubar meu anel, Kokonoi fala sério. — revirou os olhos e ele riu. — Some da minha frente, por favor.

Ele levantou se rendendo dando risada e sumindo no meio da multidão.

Sua cabeça começou a doer e a visão estava ficando turva, se levantou cambaleando caminhando até as escadas que davam no terraço, subiu elas com dificuldade chegando até seu destino, a chuva fina caia sobre seu corpo enquanto você se sentava em um canto abraçando suas pernas, seu corpo inteiro tremia.

Inferno, inferno, inferno era o que passava pela sua cabeça.

Só queria que aquilo acabasse.

[...]

— Eu já te disse, eu são sei onde ela está. — Senju bufava enquanto olhava o loiro.

Draken não sabia o porquê, mas estava preocupado com você desde o dia que saiu da casa dele praticamente correndo depois de uma ligação.

A quinze dia na cabeça dele se passava milhões de pensamentos do que podia ter acontecido com você, na busca de uma pista pegou o celular olhando os stories até finalmente encontrar um onde podia ver você ao fundo, próximo ao bar.

— Já sei onde ela está. — Pegou o casaco que estava em cima do sofá e saiu correndo.

[...]

—Onde você se enfi... — Draken ia começar a falar após entrar praticamente correndo no terraço, mas ao te encontrar ali tremendo ele correu até você pegando em seu queixo o fazendo o olhar. — Céus [Nome], eu gosto de mulheres fortes, mas pedir ajuda uma vez ou outra não dói.

Suas pupilas estavam dilatadas, sua visão estava embaçada, sinceramente não sabia distinguir se aquilo era real ou não, apenas levantou sua mão colocando no rosto de Draken.

— É você mesmo? — perguntou.

— Claro que sim. — respondeu. — Você está drogada?

— LSD, bebida e cigarro.

— Você quer se matar?

Você não respondeu

Apenas abaixou a cabeça, queria chorar, mas não conseguia sentia que seu coração iria explodir a qualquer momento de tão acelerado que estava.

— Vem, vou te levar para casa. — Draken disse te ajudando a ficar de pé, mas antes que conseguisse você sentiu seu corpo fraquejar e tudo ficar escuro. 

HEATHENS, drakenOnde histórias criam vida. Descubra agora