It's so wrong

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- O que aconteceu? - Ela não parava de chorar. O barman já olhava preocupado pra gente. - Alice? Me fala pra eu poder te ajudar. - Ela me apertava cada vez mais contra ela. - Ei, olha pra mim. - Pedi. Ela continuou me apertando contra ela, mas levantou a cabeça pra me olhar. - Me fala pra eu te ajudar. O que aconteceu?

- Você não vai poder ajudar. - As palavras saíram emboladas. Ela estava soluçando já.

- Eu dou um jeito.

- Harvard até que não é tão longe. E eu não passei.

- Tem as outras. Não precisa ficar assim, Alice. - Falei acariciando o rostos dela. - É difícil mesmo entrar. - Ela engoliu o choro e olhou pra mim.

- Minha mãe ligou agora a pouco me contando. Eu passei em Oxford. - Paralisei olhando pra ela, que continuou me olhando de volta.

- Tem as férias. Eu vou te ver.

- Meu pai pediu transferência pra lá. Pra ele e minha mãe não me deixarem sozinha em outro país. - Aí sim eu parei. Parecia que eu tinha engolido a língua. Se o pai dela pediu transferência, ela não vai vim passar férias com as pais porque eles vão estar naquele caralho de país!

Eu continuei abraçado com a Alice. Eu olhando pra ela, e ela olhando pra mim. Nenhum de nós dois falou nada. Seriam minhas últimas semanas com ela. Minhas últimas semanas com a pessoa que eu amo. Deus! Por que razão eu me apaixonaria e meses depois ela iria embora? E o pior: eu não podendo fazer nada. Ela é menor de idade. E eles nunca aceitariam que ela ficasse. Eu sei que o melhor pra Alice é ela ir. Mas a minha parte egoísta só pensa o quão injusto tudo isso é.

- Bom... A gente dá um jeito. - Falei e engoli em seco. - Agora eu quero fazer dessa semana a melhor da sua vida. - Beijei a testa dela. - Começando por agora. - Olhei no relógio. - Você tem cinco minutos pra tirar a maquiagem borrada. Você sabe que nem precisa se maquiar. Você é linda. - Alice sorriu de canto.

- Eu te amo.

- Eu também te amo. Muito. - Dei um selinho nela. Alice me soltou, pegou a bolsa e foi em direção ao banheiro. Meu coração se apertou quando ela me soltou. Me larguei no banquinho. Alice voltou uns minutos depois e fomos pra frente do saguão. O táxi chegou quase junto com a gente. Entramos e eu falei o nome do restaurante. O cara deixou a gente lá e Alice quase não piscava olhando.

- Jay! Eu... É o lugar mais lindo que eu já vi na vida! - Ela sorriu. Eu tive que arrastá-la até a recepção porque ela tinha paralisado olhando pro lugar.

- Nome, por favor?

- Justin Bieber. - O cara checou na lista e sorriu.

- Bem vindos! Me acompanhem, por favor? - Ele nos levou até a margem do lago. Um cara, que estava dentro de um dos barcos, nos ajudou a entrar.

- E onde a gente vai comer? - Ela perguntou no meu ouvido. Ri. Parecia uma criança.

- Ali. - Apontei pra frente. Ela esticou o pescoço. O barco avançava e cada vez mais ela se animava. Quando parou, o cara nos ajudou a descer.

- É tudo tão bonito! - Um outro funcionário nos recebeu e nos mostrou a mesa. Pelo jeito, eu dei sorte, já que parecia ser a melhor mesa ali. Era uma das mesas de frente pro lago. - Só tem perua chique aqui. - Alice falou rindo.

- Graças a Deus você não é uma.

- Claro que não. Tenho mais glamour que elas. - Alice balançou os cabelos, me fazendo rir. Um garçom nos trouxe o cardápio. Comecei a ler. Eu quase engasguei com o preços. Aí comecei a fazer as contas.

- Vai querer o que? - Perguntei.

- Deixo você escolher meu prato hoje. - É pra glorificar de pé! Graças a Deus!

She Will Be LovedOnde histórias criam vida. Descubra agora