Capítulo 7

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É incrível.

Incrível a forma que Rafe tem de "mexer" comigo, dizer coisas que me fazem achar que ele é um idiota apaixonado e depois me ignorar sempre que puder.

Como se não significasse nada.

Não que eu ache que signifique ou que eu queira ficar de casal por aqui, mas, sei lá, é estranho.

Como se fossemos dois estranhos.

Virei o shot de tequila e tentei não fazer careta colocando o copinho sobre a mesinha.

Voltei a dançar junto com aqueles adolecentes ricos que eu nunca vi na vida, mas que parecem pessoas suportáveis quando estão bêbadas.

A verdade é que eu fui em apenas uma festa kook e precisei fingir que a polícia estava chegando para acabar com uma briga.

Minha taça de gin já estava pela metade quando Wheezie veio até mim mais uma vez.

— Essa festa tá muito chata.

Reclamou alto me fazendo parar de mexer o corpo.

— A festa tá ótima.

— Você acha isso porque está bêbada com um monte de bêbados, eu não quero ficar aqui.

Minha paciência foi pro beleléu.

— Come mais doces, se enturma ou sobe pro seu quarto e vai dormir — Falei de uma vez.

Ela revirou os olhos.

— Posso beber isso?— Apontou pra minha taça.

Levantei os ombros entregando a taça para ela sem me importar muito.

— Só experimenta.

Minha mãe me dizia isso quando eu pedia pra beber alguma coisa, com um pouco mais de idade eu ia pra pracinha beber Corote de sabor.

Era emocionante contar as moedinhas e passar pela emoção de conseguir comprar. Como se o atendente do caixa não estivesse nem aí, pra ele se o gerente não visse era uma venda a mais.

— Isso queima, mas não é ruim — Ela disse devolvendo a taça — Mas eu vou procurar alguma coisa pra fazer.

Vi a garota se afastar, sai da roda de pessoas para tomar um ar.

Rafe estava sentado em uma das cadeiras próximas a piscina fumando com um cara estranho.

— Boa noite — Compremento o homem de forma gentil, um pouco curiosa.

— Oi — Ele estranhou a minha aproximação.

— Sou a Alina, amiga do Rafe — Me apresentei.

— Barry — Ele me respondeu.

Barry, Barry, Barry.

— O traficante — Minha voz soou alta quando me lembrei.

— Fala baixo — Rafe disse me fazendo revirar os olhos, dei dois tapinhas na perna do garoto antes de me sentar no seu colo já que não havia nenhuma cadeira próxima.

Eu já havia sentado em mais que a perna dele então não acho que seja um ato que cause problemas.

— E então, o que você tem aí?— Perguntei ao Barry.

Baby Sister - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora