Capítulo 10

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Eu queria mesmo é ter uma desculpa bem boa pro motivo que eu demorei e procrastinei um dia inteiro (quase dois) pra postar isso. Mas não tenho nada a lhes oferecer além de "bloqueio criativo". O que é deveras um saco, se formos parar pra pensar que eu sei o que vai acontecer cada capítulo dessa história, então eu só preciso passar a ideia pro papel.
Estrago já feito, e mil perdões pela demora. Mas muiiito obrigada por continuarem acompanhando, favoritando e comentando, isso aumenta ainda mais minha paixão por contar histórias com enredo de novela clichê kkkkkkk.
Gostaria de também dizer que estamos chegando muiiiito pertinho do fim, e que por isso tentarei não atrasar na hora de postar o próximo capítulo, vamos ter fé que não irei procrastinar.
Sobre o de hoje, não sei, sinto que se alguém aqui shippar winteriron pode ficar meio animado com algumas cenas KKKKK enfim, vocês são livres para criar os shipps que quiserem dentro dessa fic.
Sem mais enrolação, perdoem os erros e tenham uma ótima leitura.

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"Nós somos como pássaros que vivem em gaiolas abertas, alguns já escaparam de suas grades, mas outros estão bem acostumados pelo tempo que passou nelas, que esqueceram de como se voa para a liberdade"

—Helisson Rafael S. Cantalice

Bucky mal podia acreditar no que tinha ouvido, e tinha colocado sua roupa com a mente a ainda confusa. Certamente tinha escutado errado, não é? Aquele homem não faria nada por si, afinal Bucky se mostrava cada dia mais inútil.

Tinha ouvido falar de senhores de escravos que davam a liberdade para os mesmos de livre e espontânea vontade, e outros que faziam esses escravizados pagarem, por trabalhos aos seus senhores, pela sua liberdade. Era como um anúncio nesses jornais que Tony gostava tanto de ler, “vende-se liberdade”.

Mas o senhor Stark já esperava dentro da carroça, e parecia ter um olhar impaciente. Bucky cuidadosamente entrou, e evitava olhar para Tony, pois sabia que o homem olhava diretamente para a sua garganta, ou até mesmo a vermelhidão, que logo estaria roxa, nos olhos de Bucky.

Alguns segundos sob o olhar de Tony, o fizeram tentar levantar a gola de sua camisa, tentando esconder o machucado.

-Sinto muito, isso não deveria ter acontecido- A voz repentina do homem naquele silêncio acordou Bucky de seus pensamentos.

Era estranho, alguém se importar com uma coisa que acontecia todos os dias com outros escravizados. Agora ao menos levava uma vida muito mais tranquila que outros escravizados que conhecia.

Não sabia o que responder para Tony, ninguém sentia muito por ele, ninguém se importava em colocar-se em seu lugar antes. Empatia não era uma regalia estendida para ele. Nem antes da escravidão e muito menos após ela.

Por isso, se pôs a falar como um escravo obediente falaria.

-Senhor Stark, eu ainda não terminei a casinha de Pete—do jovem amo, então eu não posso...eu não cumpri a minha parte do acordo- Falou ainda sem olhar nos olhos do homem. Não sabia o que fazer se tudo aquilo fosse uma brincadeira muito maldosa do Stark, e se na verdade ele estivesse o levando diretamente para o mercado de escravos, para retornar um escravo muito atrapalhado. E Bucky sabia bem o tipo de tratamento que era feito com escravos que não sabiam se comportar bem quando voltavam para o mercado- E eu posso pagar pelas coisas que eu quebrei, perdão, senhor- Foi interrompido por um suspiro.

-James, pare. Apenas pare. Eu não quero ouvir um pedido de desculpa de um homem que quase foi violentado na minha casa. Eu já tenho bastante coisa na minha consciência, eu não preciso de mais outra- Ele terminou por fim, apoiando seu braço no encosto da carroça e olhando para a paisagem.

Vende-se LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora