Trying

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- Só um! - Alice quase berrou no meio do restaurante.

- A barca é minha.

- Porra, Justin. É um só. - Ela fez bico.

- Tá. Pega. - Ela abriu um sorriso do tamanho da Rússia. Já estava quase pegando o segundo sushi. - A barca é minha.

- Como você é egoísta! Eu que paguei.

- Porque perdeu a aposta. Isso é problema seu. - Falei rindo e ela me olhou indignada.

- Isso é um absurdo!

- Isso aqui tá muito bom. - Alice revirou os olhos. Comecei a ouvir os primeiros acordes da música. - Vem. Vamos dançar. - Disse me levantando. Ela olhou em volta.

- Nem fodendo. Só vai ter nós dois.

- Deixa de frescura. Vem logo. - Peguei na mão dela, que se levantou revirando os olhos de novo. "Comparisons are easily done once you've had a taste of perfection...". Alice abaixou a cabeça enquanto dançávamos. Já estava pensando em que porra de merda eu fiz quando ela levantou a cabeça e olhou pra mim sorrindo. Sorri também.

- Eu não sei o que seria de mim sem você. - Dei um selinho nela.

- Eu também não. - Alice pousou a cabeça no meu ombro.

- Como você sabia que eles iam tocar?

- Minha mãe conhece o sushiman daqui. - Falei dando de ombros. Ela assentiu. Ficamos dançando em silêncio. Pelo canto do olho pude ver que outros casais dançavam agora também.

- Eu te amo também. - Alice falou do nada. Olhei pra ela.

- Como?

- Eu não te respondi no carro. Agora to falando. - Dei outro selinho nela.

Continuamos dançamos até a música acabar. Depois, resolvemos ir embora.

- Pensei no que você falou. - Disse já dentro do carro.

- No "eu te amo"?

- Não. - Falei rindo. - Que meu pai foi conversar com você.

- Ah... E aí?

- Vou falar com ele. Amanhã.

- Espero que vocês se resolvam. - Fiz uma careta.

(...)

- Como foi a escola? - Perguntei pra Jazzy assim que a tia trouxe-a lá de dentro pra encontrar comigo no portão.

- Chata. - Ela fez careta e eu ri.

- Por que chata?

- A menina quebrou minha Barbie. - Jazzy disse com um bico do tamanho do mundo.

- A tia não falou nada?

- Brigou com ela. Mas e a minha Barbie?

- Eu compro uma pra você.

- Bem bonita?

- Claro. Que nem você.

- Que bom que não é que nem você. - Olhei indignado pra ela.

- Eu sou feio agora?

- É. - Jazzy disse sorrindo.

- Vai ficar sem Barbie.

- Olha, a gente pode... Negociar. Que nem eu ouvi você falando uma vez. - Ri.

- Pega o dinheiro pro ônibus no meu bolso, Jazzy. E estende o braço. Aí vem ele.

- Achei que a gente ia de carro.

She Will Be LovedOnde histórias criam vida. Descubra agora