Na casa de Durval
Durval andava de um lado para o outro, nervoso. A cada 10 segundos olhava no relógio. Fazia cerca de 15 minutos que a filha mais velha havia atendido o telefone e dito que já estavam chegando.
"Mas já deveriam ter chegado, oh pah! Raios, nunca mais deixo essas meninas saírem."
De repente, a porta abre e Durval imediatamente olha para cima. Ele fica aliviado ao ver Raquel passar pela porta.
-Graças a Deus, Raquel. Por que demoraram tanto? Estava morto de preocupação!
-Desculpa, pai. Pegamos trânsito. -ela faz uma pausa. -Pai, aconteceu uma coisa na festa.
-Ai, lá vem. O que foi que aconteceu? E a Lorena, cadê?
-Bem... -Raquel coça a nuca, nervosa, indicando a porta da frente.
Pela porta, Lorena entra um tanto perdida, enquanto é segurada na mão por Guilherme.
-Mas, o que foi que houve com ela?
-Então, pai. A Lorena escorregou lá na festa e bateu a cabeça. Ela tá meio perdida depois do tombo.
-Ah, meu Deus! Vamos levar ela no médico imediatamente!
-Não se preocupe, seu Durval. Nós levamos ela num postinho pra ser examinada e o médico falou que ela precisa de repouso absoluto agora. -Guilherme ajuda na mentira.
-Mas, e se ela estiver com algum tipo de trauma? Ele receitou algum remédio?
-Não, ele só disse que precisa descansar. Ele não pôde passar nenhum remédio sem ter certeza do que houve. Ele disse que depende de como ela amanhecer amanhã.
-Ah meu Deus! Lorena do céu. -Durval pega no rosto da filha. -Nunca mais vou te deixar sair pra rua, entendeste?
-Pai, o senhor tá tão bonito hoje. -ela diz, sorrindo.
-Raios! -o pai revira os olhos. -Venha, meu amor, vou te levar pro quarto. -ele pega na mão dela e se direciona ao quarto. Ele para no meio do caminho ao reparar no braço de Raquel. -Raquel, o que houve com o seu braço?
-É que...é que... -ela gagueja, nervosa. -Eu caí lá também. Mas o meu foi fraquinho, não se preocupe. Só machuquei o braço.
-Caramba, vocês duas só me dão trabalho. -Durval diz, nervoso, enquanto caminha para o quarto com a caçula.
Ao ver que eles entraram, Raquel e Guilherme suspiram aliviados.
-Acha que ele acreditou?
-Creio que sim. Se ela tiver qualquer comportamento estranho ele vai associar à pancada.
-Menos mal. -Raquel fica aliviada. -Agora você pode ir embora.
-Que isso? Tá me expulsando?
-Eu vou ajudar meu pai a botar a Lorena pra dormir. Aí você vai lá e fala pro pessoal lá fora que a barra tá limpa.
-Tá bom, eu já vou então. -Guilherme se direciona às escadas. Depois de subir uns cinco degraus, ele vira pra trás. -Aí, Raquel!
-Fala.
-O dia foi ótimo hoje. -diz sorrindo pra ela
Raquel fica surpresa com esse comentario, mas depois retribui o sorriso. Ela vê ele saindo e se direciona ao quarto.
-Raquel, eu não sei como fazer ela parar! -Durval indica Lorena pulando na cama.
-Calma, pai, deixa que eu resolvo. Pode ir dormir.
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Dez coisas que eu odeio em você
RomanceMário acaba de se mudar pra São Paulo com sua família. Nisso, ele começa a estudar na escola Ruth Goulart, onde conhece Lorena, por quem se apaixona perdidamente. Entretanto, ele depara com vários obstáculos para ficar com sua amada, dentre eles o p...