Capítulo 27

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Pedro fica sem graça com o fora que levou e Kate segura o riso.

-O que houve com ela? Por que ela me tratou daquele jeito?

Kate se faz de desentendida.

-É sério, Kate. Eu quero explicações!

-Isso você resolve com ela depois. Mas, parece que ela não quer mais saber de você.

-Cala a boca, nerd chata. Você não sabe de nada. -Pedro sai andando.

Mário se aproxima de Kate.

-Kate, cadê a Lorena?

-An, saiu correndo.

-Droga, por que ela tá desse jeito hoje?

-Bom, isso tem a ver com a Lorena, não posso ficar contando. But, vai atrás dela, vai que ela te conta.

Mário sai correndo.

Na sala do terceiro

Raquel fica brava com Mirela.

-Que foi, migs? Parece brava.

-É, porque você botou aquele garoto na nossa chapa.

-Deixa de ser chata, Quel. Você sabe muito bem que a gente precisa de ajuda, ainda mais que esse ano a concorrência vai ser foda.

-É, mas olha a quantidade de alunos que tem nessa escola. A gente podia chamar minha prima, os amigos dela, minha irmã. Não tinha necessidade de chamar o Guilherme.

-Eu não chamei ninguém, ele que se ofereceu. E, outra, quem garante que essas pessoas que você citou iriam querer entrar pra chapa?

-Tá, você venceu. -revira os olhos. -Mas, é que eu tô de saco cheio desse garoto. Tá em todo lugar que eu vou. O que eu fiz pra merecer isso?

-Calma, eu sei como te acalmar. Vamos no cinema hoje? Vai sair o "Anoitecer".

-É mesmo. Só bora. O meu pai vai espernear um pouco, mas eu dou meu jeitinho.

Na sala de teatro

Mário encontra Lorena ali às lagrimas.

-Sabia que você estaria aqui.

-Sai, por favor. Quero ficar sozinha.

-Eu quero saber o que tá acontecendo. Eu pensei que a gente tinha algo. -ao ouvir isso, ela dispara a chorar. -Foi alguma coisa que eu fiz?

-Não. Você não entenderia. -ela cobre seu rosto com suas mãos.

Então, ele se aproxima dela, levanta o rosto dela colocando sua mão no queixo dela e diz:

-Então, me explica, que eu tô disposto a entender.

Ela respira fundo para se acalmar, antes de começar a falar.

-Lembra que eu te falei que o meu pai tinha aquelas regras ridiculas pra me impedir de namorar? -ele assente. -Pois bem, depois que ele nos pegou no flagra, ele só piorou. Ele colocou um castigo horrível pra mim ontem, fica o tempo todo de olho em mim. Eu tô cansada, Mário. Ele não me deixa viver, não me dá liberdade. Parece que não me ama de verdade.

-Ei, calma! -Mário abraça ela, que chora ainda mais. -Independente da postura do seu pai, ele te ama sim. Você só tem que provar que ele tá errado em ficar te proibindo de tudo.

-E o que eu faço? Ele nem me escuta. Acha que é o dono da razão toda vez.

-Talvez podíamos mostrar que nem todo menino é perigoso e que vai partir seu coração. Se você quiser eu falo com ele e provo pra ele que sou digno da filha dele.

Dez coisas que eu odeio em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora