9 - Desespero e Dúvida.

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— O que você quer dizer? — Perguntou Shinobu que corria atrás de Ray.

— Mujy acabou de avisar! Uma pessoa invadiu nossa residência.

Ray havia embainhado sua katana, enquanto Rengoku e Tengen acabaram deixando a deles na Mansão Borboleta. Shinobu corria atrás de Ray, seguida dos outros Hashiras.

Ainda não haviam entendido... Quem invadiria a residência de um Hashira? Além disso, como tal pessoa achou a residência que havia sido construído, por ordens, afastada de toda e qualquer cidade e escondida?

— Em quanto tempo chegamos lá? — Tengen perguntou?

— Uns dois minutos. — A resposta veio rapidamente.

Os quatro seguiam o pequeno corvo, correndo e indignados.

Ao chegarem, Ray mandou Kocho e Kyoujurou seguirem e verificarem a áreas das estufas enquanto ele e Tengen olhavam a parte de trás e o interior da casa.

O Hashira das Estrelas abriu o shoji com força e estressado. Não se importou nem em tirar os sapatos e Tengen fez o mesmo.

— Nos separamos? — Tengen perguntou.

— A casa é pequena, não há necessidade.

Ray correu em direção ao seu quarto, no final do corredor, e mandou Tengen olhar o de Emma, que era o quarto ao lado. Nada.

— Venha! — Ray ordenou atravessando rapidamente o corredor.

A cozinha estava vazia, assim como a sala de visitas. Tudo intocado. Não havia indícios de ninguém ter passado por ali.

— Mais algum local para verificar? — Tengen perguntou, não havia desespero em sua voz, mas sim curiosidade. Ele estava curioso para saber quem havia invadido a casa do Hashira.

— Só lá fora e depois ver como está a situação de Kocho-San e Kyoujurou-San.

Tengen assentiu e ambos seguiram para a parte de fora.

A princípio não havia nada.

A audição, no entanto, não falhava.

— Estou ouvindo passos — Tengen alertou. — Parecem de algum animal. — Ele olhou para o chão, tentando achar alguma evidência. — Olhe aqui!

Ray se aproximou e olhou para o chão. Patas de lobos.

— São três lobos. — Ele confirmou com uma olhada rápida. — Será que...

— O que foi? — O Hashira do Som perguntou.

Ray sentou-se no chão.

— O que você está fazendo?! Por acaso acha que estamos brincando?!

Percebendo que Ray não se levantaria, Tengen foj em direção a estufa, ver se seus companheiros haviam encontrado algo.

A estufa era impressionante. Monótona, mas impressionante. Várias aparentes flores mais brancas que a neve e que não estavam floridas cresciam por ali.

Tengen viu os outros dois e acenou para eles.

— Encontraram algo? — Perguntou.

— Nada — respondeu Kocho. — E vocês? E cadê o Ray-San?

— Ele se sentou no chão depois de encontramos pegadas de um animal, provavelmente um lobo. Sinceramente, não sei o que ele está fazendo — sua última frase foi dita com desgosto.

— É melhor irmos para lá! — Afirmou Rengoku. — Ray-San pode estar em perigo e distraído!

Os três andaram rapidamente para o local onde era para estar Ray.

— E perdemos ele... — Uzui estava cada vez mais decepcionado.

Shinobu analisou a terra a sua frente.

— Ou não. Olhe aqui. — Ela apontou para marcas ainda mais recentes de pegadas.

— Acabaram de passar por aqui — Rengoku analisou. — Podemos dizer que ainda tem um certo calor.

Eles seguiram para onde as pegadas levavam. Estava indo até a entrada dos fundos que dava na cozinha. Terra era vista na madeira onde, provavelmente, eles tinham entrado.

Shinobu, sendo a mais sensata e mais calma naquela situação, entrou primeiro, silenciosamente. Depois mandou os outros dois a seguirem.

Ficaram parados no shoji que dividia a cozinha e a sala de visitas, observando.

Ray estava sentado de forma desajeitada. E, em sua frente, havia uma garota. Seus cabelos loiro lisos cobriam seu lado direito do rosto em forma de trança. Sua pele escura deixava explícito seu único olho — o que estava à mostra — sendo azul. Ela vestia uma capa bege com detalhes pretos.

Logo, lobos que eram três, olharam para eles simultaneamente.

Ray olhou para eles. A garota também.

Prestes a falar, Ray foi interrompido pela garota que gritou em uma língua estranha.

— Ayshe! — Ray falou. — Eu resolvo isso.

A garota, Ayshe, grunhiu e se sentou, chamando seus lobos.

— Me desculpe, mas quem é ela? — Rengoku perguntou.

— Posso falar com vocês amanhã? — Ray perguntou, sem paciência. — Tenho uns assuntos a resolver com ela. Prometo que passo na Mansão Borboleta amanhã. Passo lá e explico tudo a vocês.

Uzui e Shinobu suspiraram, sem paciência alguma. Queriam logo uma explicação. Rengoku, no entanto, apenas assentiu.

— Se você não passar lá amanhã, juro que venho te buscar aqui. — Shinobu ameaçou, sua paciência se esgotando.

— Eu venho com ela — Tengen entrou na ameaça. — E talvez eu não venha só te buscar — ele falou e riu.

— Trate-se de explicar amanhã! — Rengoku gritou e Ayshe tapou os ouvidos e grunhiu na mesma língua estranha novamente.

— Ela é sensível a sons. Não se preocupe.

Quando estavam prestes a sair, Ray fez uma ação inesperada.

— Desculpe o incômodo. — Ele se curvou de forma respeitosa. Só se levantou quando percebeu que seus companheiros tinham ido embora. Depois, se virou em direção a Ayshe: — Agora, o quê diabos você está fazendo aqui?!

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Notinhas 🤗

💮Desculpe-me fãs do Rengoku, não coloquei muitas falas para ele... Não consegui reproduzir muito bem a personalidade dele e fiquei com medo de fazer errado;

💮Ayshe é do mangá de The Promised Neverland, então terá muito spoiler do manga daqui para frente;

💮As falas sublinhadas, daqui para frente, são ditas na Língua Demoníaca;

💮Estou super ansiosa para o decorrer da história! O que vcs estão achando?.

Flores da Esperança (Tpn x KnY)Onde histórias criam vida. Descubra agora