Capítulo 35: Com licença, a senhora é a Dona Margareth?

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Dirigir durante cerca de 5 horas até o destino que estava em busca. O sol já raiava ao nascer tão lindo durante o fim da estrada, cheguei a cidade de Coast Dellay, estacionei próximo a uma conveniência de café, as pessoas pareciam todas se conhecerem, podia deduzir que fosse uma cidade pequena. O local tinha cheiro de café puro moído na hora, o que me deu uma sensação boa e ao mesmo tempo uma fome. Sentei próximo ao balcão e notei alguns olhares me fitarem, talvez não costumasse receber muitos visitantes pela cidade. A garçonete loira dos olhos esverdeados se aproximou de mim e me perguntou o que eu gostaria, pedir um café por enquanto e umas torradas, ela sorriu e voltou para preparar meu pedido, me serviu e eu tomei um gole do café, estava realmente divino.

- As pessoas aqui não costumam receber muitas visitas não é mesmo? - Falei com a garçonete que logo olhou em volta e sorriu.

- Não esquenta, quando as pessoas te observam demais aqui ou te acharam bonito ou acreditam que você sejam algum tipo de bandido foragido que buscou uma cidade esquecida por Deus para fugir. Você é bandido? - Ela falou.

- O quê?! Claro que não! - Falei assustado.

- Então talvez seja a primeira opção. - Ela disse.

Ambos rimos.

- Mas me diga, o que trás uma pessoa tão bonita como você aqui na nossa cidade? - Ela me perguntou curiosa enquanto colocava seu pano sobre o ombro.

- Eu, hã... Estou em busca de resposta, na verdade estou procurando por uma pessoa que acredito que ainda resida por aqui. Ela se chama Margareth, não sei o sobrenome dela, mas sei que o endereço dela é nessa pequena cidade aqui.

Peguei a foto que eu havia encontrado dentro dos arquivos de Noah e entreguei a garçonete, para que ela pudesse ver. Ela recolheu a foto e logo sorriu.

- A Sra. Margareth, como ela era linda mais nova. E esse pequeno jovem aqui, Noah, seu neto preferido, quanto tempo eu não o vejo. Faz tempo que ele não vem por aqui.

- Sim, pois é. Eu sou um breve amigo de longa data de Noah, mas preciso encontrar a Sra. Margareth para perguntar sobre ele e o porque desapareceu. - Falei.

- A Margareth é um pouco solitária, viveu boa parte de sua vida dedicando-se ao seu neto, ainda mais depois do acidente que o aconteceu com ele as coisas mudaram para eles, ela passou a ficar mais solitária do que se imagina, ela não gosta de receber muitas visitas, então boa sorte.

Perguntei sobre o endereço e ela logo me informou onde a Sra. Margareth residia, paguei o café e sair apressadamente seguindo as orientações da garçonete simpática que me atendeu. A casa da senhora era um pouco afastada das demais, ao redor eram cheias de flores e plantas, ela tinha um lindo apelo por plantas, isso se poderia negar, parei meu carro próximo a cerquinha que separava a casa da estrada e desci do carro. Uma senhora de cabelos brancos, fita cor de mel amarrada sobre a sua cabeça, cardigan e roupas largar estava cultivando suas flores, regando água com toda calma e tranquilidade, próximo a ela havia um cachorro cor de caramelo, que ao chamar por ela, logo veio correndo, latindo em minha direção. Me afastei de prontidão para que ele não pulasse em cima de mim e ela fixou seu olhar para mim.

- Bob! Bob! Por favor pare! - Gritou para o cachorro.

O cachorro logo obedeceu e caminhou em volta para perto de si.

- Com licença, a senhora é a Dona Margareth? - Perguntei.

- Eu não quero receber visitas, por favor, me deixe em paz. - Gritou esbravejando enquanto caminhava em direção a porta da sua casa.

- Por favor, eu só preciso conversar com a senhora a respeito do seu neto Noah, olhe eu tenho uma foto de vocês dois. - Falei.

Peguei a foto do bolso do casaco e apontei para ela para que ela pudesse notar que a foto que eu tinha era verdadeira. Ela se virou com calma e me olhou de longe tentando ver se a foto de fato era dele, mas devido a sua idade acredito que não tenha enxergado bem.

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