No... It's not necessary

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- Mas de onde é isso? - Perguntei olhando pra uma das tábuas. Estávamos montando a casa da árvore. Ou tentando.

- Sei lá. - Alice respondeu.

- Eu vou poder subir? - Jazzy perguntou.

- Não. - Respondi. Ela fez bico e Alice me olhou incrédula.

- Deixa de ser ruim! Você vai ser a primeira a subir, Jazzy. - Dessa vez foi minha vez de olhar incrédulo pra ela.

- Não tenho mais respeito nisso aqui. Isso é um absurdo!

- Para de latir e me ajuda a pregar essas tábuas. - Alice tá muito folgadinha pro meu gosto.

- Ainda não sei onde colocar isso. - Ela revirou os olhos e pegou a tábua da minha mão. Juntou com a dela. Ajudei a Alice a colocar as outras. Tínhamos a primeira de quatro paredes.

- Preciso te contar uma coisa. - Alice disse pra mim. Ela olhou pra Jazzy, que brincava procurando não sei o que nas plantas, e depois voltou a olhar pra mim.

- É coisa séria?

- Sei lá. Acho que não. Bom… Natalie me procurou hoje na escola. - Ela disse sem olhar pra mim.

- Mas… O que ela queria? Ela falou alguma coisa de mal gosto pra você?!

- Não. Ela disse que gosta de você. Só isso. Tipo… Foda-se.

- E o que mais?

- Que sentia sua falta. - Alice falou com naturalidade. Não sei porque, mas levei isso pro lado ruim.

- E você respondeu o que?

- Não respondi nada. - Ela falou rindo. - Eu ia responder o que? - Dei de ombros. Ela ficou olhando pra mim. - O que foi, Justin?

- Nada.

- Você queria que eu respondesse algo pra ela? - Dei de ombros de novo.

- Não tinha o que responder. - Ela sentou do meu lado e continuamos juntando as tábuas em silêncio.

(…)

- Cadê a Alice? - Peter perguntou quando cheguei no shopping. O povo resolveu assistir um filme.

- Sei lá da Alice. - Ele não falou nada. Eu disse que, por mim, qualquer filme estava bom. Então, o povo foi comprar os ingressos e o Peter foi comigo pegar as comidas.

- Vocês brigaram?

- Não. - Respondi rindo.

- Vocês vivem grudados.

- É que… - Cocei a nuca pensando em como falar. - Eu pensei no que você falou.

- Sobre o que?

- Sobre eu gostar dela. Eu contei.

- Não me diga que foi no teatro…

- Não. Foi depois.

- E ela?

- Bom… Ela não tá aqui. Acho que isso já responde.

- Ela tá estranha, então?

- Tá. E pra piorar a Natalie foi chorar no ouvido dela.

- Mentira que teve treta e eu perdi? - Peter não consegue falar sério. Não sei pra que fui escutá-lo.

- Não teve treta, seu idiota. A Natalie só falou que gostava de mim e que sentia minha falta. - Revirei os olhos. - Nenhuma novidade.

- Hm… Por isso o risinho na cara dela hoje. - Olhamos pra fila dos ingressos, que era onde ela estava, e rimos.

- Mas, falando sério… Não sei o que fazer.

She Will Be LovedOnde histórias criam vida. Descubra agora