E se eles tivessem se encontrado de outra forma?
Sem câmeras e julgamentos, apenas Carla e Arthur.
Afinal, quando é pra ser, não importa onde e nem quando, só é!
Essa palavras ecoam e não saem da cabeça de Arthur. Ele saiu as pressas de uma reunião como o fotógrafo do próximo ensaio, nem pode se explicar, apenas correu para o carro seguindo a localização que Carla havia lhe enviado. Ligava insistentemente para o número que só caia na caixa postal. Depois de cerca de uma hora ele a encontra sentada em frente a um posto de gasolina, sem nada em nas mãos, chorando desesperadamente. Uma senhora bem idosa a ajudava, que nem a reconheceu devido a tamanho nervoso. Arthur consegue estacionar o carro e em questão de segundos já está a segurando em seus braços.
-Me conta o que aconteceu, meu amor. Meu Deus, você está machucada.
O, agora bandido, havia apertado tanto os braços da pequena que estavam bem vermelhos, quase formando manchas roxas no local.
Carla mal conseguia falar devido ao nervosismo. Arthur ameaça ir a procura do homem, mas Carla o impede:
- Só me leva pra casa, por favor lindo.
- Vem, amor.
Ao chegar em cada Carla se dirige ao chuveiro tirando toda a roupa, ela se sentia sua por ter sido tocada por aquele homem, se ele não tivesse avistado uma viatura, com certeza teria feito algo muito pior com ela.
Arthur se aproxima carregando um copo de água e um remédio pra dor.
- Posso te ajudar? - pergunta.
Sem dizer nada, Carla assente.
Arthur tira a camisa e entra junto com Carla no box e a abraça por trás, segurando seus cabelos.
- Você vai se molhar todo...
- Não me importo. Só quero me certificar que a minha namorada está bem...
- Namorada? Carla se mostra surpresa ao ouvir aquilo.
- Você aceita ser a minha namorada? Eu sei que poderia ter sido o pedido em alguma ocasião melhor, mas eu fiquei desesperado com a possibilidade de ter acontecido o pior com você, minha princesa.
- Eu só pedia a Deus pra que você chegasse logo... E sim, eu aceito ser sua namorada, Arthur.
Os dois, que já estavam de frente um pro outro, se beijam sentindo a água quente os molhar e se sentindo gratos por estarem na presença um do outro.
ARTHUR
Tudo isso que aconteceu com Carla me fez ter clareza de meus sentimentos por ela, enquanto percorria a cidade a sua procura, eu pedia a Deus para que nada de ruim acontecesse com ela. Depois de ter a ajudado a lavar o cabelo, eu os seco e enquanto ela se veste vou em direção a cozinha a procura de algo que ela pudesse comer e descansar. Por sorte tinha umas embalagens de liv up no congelador.
Quando chego no quarto a encontro tendo que relatar todo o ocorrido para a imprensa no telefone e reparo no quanto ela ainda estava assustada. Ela termina a ligação, come um pouco e se deita, me puxando para próximo ao seu corpo.
- Obrigada por ter me ajudado. Você é maravilhoso- ela diz no meu ouvido.
- Você que é, meu amor. Agora descansa, quando você acordar eu vou está aqui ainda.
Deposito um beijo em sua testa e a deixo descansar, minha pequena não anda tendo dias fáceis, eu queria fazer algo para deixá- la feliz. Nesse instante me vem a cabeça a nossa viagem. Decido adiantar os preparativos, tínhamos decidido que buscaríamos alguma praia calma e acabo achando uma ilha bem aconchegante em Paraty, que poderíamos ir de carro e depois só pegar um barco que nos levaria até a entrada da pousada Divina, onde passaríamos um fim de semana incrível. Depois de tudo, merecíamos um descanso.
Chega o final de semana e decidimos pegar estrada logo cedo. Paro em frente ao prédio de Carla e a vejo descer com uma mala quase do seu tamanho: - É uma ilha mas não é desertas não ta, Carla. A gente não vai morar lá não.- digo a ela. - Engraçadinho- diz enquanto abro o porta malas do carro
- Eu vou ficar de sunga os três dias, se duvidar...podemos ficar sem roupa também se quiser... - Garanto que a dona da pousada vai amar Hahahha - Maldosa, Carla...
Coloco nossa playlist pra tocar no carro e nesse clima descontraído nós seguimos em direção a Paraty. Combinamos de ficar em off para não ver as notícias e não sermos vistos, pois apesar de assumidos, presávamos pela discrição do nosso relacionamento sempre. Queríamos viver intensamente e sem holofotes. Embora tenhamos recebido muita coisa ruim, as coisas boas foram enormes, temos até fã clube que só nos enviam amor. Cada vez eu tinha mais certeza que estava ao lado da mulher certa. Com tudo o que aconteceu e por causa da viagem, deixamos o almoço com meus pais para uma outra ocasiao, minha mãe estava super ansiosa para conhecer a "norinha" dela, pois viviam de conversas no celular, certeza que é falando mal de mim, mas elas são as mulheres da minha vida mesmo...
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Já faz um tempinho que chegamos e já estou encantado pelo lugar. Se Deus quiser viveremos momentos incríveis aqui, sem nada para atrapalhar.
