Capítulo 42

66 9 4
                                    

Pedro olha para Lorena, surpreso. Ela se afasta um pouco.

-Por quê? Agora que tá ficando bom. -ele direciona seu rosto ao pescoço dela, mas ela levanta.

-É, mas esqueceu? Meu pai tá aqui perto e se ele entra aqui e pega a gente eu tô morta.

-Relaxa, aquele chato do seu pai deve ter um monte de fregueses pra atender. Ele não vai aparecer aqui. -ele se aproxima de novo.

-Não, Pedro, é sério, não é seguro. Além disso, eu quero ficar um pouco sozinha agora. -ela diz, abraçando seu corpo.

-Tá certo. -ele diz, desgostoso. -Amanhã a gente se vê. -ele dá um beijo na bochecha dela e sai do quarto.

Lorena senta na cama, aliviada. Do lado de fora, Pedro sai, um tanto irritado.

-Até que enfim! -Raquel levanta, aliviada. -O que aconteceu lá dentro?

-Tipo o quê?

-Você sabe do que eu tô falando. O seu tipo não me engana.

-Bom, acho que você vai ter que perguntar pra sua irmã. Eu não sou de espalhar fofoca. -ele sai com a cara mais lerda.

Raquel fica com muita raiva.

-Que ódio desse babaca. Por que a Lorena foi se envolver com esse cara de novo?

-Você não vai com a cara dele mesmo, né? -Guilherme conclui.

-Não, porque ele é o típico boy lixo. Mas, você acha que pode ter acontecido alguma coisa lá dentro? Olha o que ele falou.

-Acho que não. Eu não conheço bem a sua irmã, mas acho que ela não ia ficar com ele nessas circunstâncias, com o pai por perto. Posso ser incoveniente, mas ela é virgem né?

-Até onde eu sei ela é, a menos que ela tenha aprontado nesse tempo que a gente tá brigada. Mas, eu espero que ela não faça isso, pelo menos não com esse babaca.

Já fora da padaria, Pedro explode de raiva.

-Que ódio! Eu não acredito que chegamos tão perto e essa garota arrega desse jeito. Mas, tudo bem, na hora certa eu vou conseguir o que eu quero, a se vou.

Casa de Mário

Mário e Jordana terminam uma parte do trabalho.

-Acho que tá bom por hoje, Mário. Tô cansada.

-É verdade. Seu motorista vem te buscar que horas?

-É só eu mandar mensagem que ele vem, mas eu não tô a fim de ir pra casa agora.

-Você não gosta de ficar em casa?

-Gosto, mas lá eu me sinto sozinha, sabe? E também tem meu irmão enjoado. O pior é quando ele resolve chamar os amiguinhos dele pra fazer baderna.

-Tipo o Pedro...

-Nossa, nem fale. Depois que o Pedro chegou na escola, o Caique mudou demais. Até o jeito de me tratar. A típica má influência.

-Eu também não vou com a cara dele. Muito metido. Mas, enfim, você quer jogar enquanto isso?

-Hum, eu topo. Lá em casa eu mal tenho liberdade pra jogar.

-Ue, por quê? Seu pai é dono de uma empresa de jogos. -diz Mário selecionando os jogos.

-É, mas segundo ele eu tenho que jogar os jogos que a empresa fabrica pra meninas. Eu até gostava quando era pequena, mas agora eu acho sem graça.

-Desculpe o comentário, mas seu pai é um machista hein.

-Nem me fale.

-Bom, pode escolher o jogo que você quiser.

Dez coisas que eu odeio em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora