5 - Visita e Morador.

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Depois de alguns dias a construção da enorme residência estava pronta; duas estufas de ótimo tamanho para cultivo das Flores Vida; mais de dois quartos — que já estavam construídos; uma cozinha com uma sala para visitas — aquela que recebeu Kanroji; uma enfermaria, já que ambos sabiam pelo menos o básico sobre medicina; e uma sala de treinamento e reabilitação, caso necessário.

Emma estava na estufa, plantando as sementes das Flores Vida, em uma semana ou duas elas já estariam prontas para o uso. Enquanto isso, Ray arrumava todos os móveis e algumas decorações pela casa.

Durante o dia, eles arrumavam a casa, viam o crescimento das flores e treinavam e, durante a noite, ou iam em missões ou apenas relaxavam.

Enquanto o tempo passava rapidamente para os mais novos Hashiras, os outros estavam cada vez mais receosos e preocupados, aliás, além deles não aparecerem ou darem notícias, eles também haviam só ficado em casa, e, certamente, saiam em missão, porém nunca iam a Mansão das Borboletas para se tratar, sim, talvez pudessem ser machucados mais leves, mas não é como se fossem ter machucados leves toda vez e em toda missão.

Kocho Shinobu era a mais preocupada. Ela poderia sim ainda estar receosa com os dois, porém nada a impediria de se preocupar com o bem estar deles, por isso, enviou uma carta a sua amiga, Kanroji Mitsuri, pedindo-a que acompanhasse-a para uma pequena visita na Residência Gunpa. De prontidão, Mitsuri concordou.

No atual momento, as duas amigas andavam calmamente até o local da casa deles. Mitsuri contava detalhes de uma de suas mais recentes missões.

— Já estamos perto! — Mitsuri exclamou, percebendo que elas não estavam mais subindo a pequena colina que fazia caminho para a casa de Emma e Ray. — Espero que eu não atrapalhe como da última vez...

— Hã? O que você quer dizer, Mitsuri-San? — Shinobu perguntou, virando-se a amiga.

— Lembra aquela vez que te falei que fiz uma visita aos dois? Então... meio que atrapalhei uma possível conversa pessoal de ambos... Eles pareciam estar rezando.

Shinobu só concordou e as duas continuaram o curto trajeto quietas.

Ao chegarem na frente da Residência, era possível perceber novos detalhes. Havia uma cerca de madeira que, certamente, rodeava toda a extensão da casa, nela, um emblema redondo com as flores de Glicínia 'caindo' na parte de cima e as mesma pétalas avermelhadas do haori de Emma por baixo.

— Eu ainda me pergunto que flor é essa... — Shinobu sussurrou. — Mas bem, vamos ver se eles estão aí?

— Claro! — Mitsuri concordou.

As duas andaram mais um pouco e abriram a cerca. Não havia como chamar eles além de clamar seus nomes, ao menos, era isso que as duas pensaram. Porém, Emma e Ray, para não acontecer o mesmo que ocorreu quando Misturi chegou lá, deixaram um de seus corvos Kasugai de vigia, assim fazendo que, quando uma visita abrisse a cerca e passasse os portões da propriedade, o corvo os alertaria com o código morse do qual os haviam ensinado.

O corvo que estava de vigia no dia era o de Ray, portanto o mais barulhento. E Ray realmente odiava isso, mas não tinha o que fazer.

Por isso, quando ele começou a realmente grasnar alto, Shinobu e Mitsuri quase morreram de susto.

— O que diabos foi isso? — A pergunta veio de Shinobu, que se recuperou primeiro.

— Nossa, nossa! Me desculpe! — Emma chegou super-rapidamente no local, talvez porque a estufa fosse realmente perto da entrada da casa, ou talvez porque ela não queria que suas mais novas visitas fossem embora. — Venha aqui, Yug! — Ela havia ficado irritada e era até perceptível. O corvo, Yug, era realmente barulhento. Rapidamente Yug desceu de cima da cerca e pousou no ombro de Emma. — Por favor, me desculpem por isso!

— Não! Está tudo bem! — Mitsuri tentava acalmar a situação, aliás, Shinobu ainda estava meio irritada, ela não esperava ter levado um susto logo ao adentrar no quintal da casa.

— Bem, eehh... Querem entrar? — Emma logo recuperou a compostura e as convidou a entrar, não as deixaria plantadas ali fora.

Shinobu apenas deu um aceno de cabeça. Seu semblante continha um sorriso, mas seu coração ainda batia rapidamente pelo susto tomado anteriormente.

A ruiva as guiou até dentro da casa e as acomodou na sala.

— Vocês puseram mais decorações? — Mitsuri percebeu, já que havia, por exemplo, um quadro na parede.

— Sim, sim! — Emma concordou e, com um aceno, convidou ambas as visitas a se sentarem. — Ray está terminando de por tudo em ordem, ajeitando os móveis e tudo mais. Por agora ele deve estar na cozinha preparando um café... Aliás, aceitam um chá?

— Ara, Ara — Shinobu disse algo pela primeira vez —, por favor.

— Huum... Ray? — Emma chamou, logo ao se levantar e abrir o shoji que levava em direção ao corredor da cozinha. — Poderia nos preparar um chá?

— Claro! Já vou.

Emma voltou a sentar com as Hashiras.

— Então, a que devo a visita de vocês?

— Só queria ter certeza de que tudo ocorria bem por aqui — Shinobu respondeu. — Normalmente após as missões, ao menos, um ou o outro tem uma ferida mais grave e acaba indo se tratar na Mansão Das Borboletas... Mas vocês não apareceram. Fiquei preocupada.

— Não há necessidade de se preocupar — Ray respondeu meio seco, entrando para a sala carregando uma bandeja com quatro xícaras, três com chá e uma com café. — Nós sabemos um pouco de medicina básica, temos até uma enfermaria aqui, só não há tantos instrumentos quanto deve ter em sua residência.

Ele se sentou ao lado de Emma logo após colocar a bandeja encima da mesa baixa.

— Isso é ótimo! — Exclamou Misturi, alheia do clima meio pesado que se formava entre Ray e Shinobu. — E então? Como vão as coisa com a construção e decoração da residência de vocês?

— Está indo tudo bem! — Emma respondeu, bebericando seu chá enquanto Shinobu fazia o mesmo. — Na verdade já está tudo pronto, só estamos dando os toques finais.

Após isso, a conversa levou mais o rumo de Emma e Misturi, enquanto Ray e Shinobu apenas se encaravam, tentando entender suas intenções.

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Notinhas 🤗

💮 Nossa senhora! Que diabos de nome de capítulo é esse? Nem eu sei!;

💮 Shinobu sendo chata, talvez... Me desculpem, eu até gosto dela, mas o drama é essencial;

💮 "Yug", o nome do corvo de Ray, faz referência a Yuugo, para quem não entendeu;

💮 As pétalas vermelhas são as pétalas da Flor Vida, e Gunpa, o nome da residência dos dois, é uma referência ao ritual que é feito ao se colocar a Flor Vida na 'vítima', e, se a flor ficar com as pétalas vermelhas, significa que o alimento/vítima — que normalmente é um animal/humano — está purificado por XXX (a divindade dos demônios);

💮 Como é que a história está ficando na opinião de vocês? É muito importante eu saber, por favor, me falem.

Flores da Esperança (Tpn x KnY)Onde histórias criam vida. Descubra agora