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POV SEBASTIAN:

A convivência com Lizzie, estava a cada dia melhor, as vezes tínhamos uma discussão boba por algum motivo mais bobo ainda, mas sempre nos resolviamos Após a festa de lançamento do perfume, que havíamos ido juntos, escolhi tirar dois meses de férias.

As filmagens do meu novo filme, começariam alguns dias após o meu aniversário, e seria maravilhoso passarmos um tempo de qualidade juntos, sem fotógrafos e sem nenhum evento.

- Podíamos passar alguns dias em Rockland. - sugeri enquanto tomávamos café da manhã na cama.- Será bom passarmos um tempo com as nossas mães

- Claro! - ela disse, enquanto comia mais uma colherada de cereal.- E quando voltarmos, eu começo a procurar um emprego novo. Não consigo ficar parada por muito tempo.- ela revirou os olhos.

Esse era um dos tópicos que sempre causava uma discussão: Lizzie quer voltar a trabalhar o mais rápido possivel. Ela gostava de se sentir independente e segundo ela, não estar trabalhando, ou me ajudando com as despesas de casa, a fazia se sentir um peso.

-Sei que já discutimos esse assunto algumas vezes, mas eu não sou o tipo de mulher que fica em casa sem fazer nada.- ela bufou e levantou da cama. - Não sirvo para ser apenas namorada de famoso.

Resolvi ficar em silêncio. Não queria começar outra briga, e estragar o nosso dia.

- Podemos ir para Rockland esse final de semana, se você concordar.- ela me disse antes de entrar no banheiro.

- Acho uma ótima ideia.

Os dias se passaram e estava tudo pronto para a nossa viagem para a casa das nossas mães. Decidimos ir de carro, eram apenas duas horas dirigindo.

-Já podemos ir amor? - depositei um beijo em sua bochecha, enquanto ela colocava a última bolsa no porta malas.

- Podemos, Seabass.- ela bagunçou os meus cabelos. - Posso ir dirigindo?- ela fez um beicinho e eu entreguei as chaves do carro para ela. - Obrigada, amor!- trocamos um beijo rápido, e eu fui em direção ao banco do carona.

Todo o trajeto aconteceu de forma tranquila. Conversamos amenidades, e cantávamos algumas músicas que tocavam no rádio.

Eu nunca me cansaria de olhá-la. Liz era meu porto seguro e meu ponto fraco. Era meu sol em um dia nublado. Eu tinha certeza, que seríamos para sempre.

- Posso saber o tanto que me olha, Stan?- ela desvia o olhar da estrada por um instante e sorri em minha direção.

- Sou um bobo apaixonado, Elizabeth. Você é a responsável por esse sorriso.- falei timidamente.

- Sou muito sortuda então. É bom saber que sou correspondida amor.

Alguns minutos depois, estacionamos na garagem de minha mãe, que nos recebeu cheia de alegria, cobrindo nos com beijos e abraços.

- Finalmente descobriram o caminho de volta para cá! - minha mãe fez um carinho no rosto de Lizzie.- Espero que esse rapaz esteja te tratando com todo o amor que você merece, querida.

- Ele está, Georgeta. - Lizzie sorriu em minha direção. - Seabass me faz muito feliz. Sabe se a minha mãe está em casa?

Antes que minha mãe pudesse responder, tia Alice abriu a porta da sua casa e veio andando em nossa direção.

- É tão bom ver vocês! - ela me abraçou rapidamente e puxou Lizzie para os seus braços.- Você está linda, querida! Londres e Nova York te fizeram muito bem.

O clima estava agradável.  Tanto Alice, quanto a minha mãe,  estavam felizes pelo nosso relacionamento.  Decidimos dormir  na casa da minha mãe, no meu antigo quarto.

Lizzie ficou surpresa ao encontrar uma foto nossa, de quando eu estava indo para a faculdade e ela deveria ter uns 6 anos de idade, em um porta retrato na minha escrivaninha.

- Eu nem me lembrava dessa foto.- ela olhava admirada para o porta retrato. -Só lembro, que chorei bastante neste dia e disse que nunca iria te perdoar por estar me abandonando.- ela sorriu.

Passei meus braços em volta do seu corpo, e a puxei para um abraço.

- E olha onde estamos agora, dragoste.-beijei seus cabelos e ela encarou meus olhos.- Significa amor, em romeno.

- Eu amo você, dragoste.

POV LIZZIE:

Ficamos tempo demais  em Rockland, e retornamos para Nova York, faltando apenas algumas dias para o aniversário de Sebastian. Foi ótimo passar um tempo com minha mãe e com Georgeta.  Eu, definitivamente sentia muita falta de casa.

Já havia enviado o meu currículo para algumas empresas há alguns dias,o que me rendeu mais uma discussão com Sebastian, mas até agora não obtive nenhuma resposta. Ele simplesmente  não conseguia entender que eu não sou o tipo de mulher, que gosta de depender financeiramente  de alguém. Segundo ele, eu poderia descansar por mais algum tempo, e poderia tentar trabalhar com Lilian em sua empresa de marketing, ou até mesmo tentar carreira  como influencer digital.

Por falar nele, parece que a nossa relação está tomando um rumo diferente do que eu imaginei: Sebastian me parecia mais distante do que o normal, e até mesmo um pouco mais estressado.
Talvez ele estivesse se questionando a respeito dos  seus sentimentos  por mim.

Estava terminando de preparar o nosso jantar, quando percebo sua presença na cozinha.

- Oi.- ele falou simplesmente,  abrindo a geladeira e enchendo um copo d’água.

- Oi.- forço um sorriso e desligo o fogão.- o jantar está quase pronto.

- O cheiro está ótimo, amor.- ele faz um carinho em minha bochecha e se afasta rapidamente,  sentando em uma das banquetas do balcão.

Comemos em silêncio, o que me deixou ainda mais incomodada.
Eu me sentia deslocada em seu mundo, e tudo isso pareceu piorar nos últimos dias.

- Está tudo bem, Sebastian?- pergunto e ele parece distraído em seus pensamentos.

- Está sim, Lizzie.- ele responde, ignorando uma ligação em seu celular. - Só estou um pouco atarefado esses dias   afinal daqui alguns dias, já começo a gravar o novo filme.

- Entendi.- suspirei.- Antes disso, também será seu aniversário.  Talvez queira sair com seus amigos. - dei de ombros.

- É,  talvez.- ele continuou a digitar alguma coisa em seu celular,  e me deixou sozinha na sala de jantar.

"Almas gêmeas nem sempre são destinadas a ficarem juntas" , eu havia lido isso em algum lugar, e parecia fazer sentido para mim.

Por mais que eu amasse Sebastian,  e sei que de alguma forma, ele correspondia a esse sentimento,  talvez apenas o amor que sentíamos um pelo outro, não seria suficiente  para que ficássemos  juntos.

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