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× Bárbara, ainda quinta de manhã ×

Joguei meu corpo contra os lençóis brancos macios, relaxando e tentando regular a minha respiração. Gabriel esticou o braço me puxando pra mais perto e escondendo o rosto na curva do meu pescoço, distribuindo beijos e cheiros ali. Senti a mão dele fazer um carinho com a ponta dos dedos na minha costela e subindo pro meu seio.

"Quer água?"

Fiz um "uhum" e ele riu fraco começando a se mexer.

"Vou ligar esse ar."

Murmurei outro "uhum" e ele olhou pra mim rindo. Quis perguntar do que ele achava tanta graça mas não tinha voz nem pra isso, então só estreitei as sobrancelhas esperando que ele entendesse.

"Te dei um coça."

Sorri. Aproveitei a vista dele de costas mexendo no frigobar pra admirar o corpo gostoso torneado e tatuado. As coxas grossas e o bumbum redondinho, as costas desenhadas... Ô sorte.

"Muito bem dado."

Me mexi só pra pegar a garrafa mineral que ele me estendia. O ventinho gelado do ar condicionado recém ligado bateu nas minhas costas soadas e eu sem querer dei um gemidinho manhoso. Gabriel parou na mesma hora de mexer na gaveta que ele futucava e me olhou sugestivo. Dei uma gargalhada pra ele que se jogou na cama vindo me agarrar mais uma vez.

(...)

O pós sexo com Gabriel era sempre isso. Meu corpo ficava cansado mas relaxado, e essa sensação é perfeita.

"Vamos almoçar e eu te levo pra casa, tenho que ir pro CT de duas horas da tarde."

Ele avisou pegando o celular na mesinha e virando pra me mostrar que ainda faltava uma hora e meia pro compromisso dele.

"Vamos tomar banho? Hum? Juntinhos?"

Assenti sorrindo.

"Ô Bárbara, tu gritou tanto que agora tá muda."

Gargalhei acompanhando a risada gostosa que ele deu me estendendo a mão pra levantar.

"Se você pudesse transar com você, ia entender essa desnorteação que eu fico depois."

Ele umedeceu os lábios antes de começar um beijo lento.

"Eu deixo pra você o prazer de transar comigo, mas eu entendo do que cê tá falando. Fico assim da cabeça depois que tu me dá aquela sentada virando o olho com cara de safada."

Gargalhei de novo e empurrei o ombro dele de leve, passando na frente pro banheiro da suíte. Assim que parei de frente pro espelho lá dentro, sorri vendo meu corpo marcado do jeito que eu adoro. E que ele adora também. Manchas vermelhas no meu pescoço e colo, e meu seio esquerdo chegava a estar metade vermelho. Minha barriga tinhas umas leves listras que eu não tenho a menor ideia de como se formaram e a parte mais interna das minhas coxas estava tão vermelha que ardia. Girei meu corpo sob os meus pés devagar e vi as mesmas vermelhidões  se repetindo nas minhas costas, mas a minha bunda eu desconfiava que ia ficar com alguma mancha roxa. Pelo menos marca de dente eu já vi...

Gab estava parado atrás de mim também observando atentamente as marcas que fez, e ele sorria orgulhoso como um artista de sua obra de arte. Observei ele também, vendo todos os arranhões pelas costas e ombros dele. A barriga então, nem se fala...

Dentro do box ele me envolveu apertado com os braços fortes e nos empurrou debaixo da água de repente.

"Aiiii Gabrieeelll"

Ele arqueou as sobrancelhas e me deu um sorriso sugestivo lindo antes de levar a boca pro meu ombro.

"Se a gente transar de novo você vai ter que me levar de volta carregada."

Ele riu sabendo que provavelmente isso ia acontecer porque eu ainda não cheguei no nível de loucura de negar fogo pra ele.

"Não vai ser um problema."

Transamos de novo.

(...)

Mexi na minha bolsa passando o hidratante de mãos pelos meus braços, bochechas dos seios e barriga. Deitado na cama e já vestido todo de preto com a correntinha de ouro amarelo brilhando no pescoço, Gabriel me observava me arrumar. Penteei meus cabelos molhados para trás, passei o pequeno perfume que eu também sempre deixo na bolsa e tirei mais uma vez o excesso de água com a toalha.

"Vamos, gatinho? Ah, cê me deixa na faculdade tá? Tem umas aulas agora a tarde e como eu não assisti as da manhã eu quero ver essas."

Gabriel estreitou os olhos.

"Eu sei que você sempre sai de cropped e tal, e eu gosto pra caralho disso, mas tu vai assistir aula só com isso?"

Olhei pra meu top de renda branca pelo espelho.

"Sim. Nem tá mostrando muito."

Ele arqueou as sobrancelhas como se eu fosse doida.

"Tu tá de sutiã, Bárbara."

"Porque alguém rasgou minha blusa."

Ele riu de leve mas se levantou indo pro closet. Voltou com uma blusa preta com o símbolo da Nike pequeno no peito e me entregou.

"Você sabe que nunca mais vai pegar de volta né? Agora vai ver só de vista e é isso."

Gabriel riu parando atrás de mim e botando as mãos uma em cada lado do meu quadril enquanto eu vestia. Pra ajeitar no meu corpo, tirei a saia jeans de novo.

"Se a vista for sempre de você com ela... não vejo problema."

Sorri e me virei para beijá-lo mais uma vez. Quando nos separamos, me inclinei pra pegar a saia do chão e vesti mesmo sem ter a certeza que minha calcinha não vai despencar, porque Gabriel também fragilizou o elástico dela.

"Não sei como eu vou correr naquele CT. Parece que eu não tenho mais perna."

Gargalhei e juntei minhas coisas antes de descer pro almoço.

(...)

Assim que o carro parou estacionado na mesma rua de hoje cedo, Gabriel apertou mais a mão em volta da minha perna e passou o braço ao redor do meu pescoço me puxando pros beijos de despedida. Fiquei ali desejando não sair nunca, ainda mais depois de sentir que ele tinha começado um carinho com as pontas dos dedos no meu braço.

"Eu gostei muito de hoje."

Sussurrei contra os lábios carnudos e desenhados, recebendo uma resposta logo em seguida:

"Eu sei, bebê. Eu também."

Sorri contra os beijos que se emendavam um no outro até dar a hora que ele tinha que ir. Juntei minhas coisas, lhe dei mais um beijo, um cheiro e um abraço.

"Depois a gente se vê?"

Assenti veemente.

"Com certeza."

"Tá. Beijo."

Ele me beijou mais uma vez e eu saí do carro. 

Deixa em off - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora