Capítulo 36

80 9 0
                                    

Na escola

Mário aguarda um tempo na escola, sentado em um banco. Como seus pais almoçavam no trabalho, costumava voltar com seus amigos ou com seu irmão. Naquele dia em específico, o pai dos gêmeos foi buscar eles e Yasmin, então ele teria que voltar com Luigi. Já havia alguns minutos que Gael e Benício já haviam ido embora e nada de Luigi aparecer. Mário fica impaciente.

"Ae, cara, kd vc? Vamo embora!." ele manda mensagem para ele.

Mário fica olhando o movimento dos alunos saindo do colégio, quase ficando vazio, o que o deixa incomodado. De repente, alguém senta do seu lado. Mas, o rosto não lhe era desconhecido.

Jordana olha para os lados como se estivesse procurando alguém.

-Atrás do seu irmão?

-Como?

-Você e o Caique são da minha turma. Você nem deve ter notado eu ali, porque sou bem invisível mesmo.

-Ah sim, foi mal. É que acabamos de voltar, então não deu pra reparar em rostos novos. E sim, tô atrás do meu irmão.

-É, eu também. Meu irmão mais velho sumiu por aí.

-Meu irmão deve estar com o Pedro por aí. Daqui a pouco nosso motorista chega e nada do Caique. Que pena que não dá pra ir embora sem ele. -ela comenta e Mário solta um riso. -Nossa, que cabeça a minha. Qual o seu nome?

-Mário.

-Eu sou Jordana, como você já sabe. Você veio de qual escola?

-Escola União, de Porto Alegre.

-Ah, você é de outra cidade.

-Sim, mas aí meus pais conseguiram um trabalho melhor aqui.

-E onde eles trabalham?

Na hora que Mário iria responder, Caique passa por ali.

-E aí, Jordana? Vamo embora?

-Até que enfim você apareceu. Eu tenho que ir, mas foi um prazer.

Jordana se levanta e acompanha o gêmeo até a saída. Mário fica surpreso, pois do jeito que Gael falou dela, parecia que era a maior metida. Mas, até que de primeira impressão ela era legal. Porém, o mais provável é que mais tarde ela mostraria as caras.

Na padaria

Lorena tenta convencer o pai a sair junto com Kate.

-Pai, por favorzinho. É só dessa vez, eu prometo.

-Lorena, eu já escutei esse papo um monte de vezes. Eu já disse que não.

-Mas, pai, vai só eu e a Kate. Não tem porque o senhor se preocupar.

-Isso é verdade, Kate? -pergunta pra americana, que engole o seco.

-É sim, seu Durval. Só nós duas.

-Sei. Ainda não sei se deixo.

-Vai, pai, por favor. Eu faço o que o senhor quiser.

-Ah era aí que eu queria chegar. A senhorita vai lavar a louça três dias seguidos.

-Tá, vai. -revira os olhos.

-E, juízo viu. Se eu souber que aquele garoto das aulas vai estar lá. -passa o dedo pelo pescoço, indicando um corte. -Entendeste?

-Tá bom, pai, pode ficar tranquilo.

Durval arruma a boina e se retira. Lorena comemora.

-Ah, ainda bem que deu certo.

Dez coisas que eu odeio em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora