As horas seguintes foram de um tremendo caos para os novos papais da cidade. Por pouco o pequeno Samuel não nasce em pleno chão frio da garagem de casa. Na correria entre pegar Carla no colo, as bolsas, chaves e telefone, Arthur largou a carteira em casa e depois de já estarem no elevador teve que subir de novo para buscá-la, enquanto Carla o esperava as contrações aumentaram o rítimo e como já estava sem forças,acabou se sentando no chão. O porteiro até foi ajudar, mas parecia que quem ia parir era o próprio devido a tamanho nervosismo e tremedeira.
Depois de alguns minutos Arthur chega ao estacionamento e se depara com a cena de sua mulher sentada no chão, sem forças para entrar no carro sozinha.
-Deixa comigo, Sr Evair- se dirige ao porteiro- Pode deixar que dou notícias.Arthur colocou Carla no banco de trás do carro, guardou tudo e praticamente voou até a maternidade, a essa hora já tinha dado tempo de avisar a Dona Mara que já os esperava inquieta e ao telefone com o Sr Carlos, pai de Carla.
Adentraram a recepção e uma enfermeira já encaminhou a moça corredor a dentro deixando genro e sogra nervosos e emocionados tentando avisar a todos os mais próximos.
Algum tempo depois Arthur é chamado para se trocar e acompanhar o parto dentro do centro cirúrgico. Depois de se trocar, juntou-se a equipe, se posicionando atrás de Carla.
Eles não trocavam nenhuma palavra, apenas se olhavam. Os dois tinham o mesmo olhar apaixonado, de quem tinha certeza de que estavam no caminho certo.
O médico começou o procedimento e Arthur olhava e filmava tudo atentamente, apertava firme a mão de Carla, a passando segurança, mas por dentro ele estava quase desmaiando de ver o tamanho do corte na barriga da amada.
- Deus que me perdoe...
- Que foi? Ta tudo bem?- Carla se assusta.
- Ta tudo bem, minha linda. To aqui.Ta quase.
Ele diz ao dar beijinhos em sua testa. Nesse instante, os papais babões ouvem o melhor som do mundo, o choro agudo de Samuel era maravilhoso e não se sabia quem chorava mais. O médico se aproxima e entrega o bebê aos braços da mamãe, que se aconchega e começa a querer pegar o peito, ficando quietinho assim que o papai diz em seus ouvidinho:
- Bem vindo, meu filho.
Ele se vira em busca do olhar da mulher que lhe proporcionou esse momento único em sua vida, cola seus lábios e diz:
- Obrigada por ter realizado meu sonho, amor.
- Te amamos muito, papai.Depois de terem sido feitos os procedimentos médicos, mamãe e filhinho já descansavam nas intensas horas de trabalho de parto, coladinhos um ao outro. Enquanto Arthur mostrava a Deus e o mundo a sua cria, na lanchonete da maternidade, se precavendo para a noite longa que viria, a primeira do resto de sua vida.
Uma nova e linda família acabava de ser formada, cheia de amor e prosperidade.
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Destinados
Hayran KurguE se eles tivessem se encontrado de outra forma? Sem câmeras e julgamentos, apenas Carla e Arthur. Afinal, quando é pra ser, não importa onde e nem quando, só é!