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Não conseguia parar de pensar em Lizzie. Se eu soubesse  que aquele beijo que trocamos  há dois dias,me deixaria desse jeito, a teria  beijado no dia em que cheguei.

Realmente,  conseguiram descobrir a sua identidade e isso era um dos assuntos mais comentados no Twitter. Alguns já  até shippavam: "Sebasliz". Revirei os olhos e não consegui disfarçar um sorriso.

- Chame-a para sair novamente.- minha mãe disse durante o jantar.- já existem até páginas no Instagram, dedicadas a vocês. - ela soltou uma risada.

Terminei em comer em silêncio. Eu já estava acostumado com todo esse assédio,  mas Liz não. E eu tinha medo da sua reação, caso tudo isso tomasse proporções maiores.
Meu celular vibrou e bufei ao ver quem havia mandado uma mensagem:

"PELO VISTO, JÀ SEGUIU EM FRENTE. ESPERO QUE SEJA FELIZ.
          ALE."

Simplesmente ignorei.

Ajudei a minha mãe a tirar a mesa do jantar e depois lavamos a louca. Estava imerso em meus pensamentos,  que estavam mais confusos do que o normal.

- Talvez conversar com a Lizzie, te faça  ficar de bom humor.- minha mãe depositou um beijo em minha bochecha. - Boa noite querido, sei que não preciso te esperar acordada.  E vá  falar com a garota!

Ao abrir a porta, Lizzie estava parada do lado de fora. Assim que os nossos olhos se encontraram, trocamos um sorriso. Senti meu coração acelerar,  me senti  um adolescente.

- Eu estava indo te ver.

- E eu estava vindo fazer o mesmo.- ela mordeu os lábios, e estava levemente  corada. - só não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós.

Ela se aproximou e seu cheiro me invadiu novamente.

- Não vão,  Lizzie. - coloquei uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha.

- Ótimo.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós  e agindo por impulso, sem medo nenhum de me arrepender,  passei um dos meus braços por sua cintura e a puxei para mim, colando nossos lábios logo em seguida.

Nosso beijo era urgente,era como se quiséssemos nos fundir.  A encostei em uma das paredes da varanda e uma de suas mãos, puxavam delicadamente os cabelos em minha nuca.  A ouvi gemer baixo, quando mordi seu lábios inferior, chupando logo em seguida.
Aquele gemido, foi mais do que suficiente  para me deixar duro.

Droga!

Precisávamos  respirar.  Deixei seus lábios de lado, e lambi o lado direito do seu pescoço,  enquanto  inalava todo o perfume que estava ali. Ela estava tao entregue, tão quente, que senti uma vontade imensa  de fodê-la.

Mas caso isso acontecesse, nossa ribeira vez juntos, não aconteceria daquela forma.

Segurei seu rosto delicadamente  e depositei um selinho em seu nariz. Ela estava ofegante, vermelha, extremamente  apetitosa.

- Caralho!- ela suspirou.

- É,  eu sei. - toquei seus lábios com o meu dedo. - nem sei o que dizer.

- Se você não sabe, muito menos eu.- ela sorriu e passou as mãos por meus braços. - Como eu já havia dito: não quero que nenhum de nós  saia correndo,  apenas isso.

Sorrimos ao mesmo tempo e segurei seu rosto delicadamente,  fazendo-a olhar dentro dos meus olhos.

- Não vou fugir,  pequena. Não mais.- depositei um selinho rápido em seus lábios.

Ela suspirou e se afastou,  indo sentar no balanço que tinha na varanda.

- Sei que você tem sua vida fora daqui e que logo você voltará  para ela. - sentei ao seu lado. - mas quero aproveitar esses dias que faltam, com você.

Show de vizinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora