Dois

114 9 2
                                    

Olá! Quinze dias de passaram, é aqui que me encontro novamente.
Sabe, apesar dessa história estar bem longe do que costumo escrever e meu tipo de humor, essa foi uma daquelas histórias em que se tenta grudar na mente do leitor pelo máximo de tempo possível, e vira e mexe vai surgir um pensamento longe e esquisito de "espera, tinha uma fanfic que eu li do Bucky sendo escravo ou estou alucinando?".
E eu sei, eu sei da discussão sobre o uso da palavra escravizado e não escravo (de forma curta, é que a condição de alguém ser vendido para outro, não deveria se chamar escravo, não é uma profissão, e sim escravizado, mostrando que alguém está aplicando aquela ação sobre outro), mas irei utilizar escravo de vez em quando e minha professora de história arrancaria meu pescoço se visse KKKK então ainda bem que ela não parece ler fanfic, certo?
Boa leitura e desculpa qualquer erro.
____________________________________

"Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais" 

-Hilda Hilst

Bucky tinha notado pelas roupas que o homem usava que ele deveria ter uma quantidade exorbitante de dinheiro, uma vez que eram de ótima qualidade, não podia imaginar contudo, que seria tanto poderio financeiro. Bucky já havia servido a algumas pessoas, e Tony estava na lista dos mais ricos. Apenas de olhar para a mansão já sabia que o homem era importante.

Tinha uma vasta plantação na entrada e Bucky jurava ter visto alguns animais enquanto eram guiados para a casa. O pequeno rapaz, Peter, tinha acordado e não focava mais tanto em Bucky, então provavelmente o garoto só havia ficado chocado pela violência que presenciou no mercado, e provavelmente como qualquer outra criança, as emoções do garoto eram voláteis e mudavam repentinamente. Isso podia significar que Tony escolhia punir os seus escravos em ambientes mais reservados. Não era uma total surpresa para o escravo, apesar de já ter tido mestres que amavam se vangloriar em um grande espetáculo de ferir um escravo em meio a uma festa, também tinha lidado com aqueles que esperavam, esperavam até Bucky ter a esperança de que talvez não fosse ser punido, somente para o atacar quando não estava preparado. Era o pior tipo.

Descobriu que Peter também tinha o vício de falar como o pai, parecia falar tudo o que vinha a mente e Tony não interrompia, esperava até ter uma abertura para acrescentar algo nas histórias do pequeno. James ficou mais do que contente de não ter sido requerido em nenhuma das conversas.

Quando chegaram na entrada da casa, o homem que guiava os cavalos abriu a porta para o Stark, que esperou o filho descer e em seguida desceu. Pegando em suas mãos as sacolas das coisas que haviam comprado no mercado, mas não tinha em mãos a sua última mercadoria, não havia segurado as correntes de Bucky e o feito andar. Mas era um homem esperto e sabia melhor do que deixar um mestre esperando.

-Mamãe, mamãe- Peter corria direção a uma mulher, que pela visão que Bucky podia ter, levantando apenas os olhos, tinha longos fios ruivos e sorria para o filho, estendendo um dos braços para ele e a outra mão segurava a barriga, que indicava uma gravidez avançada- Eu lembrei de tudo que você pediu, mamãe.

-Que rapazinho mais inteligente que eu tenho- Ela falou animada e acariciou o cabelo do menino, antes de fechar a cara para Tony, ao ver o homem que lhe seguia- Quem é esse, Tony?

-Por que eu não posso ter um afago quando chego, como o Peter?- Brincou e beijou a testa da mulher- Esse é o James, ou se preferir, Bucky.

-Eu te pedi uma coisa tão simples, Tony- A mulher suspirou cansada- Por que tem um escravo ferido na frente de nossa casa?

Mais uma vez, Bucky estremeceu, a mulher não parecia contente, e Bucky não sabia muito bem o que era pior, estar ali como escravo ou voltar para as vendas, onde todos o tocavam a todo momento, enquanto a mente corria com pensamentos ansiosos de onde seria seu futuro.

Vende-se LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora