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Bom dia, gente, como cês tão? Eu espero que bem e vacinados (ou na fila pra vacinar kakak).
Começando mais uma história no dia de hoje, só que devo confessar que ela não é o estilo que eu escrevo no geral, é beeeem mais sofrida do que eu escrevo KKKKK então avisos importantes sobre essa história antes de começar:
-Vou atualizar de 15 em 15 dias, já que ainda vivo vendo e relendo dados importantes sobre a época, tentando deixar mais acreditável. E pra manter o cérebro com uma quantidade saudável de tristeza KKKKK (eu sou da comédia, gente).
-Se passa na década 1860, por isso que escravos não vão ser uma coisa tão absurda de se ter.
-Se você conhece minha escrita, sabe que sou uma palhaça, mas nessa história em específico não vai ter tantas gracinhas por abordar assuntos sérios. Esteja ciente que apesar de manter muitas coisas fora de cena, a história ainda pode gerar desconforto. Não leia se for prejudicar você em algum sentido.
Dito tudo isso, uma ótima leitura e perdoem os erros.

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O pequeno Peter Parker tagarelava empolgadamente na carroça, Tony prestava atenção em grande parte da conversa do pequeno rapaz, se permitindo sorrir ou rir nos pontos devidos.

-E então eu seria o melhor montador de cavalos que as pessoas daqui já viram, papai- Ele exclamava com um ar orgulhoso, com uma animação tão inocente que cabia apenas aos pequenos.

-Eu tenho certeza disso, Peter- O homem meneou a cabeça com orgulho, tinha a crença que todo bom pai tem de que sua criança pode se tornar o que ela desejar ser no futuro. Peter era um pequeno milagre em dias cinzentos, que confortava o coração do Stark mais velho- Embora eu tenha certeza que cavaleiros não andam por aí com brinquedos e mimos.

O rosto do mais novo se avermelhou, gerando uma risada por parte de Tony.

-Muffet é meu fiel escudeiro- O menino segurou melhor a aranha de brinquedo e carregava, o pequeno era fissurado pelos aracnídeos, e amava também sapos, naquela ansiedade de criança de imaginar e sonhar, Peter já tinha sonhado em ser várias coisas, antes de ser um cavaleiro, semana passada mesmo dizia sobre estudar animais- Então não posso me separar dele.

-Tenho certeza que não- Tony replicou em um tom divertido e já se preparando para descer do transporte, olhou mais uma vez para Peter- Consegue se lembrar das regras?

-Não sair de perto de você, papai, e não falar com estranhos- Peter ofereceu em seriedade e Tony assentiu.

-Isso mesmo, agora vamos, antes que sua mãe me arranque a cabeça por demorar demais- Ele brincou e Peter pegou em sua mão.

-Mamãe não faria isso- Peter respondeu e Tony deu uma risada nasal- Acho que você está sendo um dramaturgo, papai.

-E é a sua mãe que anda te ensinando essas palavras ou o senhor Rhodey?- O mais velho sorriu enquanto caminhavam juntos.

-Não posso contar- Ele sorriu traquina e passou um zíper imaginário em sua boca antes de jogar fora. Tony permitiu sorrir com o pensamento de quanto tempo a criança conseguiria manter esse segredo do pai, por ser um tagarela, duvidava que seria muito.

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O barulho das algemas e seu tilintiar enquanto se moviam era um ritmo sonoro que já não lhe incomodava mais. Cabeça sempre abaixada, como se seu pescoço já tivesse sido feito para ser mantido em tal posição. Encarava os pés que estavam sujos com o vermelho barroso da terra, era mais um dia, embora tinha perdido a conta dos dias, das semanas, dos anos. Mantinha o compasso do tempo quando dormia, assim sabia que a noite tinha se transformado em uma nova manhã. Repetia o mesmo processo vez a pós vez, esperando o dia em que a morte iria o agraciar, se é que já não estava morto e aquilo fosse apenas o revestimento de carne no qual se encontrava, mas que infelizmente não conseguia fugir.

Vende-se LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora