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- Mais 10 dólares. É só o que eu tenho. - Disse na maior sinceridade.

- Tudo bem. Coloca aí na mesa. - O garoto disse. Era o mesmo desde que a Alice tinha ido pegar bebidas pra gente. Resolvemos apostar dinheiro. Coloquei os 10 dólares na mesa.

- Sua vez? - Alice perguntou e eu assenti. Ela estava sentada na mesa, já que era do lado. Posicionei o taco pra fazer o maior número de pontos possíveis e até impossíveis! - Não querendo ser chata, mas já são quase 22h00.

- Já tá acabando. - Falei. Como eu acertei a bola, é minha vez de novo. Se eu acertar a bola oito na caçapa , acabou o jogo, eu venci e levo todo o dinheiro. - Só mais um pouquinho pra esquerda. Bola filha da puta! Pra esquerda! Um milímetro e... Foi! - Alice ficou olhando pra mim com cara de confusa. - Acabou o jogo! - Quando falei, ela entendeu e sorriu.

- Demorou.

- Ele é bom. - Falei sobre o garoto.

- Mas não fui eu que ganhei né. - Ele disse. - Enfim, eu já vou indo. Tchau pra vocês. - Acenamos. Recolhi o dinheiro da mesa e guardei.

- É muita grana, Justin.

- Eu sei. A gente divide.

- Você ganhou sozinho.

- E daí? Gosto de dividir as coisas. - Ela assentiu. Olhei pro relógio. - É melhor a gente ir. - Alice se levantou.

- Vamos chegar lá que horas? Quase meia noite?

- Onze e meia, mais ou menos. - Saímos do pub e entramos no carro. Alice esticou as pernas e as deixou apoiadas em cima do painel. Depois de alguns minutos, ela, com certeza, já vai estar dormindo.

(...)

- Eu senti saudade. - Jazzy disse me abraçando.

- Não foi nem uma semana. - Ela fez bico e eu ri, beijando sua bochecha em seguida. Alice saiu do carro e a mãe dela começou a chorar. Não entendi porque, até reparar que a Alice estava diferente. Bem diferente. Acho que ela se vestia e agia assim antes de acontecer aquilo com o Will.

- E minhas bonecas?

- Mais tarde, Jazzy.

- A pessoa mais importante chegou. Com licença. Claro, mais importante juntamente contigo, princesa. - Peter brotou do meu lado e pegou a Jazzy no colo, falando a última frase pra ela.

- São quase meia noite. - Falei.

- Eu sei. Vou dormir aqui. - "Posso dormir na sua casa, Justin? Vai ter um barraco de última hora?". Pra que perguntar, Peter? Nos despedimos da Alice e da senhora Mendler. Meu pai estava na porta de casa desde a hora que eu cheguei. Murmurei um "oi" e ele continuou com a cara de merda. Depois que passamos pela porta, Peter colocou a Jazzy no chão, que foi correndo lá pra cima. Já estávamos indo pras escadas quando meu pai me chama. Joguei a mochila pro Peter e pedi pra ele subir.

- Fala. - Disse me virando de frente pra ele.

- Eu falei sério em te deserdar.

- Imaginei. Quer que eu faça o que?

- Sabe que tá de castigo né? - Dei de ombros.

- É só isso?

- Nunca entendi a sua indiferença, Justin.

- Pai, eu to cansado, preciso de um banho... Outra hora, ok. - Virei e comecei a subir as escadas.

- Tá achando que vai ter outra vez?! Se tiver, só se for com o teu dinheiro, porque de mim você não ganha nem mais um dólar! - Ficar sem dinheiro é do capeta, também né. Continuei subindo as escadas como se nada tivesse acontecido. Até que escuto essa quando abro a porta do meu quarto: - Não nasci pra sustentar vagabundo.

She Will Be LovedOnde histórias criam vida. Descubra agora