Capítulo 50

78 8 0
                                    

Na casa de Durval

Durval andava de um lado para o outro, nervoso. A cada 10 segundos olhava no relógio. Fazia cerca de 15 minutos que a filha mais velha havia atendido o telefone e dito que já estavam chegando.

"Mas já deveriam ter chegado, oh pah! Raios, nunca mais deixo essas meninas saírem."

De repente, a porta abre e Durval imediatamente olha para cima. Ele fica aliviado ao ver Raquel passar pela porta.

-Graças a Deus, Raquel. Por que demoraram tanto? Estava morto de preocupação!

-Desculpa, pai. Pegamos trânsito. -ela faz uma pausa. -Pai, aconteceu uma coisa na festa.

-Ai, lá vem. O que foi que aconteceu? E a Lorena, cadê?

-Bem... -Raquel coça a nuca, nervosa, indicando a porta da frente.

Pela porta, Lorena entra um tanto perdida, enquanto é segurada na mão por Guilherme.

-Mas, o que foi que houve com ela?

-Então, pai. A Lorena escorregou lá na festa e bateu a cabeça. Ela tá meio perdida depois do tombo.

-Ah, meu Deus! Vamos levar ela no médico imediatamente!

-Não se preocupe, seu Durval. Nós levamos ela num postinho pra ser examinada e o médico falou que ela precisa de repouso absoluto agora. -Guilherme ajuda na mentira.

-Mas, e se ela estiver com algum tipo de trauma? Ele receitou algum remédio?

-Não, ele só disse que precisa descansar. Ele não pôde passar nenhum remédio sem ter certeza do que houve. Ele disse que depende de como ela amanhecer amanhã.

-Ah meu Deus! Lorena do céu. -Durval pega no rosto da filha. -Nunca mais vou te deixar sair pra rua, entendeste?

-Pai, o senhor tá tão bonito hoje. -ela diz, sorrindo.

-Raios! -o pai revira os olhos. -Venha, meu amor, vou te levar pro quarto. -ele pega na mão dela e se direciona ao quarto. Ele para no meio do caminho ao reparar no braço de Raquel. -Raquel, o que houve com o seu braço?

-É que...é que... -ela gagueja, nervosa. -Eu caí lá também. Mas o meu foi fraquinho, não se preocupe. Só machuquei o braço.

-Caramba, vocês duas só me dão trabalho. -Durval diz, nervoso, enquanto caminha para o quarto com a caçula.

Ao ver que eles entraram, Raquel e Guilherme suspiram aliviados.

-Acha que ele acreditou?

-Creio que sim. Se ela tiver qualquer comportamento estranho ele vai associar à pancada.

-Menos mal. -Raquel fica aliviada. -Agora você pode ir embora.

-Que isso? Tá me expulsando?

-Eu vou ajudar meu pai a botar a Lorena pra dormir. Aí você vai lá e fala pro pessoal lá fora que a barra tá limpa.

-Tá bom, eu já vou então. -Guilherme se direciona às escadas. Depois de subir uns cinco degraus, ele vira pra trás. -Aí, Raquel!

-Fala.

-O dia foi ótimo hoje. -diz sorrindo pra ela

Raquel fica surpresa com esse comentario, mas depois retribui o sorriso. Ela vê ele saindo e se direciona ao quarto.

-Raquel, eu não sei como fazer ela parar! -Durval indica Lorena pulando na cama.

-Calma, pai, deixa que eu resolvo. Pode ir dormir.

Dez coisas que eu odeio em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora