Pedro olha para Lorena, surpreso. Ela se afasta um pouco.
-Por quê? Agora que tá ficando bom. -ele direciona seu rosto ao pescoço dela, mas ela levanta.
-É, mas esqueceu? Meu pai tá aqui perto e se ele entra aqui e pega a gente eu tô morta.
-Relaxa, aquele chato do seu pai deve ter um monte de fregueses pra atender. Ele não vai aparecer aqui. -ele se aproxima de novo.
-Não, Pedro, é sério, não é seguro. Além disso, eu quero ficar um pouco sozinha agora. -ela diz, abraçando seu corpo.
-Tá certo. -ele diz, desgostoso. -Amanhã a gente se vê. -ele dá um beijo na bochecha dela e sai do quarto.
Lorena senta na cama, aliviada. Do lado de fora, Pedro sai, um tanto irritado.
-Até que enfim! -Raquel levanta, aliviada. -O que aconteceu lá dentro?
-Tipo o quê?
-Você sabe do que eu tô falando. O seu tipo não me engana.
-Bom, acho que você vai ter que perguntar pra sua irmã. Eu não sou de espalhar fofoca. -ele sai com a cara mais lerda.
Raquel fica com muita raiva.
-Que ódio desse babaca. Por que a Lorena foi se envolver com esse cara de novo?
-Você não vai com a cara dele mesmo, né? -Guilherme conclui.
-Não, porque ele é o típico boy lixo. Mas, você acha que pode ter acontecido alguma coisa lá dentro? Olha o que ele falou.
-Acho que não. Eu não conheço bem a sua irmã, mas acho que ela não ia ficar com ele nessas circunstâncias, com o pai por perto. Posso ser incoveniente, mas ela é virgem né?
-Até onde eu sei ela é, a menos que ela tenha aprontado nesse tempo que a gente tá brigada. Mas, eu espero que ela não faça isso, pelo menos não com esse babaca.
Já fora da padaria, Pedro explode de raiva.
-Que ódio! Eu não acredito que chegamos tão perto e essa garota arrega desse jeito. Mas, tudo bem, na hora certa eu vou conseguir o que eu quero, a se vou.
Casa de Mário
Mário e Jordana terminam uma parte do trabalho.
-Acho que tá bom por hoje, Mário. Tô cansada.
-É verdade. Seu motorista vem te buscar que horas?
-É só eu mandar mensagem que ele vem, mas eu não tô a fim de ir pra casa agora.
-Você não gosta de ficar em casa?
-Gosto, mas lá eu me sinto sozinha, sabe? E também tem meu irmão enjoado. O pior é quando ele resolve chamar os amiguinhos dele pra fazer baderna.
-Tipo o Pedro...
-Nossa, nem fale. Depois que o Pedro chegou na escola, o Caique mudou demais. Até o jeito de me tratar. A típica má influência.
-Eu também não vou com a cara dele. Muito metido. Mas, enfim, você quer jogar enquanto isso?
-Hum, eu topo. Lá em casa eu mal tenho liberdade pra jogar.
-Ue, por quê? Seu pai é dono de uma empresa de jogos. -diz Mário selecionando os jogos.
-É, mas segundo ele eu tenho que jogar os jogos que a empresa fabrica pra meninas. Eu até gostava quando era pequena, mas agora eu acho sem graça.
-Desculpe o comentário, mas seu pai é um machista hein.
-Nem me fale.
-Bom, pode escolher o jogo que você quiser.
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Dez coisas que eu odeio em você
RomanceMário acaba de se mudar pra São Paulo com sua família. Nisso, ele começa a estudar na escola Ruth Goulart, onde conhece Lorena, por quem se apaixona perdidamente. Entretanto, ele depara com vários obstáculos para ficar com sua amada, dentre eles o p...