Capítulo 33

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Um vestido branco de alcinhas e saia rodada, horrível ao meu ver foi a minha escolha pra hoje.

Isso porque eu tenho um péssimo senso de estilo e fico tranquilamente gata usando qualquer coisa.

Pra completar o "look" uma botinha de couro de cano médio o que me deixa parecendo uma caipira ou uma idiota.

Me olhando no espelho pela primeira vez eu me chamei mentalmente de palhaça, reparando melhor eu reparei que dificilmente alguém notaria o senso de estilo de alguém tão bonita.

Coloquei algumas notas na nota junto com meu documento e o meu celular, viu só? Nem tudo é estilo, algumas coisas precisam ser úteis.

— Tô saindo — Avisei alto pra minha tia que gritou algo semelhante como "vai com Deus" e recebeu como resposta o meu "amém".

Fiquei um pouco perdida quando sai de casa, pensando em que lado eu deveria seguir.

Parecia que eu havia entrado em um mundo invertido e fosse tudo diferente do caminho que eu fiz quando cheguei.

Quase diferente.

— Tá perdido?

Perguntei a Ward Cameron que estava encostado em seu carro do outro lado da rua.

Esse homem assim como os dois filhos mais velhos dele está me querendo.

Não julgo.

Mas tomara que a esposa dele não resolva fazer um barraco.

— Pensei que fosse querer uma carona e como estava por perto resolvi seguir o meu instinto.

Algo me diz que esse "estava por perto" não quer dizer que é para algo bom.

— Devo ficar lisonjeada por ter se lembrado de mim?

Eu não sei conversar sem flertar?

— Sem dúvidas.

A confiança é de família.

Observei o homem abrir a porta do lado do passageiro e respirei a brisa fresca do vento antes de entrar no veículo com um pouco de receio.

Tomara mesmo que a Rose não saiba nenhum tipo de luta super violenta ou tenha se tornado fã de cobra kai sabendo assim como me derrubar na teoria.

Dei um sorriso nervoso quando ele se sentou do lado do motorista e ligou o veículo.

Estranhei quando ele deu uma volta desnecessária - já me localizei de volta - observando bem as casas.

— Aquele garoto que o pai morreu a pouco tempo — Começou a falar — John acho que é o nome dele, ainda vive por aqui?

O John B? Por que ele quer saber disso?

— Depende do motivo do seu interesse, desculpa senhor Cameron, mas não se pode confiar informações a qualquer pessoa nos dias de hoje.

Observei como os olhos dele se desviaram para os meus e em seguida de volta a estrada, pensativo, ele pareceu inventar um motivo.

— Não mesmo, mas eu tenho pensado muito sobre isso em ajudar de alguma forma.

Tão bondoso, mas parece que tá mentindo e eu sei ler pessoas, conheço gestos e sinais.

Eu quero acreditar e ajudar o John B, entretanto não o porquê de não conseguir confiar nele.

Dei uma risada nervosa e toquei seu ombro em um gesto despojado.

— Tô brincando, eu sou nova aqui não faço ideia de quem é John que o pai morreu — Expliquei — Na verdade esse lugar tem uma cota muito grande de pais ruins ou ausentes, estudamos muito sobre isso na faculdade.

O resto do caminho foi quase que um completo silêncio, como se ambos soubessem que o outro mente.

Isso me faz querer ficar ainda mais perto de Wheezie, aguardando a verdade vir a tona.

Baby Sister - Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora