𝟓𝟗

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── Ohh Caralho, seis não sabe fazer nada não? ── pergunto aos meninos que estavam todo embolado pra preparar os saquinhos da droga ── Que desgraça em

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── Ohh Caralho, seis não sabe fazer nada não? ── pergunto aos meninos que estavam todo embolado pra preparar os saquinhos da droga ── Que desgraça em.

── Desculpa aí chefe. ── um menino fala e deixo um tapa leve na sua cabeça.

── Vai trabalhar muleque. Pouco papo e mais dinheiro família! ── grito batendo palmas e os meninos continuam.

── Tá locão é? ── Mc pergunta e deixo um tapa em sua nuca ── Aí, filho da puta!

── Puta minha mãe não era seu porra. ── acerto outro tapa ── Tem oque fazer não parça?

── To esperando os cara vim com a mochila.  ── cruza os braços sorrindo.

Mc era foda. Ele andava todo no pente, blusa de time, bermudinha, tênis de marca e as corrente que faltava deixar o povo cego quando o sol batia.

── Vai pro circo carai? ── pergunto e ele me encara sério.

── Minha roupa da boa ô, a patroa até elogiou. ── da um volta e apenas dou risada.

── Ce tá na nóia isso sim. ── brinco e rimos ── Vou ter pegar o Théo na escola. ── resmungo ── Fica de olho nesses pivete pra mim aí. ── ele apenas concorda e fazemos um toque com as mãos.

Saio do cafofo que é esse barraco e ando pela favela até chegar em casa. Pego meu carro porque eu não ando de moto nem lascando. O medo de deixar meu bebê cair é maior.

── Oi filhote. ── Théo caminha te mim cabisbaixo ── Oque aconteceu?

── Nada pai. ── funga.

── Alguém te bateu? ── ele fica em silêncio e me encara ── Quem te bateu? ── ele apenas aponta pro menino que estava mais a frente.

Atrás dele tinham dois meninos, então ele tem a gangue dele?

Caminhei em passos calculados e lento até os três. Levo Théo comigo e paro na frente do menino o encarando de cima abaixo

── Qual foi tio? ── o menino me pergunta.

── Qual foi? Qual foi você truta, tá tirando meu filho, parça? ── eu invoquei o rei das gírias mesmo. To pouco me fudendo ── Se eu souber que você tá mechendo com o meu filho eu faço questão de ir na sua casa. Sequestrar seus pais e te largar na rua muleque. ── ele fica sério e seus olhos se enchem de lágrimas ── Pede desculpa pro meu filho parça.

── Desculpa. ── ele sussurrou.

── Tá desculpado. ── Théo falou e apenas segurei sua mão e saímos da escola ── Pai você é brabo!

── Deixa sua mãe ouvir você falando essas gírias que ela corta meu pescoço e o meu. ── entramos no carro ── Mais não deixa esses porra fazer isso com você não Théo. ── brigo e ele coloca o cinto enquanto se ajeita no banco do meu lado.

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