Your Eyes Tell | J-Hope (concluída)

Capitulo 11 - Estou quebrando, aguente, aguente, aguente

Hyeri

Não tive tempo de eu tentar reagir ao que ouvi, instantaneamente senti meu cabelo ser puxado com força e meu corpo foi de encontro ao dele, soltei um gemido e as lágrimas começaram a sair.

- Você vai ficar bem longe deles e eu vou garantir isso.

- O que?? Ah meu Deus, por favor não faça nada comigo, me solta por favor - Ele puxou novamente meu cabelo quando começou a andar nisso bati a lateral do meu corpo na bancada e então caí no chão e comecei a ser arrastada. - As memórias do sequestro começaram a inundar minha mente então soltei um berro, mas que foi interrompido quando senti minha cabeça bater no chão bruscamente, o homem foi arremessado para o lado, caindo junto com outro homem que batia nele com força.

Minha reação foi me agachar e encolher no canto da bancada e observar a cena, quando o homem que me agrediu ficou desacordado, o segurança veio ao meu encontro.

- Srt Seo, eu sou o segurança da casa, me chamo Jo Yeong, posso chegar perto da senhorita? - Não consegui responder ele, eu estava em um choque ainda, apenas olhando para o homem que havia me agredido. - Senhorita eu preciso saber se está bem, se você se machucou e se precisa de ajuda. - Eu podia ouvi-lo mas ainda estava processando o que aconteceu. Percebi que havia uma voz no fundo, ela estava me chamando de uma forma totalmente alterada mas não consegui dar muita atenção, o segurança que antes prestava atenção em mim saiu do meu campo de visão e logo voltou a falar.

 - Senhor Jimin, a Senhorita Seo foi atacada na casa, já acionei a equipe de segurança e estão vindo para a residência, sim... eles irão encaminhar o indivíduo para a delegacia... sim senhor, a polícia foi avisada e também está vindo.... não sei a motivação, mas consegui imobilizá-lo e ele está desmaiado... Ela está consciente senhor e não parece machucada, ela não está respondendo... - Ele parou de falar assim que me pronunciei, tinha certeza que o Jimin poderia me ouvir também.

- Eu estou bem - disse primeiro de forma baixa por não conseguir controlar o volume da minha própria voz então tentei de novo - eu estou bem, por favor não conte para ninguém, não conte o que aconteceu. - falei com um pouco de desespero, dessa vez olhei para o segurança, ele ainda estava com o celular no ouvido e estendeu ele pra mim.

- Ele quer falar com a Srta. Tem certeza que está bem? - Concordei e peguei o celular da sua mão e coloquei no meu ouvido. - Jimin?

- Ah meu Deus Hye, como é bom ouvir sua voz, você está bem?

- Sim - mesmo sem convicção eu precisava convencê-lo disso - eu estou bem, confia em mim, eu sou médica, o pior passou.

- Mesmo assim, vai para o hospital, a gente te encontra lá, vou avisar todos aqui...

- Não Jimin, não quero que conte para ninguém, sei que você e o Yeong vão cuidar disso, só quero que vocês fiquem em segurança e não adianta nada avisar os outros, eles só vão se preocupar também... eu estou bem mesmo e vocês tem um show para fazer hoje, de nada vai adiantar preocupa-los também.

- Hye, eu não concordo com isso, você é parte da gente, se fosse ao contrário você não iria querer saber se algo tivesse acontecido com eles?

- Claro que iria querer, mas essa é a minha decisão agora Jimin, por favor não conte para eles.

- Eu não concordo nada com isso, mas tudo bem, se você quer assim então não contarei para eles, pelo menos não agora, estamos terminando aqui e assim que eu chegar nós vamos ao hospital.

- Ok

Assim que encerramos a ligação, a polícia estava entrando na casa, como foram notificada sobre quem estava hospedado na casa eles tiveram que ser rápidos e não fazer alarde para chamar atenção da vizinhança, foi autorizada a entrada deles no estacionamento fechado que foi por onde levaram o homem, pegaram meu depoimento, bateram foto do local da briga, dos meu ferimentos e saíram, eu teria mesmo não querendo ir ao hospital para fazer o laudo, por conta dos machucados e a polícia precisava disso para incriminá-lo. Quando a polícia saiu, ainda não havia saído da cozinha, me encostei na bancada olhando a bagunça que estava, alguns utensílios que havia separado tinham caído no chão, nesse momento pude perceber que a adrenalina começava a baixar e sentir no meu corpo e na minha mente o efeito de tudo que aconteceu, sabia o que estaria por vir agora e nos próximos dias e não seria fácil.