Sexy

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- Acorda! - Ouvi a voz da Jazzy. Ela me batia! - É pra acordar!

- Que é?! Para de me bater!

- Papai disse que você tem que ir pra escola.

- E você também! E eu não vou.

- Mas você não tá doente. - Abri os olhos.

- Quem disse? - Fingi estar morrendo e ela fez bico.

- Vai logo, Justin. Para de graça e levanta essa bunda daí! - Olhei pra porta.

- Tá fazendo o que aqui? - Perguntei pra Alice.

- Vim te acordar. Pensei que a gente pudesse tomar o café da manhã fora.

- Não vou pra escola.

- Já falei pra parar de graça.

- Não to com graça. - Ela começou a abrir as cortinas. - Você tá de brincadeira, né Alice? - Ela me ignorou. Jazzy desceu da minha cama e depois saiu do meu quarto.

- A gente vai se atrasar.

- Mas eu não vou.

- Vai sim. Hoje tem atividade em dupla de história.

- E daí?

- E daí que você vai fazer comigo.

- Faz com o Peter.

- Como se ele fizesse alguma coisa.

- To com preguiça.

- Problema é teu. - Meiga como uma porta. Levantei, dei um beijo na bochecha dela e entrei no banheiro.

(…)

- Eu quero matar você. - Disse na aula de história no ouvido da Alice, que riu baixinho.

- Você não aguentaria viver sem mim.

- Quem disse? O certo seria ao contrário. Você nem se imagina sem eu, Alice.

- Sua mãe não ensinou que é feio mentir?

- Você não viveria sem meu beijo.

- Mentiroso.

- Não to mentindo.

- E metido.

- Vai negar que eu tenho pegada? - Não que eu seja metido e me ache “o melhor”, mas to falando pra irritar mesmo.

- Você não tem. - E ela tá fazendo o mesmo.

- Depois o mentiroso sou eu.

- E é mesmo. - Olhei ao redor. Estávamos nas últimas carteiras e no canto. Como estava todo mundo em dupla, não tinha ninguém perto de nós. Me aproximei da Alice e coloquei uma mão acima da nuca, puxando o cabelo de leve. - Para. - Ri baixinho e abaixei um pouco a mão, massageando a nuca dela. - Olha onde a gente tá! Para, menino. - Ri de novo. Sabia que ela gostava. - Para de provocar.

- To afim não.

- É… Tá afim de provocar só. - Me aproximei ainda mais e beijei embaixo da sua orelha. Ela me empurrou pro lado sem muita força. Depois olhou ao redor. Quando viu que ninguém olhava, apertou meu “amigo”.

- Hey! Hey! Aí é golpe baixo! - Protestei.

- Problema é teu.

- Alice, pelo amor de Deus. - Disse quando vi que ela não ia parar. Ela pegou o celular.

- Falta dois minutos pro intervalo.

- Almoxarifado? - Perguntei quase em desespero.

- É… Pode ser. - Assim que bateu o sinal, fomos quase correndo pra fora da sala. Mas já tinha bastante gente no corredor. Guardei minhas coisas no armário e parei do lado dela.

She Will Be LovedOnde histórias criam vida. Descubra agora