Vida Loka Também Ama

𝟐𝟓

Ret

── Desencosta de mim caraio! ── falo alto com o Mano ── Eu que vou resolver essa porra aqui!

── Você não vai resolver nada seco. Depois que começou a ficar com a mulher ficou frouxo. ── O homem diz e quando menos vi tava segurando a gola de sua blusa.

── Fiquei frouxo? Se não aguenta nem um minuto de porrada comigo rapá. ── falo lentamente e vejo alguns cara rir.

Quando menos vi ele me deu um soco no rosto, viro a cabeça pro lado com o impacto e apenas passo a mão na blusa. E encaro minha aliança de noivado.

── Vocês viram que ele que começou né? ── pergunto ── Pois eu que vou terminar.

O peguei pega gola da camisa e levei ele até o meio do barro que tinha por aqui já que ontem choveu. O jogo no chão vendo ele começar a reclamar do barro que tava.

── Vamos terminar essa porra aqui! ── acerto seu rosto com um soco já sentindo o sangue em minha mão.

── Seu filho da puta! ── tenta me enforcar e apenas soco seu braço e em seguida o rosto.

── Aí Ret, chega porra! ── sou puxado mas antes meto um chute na pança dele.

── Esse filho da puta tirou meu sangue! ── ele grita.

── Vêm pra cima de mim de novo que eu que tiro mais sangue, comédia!

Os cara me puxa mais pra trás e vou até a garagem de casa. Pego a bendida arma e coloco na cintura. Seguro meu celular abrindo a tela e não vendo nenhuma ligação de Jasmine. Onde ela estava? Saiu com Agnes e Vitória.

Disse ela que ia comprar umas roupinhas pro Isaac já que ele tá quase fazendo três anos. Já tamo a quase um ano junto, tempo passou rápido demais véi!

── Mostra a cara Ret! ── o maluco grita e coloco o celular na cintura saindo da garagem.

── Fale comigo não véi, se você não quiser mais porrada. ── aviso.

── Vou chamar os irmãos pra te dar um pau!

── Eu não fiz nada, você que veio pra cima de mim carai ── O mesmo se vira de costas pra mim pra falar com um cara ── Se cagou carai?

Não aguentei e rir, ele estava todo de branco e por eu ter jogado ele mesmo que no barro a calça tava toda fudida. Vi os Mano se segurar pra não rir e eu apenas rachei o bico.

── Ce vai ver parça. ── aponta o dedo na minha cara.

── Não me faz quebrar esse dedo véi. ── murmuro ── Não me faz.

De longe vi Jasmine e sua prima saírem de lá da frente. Quando ela me viu seus olhos se arregalaram. Ela bateu no portão da casa da vó e dona preta abriu segundos depois.

Meu celular vibra e vejo seu nome na tela, me encosto na minha moto que estava na rua mesmo. Resolvi deixar ela aqui hoje.

Princesa: Diz pra mim que você não bateu no cara

Filipe: Se eu disser que não bati vou ta mentindo

Princesa: Quem começou?

Filipe: Ele né, tenho amor a vida

Jasmine: Vou lá na frente pra fofocar

Segundos depois o portão de abriu e ela saiu. Em passos lentos ela entrou na viela indo lá pra rua principal. Apenas resmungo passando a mão na cabeça. O maluco já saiu e o vulgo dele era patati. Nome de bosta em.

Fui lá pra frente de boa e logo vi minha mulher conversando com sua tia. Ela me encarou de cima abaixo e eu fui até ela com os braços abertos.

── Vida, não foi eu que começou. ── explico a abraçando.

── To sabendo já. ── resmunga e beija meu queixo ── Vai dar muito b.o?

── Provável. ── resmungo e beijo seus lábios.

── Você é doido. ── resmunga ── Em pleno sábado Filipe. Sábado é dia de curtir e você brigando.

── Vida, ele que me socou primeiro.

──Tudo bem. ── resmunga e pega um chocolate.

Antes que ela pudesse dar o dinheiro pra sua tia eu segurei a mão dela colocando uma nota minha na mão de sua tia.

── Deixa que eu pago. ── resmungo e ela apenas belisca.

── Oh raiva que eu tenho disso. ── morde meu braço e dei risada.

── Calma carnívora. ── reclamo de dor.

── Vai lá arrumar seus B.O, vou tá em casa qualquer coisa. ── passa a mão pela minha cintura logo tocando na arma ── Vai guardar isso. ── murmura sem desencostar os lábios do outro.

── Pode pá. ── faço um joia com a mão beijando ela e em seguida saindo.

Suspiro completamente calmo. Jasmine me acalma com um simples toque ou um simples olhar. Meu ponto de paz.

19.08