Capítulo 22: Não poderia esquecer desse nome tão especial.

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Dias se passaram, as coisas com Brandon estavam tudo normais, por mais que estivéssemos afastados devido aos nossos compromissos, estávamos mantendo contato através de mensagens. Eu sempre odiei essas coisas de namoros clichês. Não que eu e Brandon realmente estaríamos namorando. Mas parecíamos dois adolescentes bobos apaixonados, discutindo sobre como seria nossa futura casa, quantos cachorros teríamos ou que lado da cama dormiríamos, essas coisas. Eu tinha voltado minha rotina da faculdade e estava super atrasado. Como sempre. Peguei minha mochila do quarto e sair correndo pelo corredor do apartamento, me deparei com Vivien na cozinha, ela me viu correr apressadamente e apontou para mesa que estava farta de comida, o que de fato não foi ela que fez, já que era uma péssima cozinheira, como sempre ela pedia café da manhã pelo o iFood, para nossa salvação. Por um minuto eu pensei em comer pelo menos umas torradas que estavam incrivelmente gostosas só pelo olhar, mas ouvir sussurros saindo da porta do banheiro e vi que Casey estava saindo de toalha do banheiro, para meu desprezo e acabei tendo que recusar a oferta, não suportaria ficar mais nenhum minuto perto dele e ela sabia muito bem disso, Vivien percebeu minha insatisfação e abaixou a cabeça como forma de quem dissesse "Eu sinto muito", o que eu reprovei com uma balançada de cabeça negativamente, respondendo "Estou super decepcionado com você". Peguei minhas chaves do apartamento atrás da porta e sair correndo para faculdade.

A questão era que eu não poderia ficar decepcionado com Vivien por ela gostar de Casey, não com toda a segunda vida que eu tenho, se ela soubesse o terço do que se passa na minha vida ela nunca mais me perdoaria, a diferença entre nós dois era que mesmo eu não gostando desse relacionamento, ela era aberta comigo, não me escondia seus segredos, já eu, era um péssimo exemplo de melhor amigo e sabia que precisava contar o mais rápido possível sobre tudo que me cerca, mas sentia que ainda não estava no momento certo. E qual seria o momento certo, Matthew? Quando você morresse nas mãos de Brandon, assim como ele fez com Noah? Você é péssimo Matt, falhou como amigo e  sabe muito bem disso. Evitei pensar em coisas que me relacionariam sobre o passado de Brandon, isso estava fora de questão, aliás, era o passado de Brandon, não meu, não poderia me prender ás imperfeições dele e se ele disse que mudou, eu acredito.
Entrei na sala de aula, pela primeira vez conseguir chegar no horário que todos os alunos, acabei me esbarrando na entrada com Gregory, ele me observou com um olhar penetrante o que me deixou bem intimidado, mas em seguida soltou um longo sorriso, como quem acabara de me reconhecer.
- Olá, Matthew. Quanto tempo! - Gregory falou enquanto caminha em direção a sua carteira na sala.
Dei a volta pela primeira fileira e sentei na minha ao lado dele.
- Olá, Gregory. Fico feliz que ainda lembre do meu nome. - Respondi num tom delicado.
- Não poderia esquecer desse nome tão especial - Gregory sorriu.
- E o que faz ele ser tão especial? - Perguntei, dessa vez não estava compreendendo onde ele queria chegar.
Ele me olhou com um olhar de quem estivesse se arrependido de ter falado, mas acabou se retratando.
- Como a primeira pessoa quem eu conheci na faculdade. - Respondeu.
- Ah, sim. Entendi. - Resolvi não puxar mais assunto e quis me concentrar na aula.
- Então... O Sr. Gibbons passou um trabalho em dupla para falar a respeito de notícias relevantes o qual poderíamos modificar para nossa geração e quais os meios que poderíamos repassar essa notícias para que atraíssem públicos mais jovens. Eu estou sem dupla, creio que você esteja sem também, quer fazer comigo? - Ele perguntou enquanto me repassava uma folha com todas as informações do trabalho.
Peguei a folha e observei, por mais que Gregory fosse estranho o suficiente, queria me retratar com ele, percebi que não fui um ótimo primeiro amigo e ele só estava querendo ser simpático comigo.
- Tudo bem, faço sim. - Respondi.
- Ótimo. Quer ir para meu apartamento depois da aula para iniciar? - Perguntou novamente.
- Claro! - Confirmei.
Ele soltou um leve sorriso e voltou a prestar atenção na aula. Por mais que achasse estranho tudo aquilo novamente, ir até a casa de Gregory me traria respostas do dia a qual eu o vir saindo do edifício de Meredith, não esperava que ele revelasse a verdade, mas talvez encontrasse alguma coisa que poderia me informar que ele também fazia parte dos contratos. E se Gregory for algum bode expiatório de Meredith, que estivesse apenas me observando para cumprir minhas regras? Essa pode ser uma das maiores possibilidades. Talvez. Mas eu indo até lá poderia encontrar mais respostas das quais eu não havia questionado, o que seria interessante.

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