Viviane
Entrei na frente do cara e tentei soltar minha mãe da mão dele.
Viviane: larga minha mãe, por favor. Encosta em mim, nela não. —falei desesperada, mas foi em vão.
- o teu coroa tá devendo 5mil pra boca, e a gente quer esse dinheiro esse mês.
Viviane: a gente não tem esse dinheiro, não da pra pagar.
-foda se, ele comprou, agora alguém tem que pagar.
Viviane: vocês deveriam ter a consciência e não vender 5mil pra um noia.
Fran: seu pai não é um noia. Eu vou dar um jeito de pagar a dívida, eu prometo. Até o fim do mês eu pago.
Viviane: solta minha mãe cara, tá difícil? —falei puta.
Ele soltou o cabelo dela e outro cara veio na minha reta ficando frente a frente comigo, não abaixei a cabeça em momento nenhum, fiquei de cabeça erguida e peito aberto.
- tu abaixa a bola pra falar com qualquer um aqui? Se não tua coroa paga a dívida e ainda paga teu velório. — um outro homem branquinho chegou mais perto me olhando frio e seco e eu igual— até fim do mês quero o dinheiro, se não ele paga com a vida e se bobear, vocês também. —ele disse e saiu.
Minha mãe me encarava assustada com as mãos no cabelo, e eu só pensava como íamos arrumar 5mil em pouco tempo, isso não era nem o que eu e ela recebíamos juntas.
Viviane: a gente não tem esse dinheiro
Fran: nós vamos dar um jeito, queria que seu pai morresse?
Viviane: a gente só não pode mais ficar trabalhando pra sustentar o vício de alguém. —falei somente isso e subi pro meu quarto deixando ela falar.
Infelizmente eu já sabia aonde isso ia dar, provável que ela iria pedir meu salário, eu ia ficar meses com meu curso atrasado, só iria me prejudicar. Entrei no quarto e a Laura tava chorando na minha cama.
Viviane: eiii, que foi, Laurinha?
Laura: eu ouvi tudo, Vivi. Meu pai vai morrer.
Viviane: vem cá —abracei ela— nada disso vai acontecer, fica tranquila? Tá bom? Vamos dormi, vem.
Laura: eu tô com medo.
Viviane: tá tudo bem princesa, vai ficar tudo bem, tá bom? Nada vai acontecer.
Por mim, eu não pagaria dívida alguma, mas ver a Laura desse jeito eu não queria, então ia dar meu jeito de ajudar no que eu pudesse.
[....] levantei cedo e já comecei a me arrumar, eu saia daqui de casa às 6hr pra chegar no curso as 7hr e 9hr eu corria pra ir na lanchonete, ou seja, dia corrido demais. Fora quando saia mais cedo pra deixar a Laura na casa da Camila, que me dava maior força e olhava ela até ao meio dia, depois a Laura iria pra escola.
Camila: bom dia princesa. —vi ela fumando o baseado.
Ela fazia curso no mesmo lugar que eu, porém nunca ia, os pais dela quem pagava.
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Destino traçado
FanfictionDe repente eu mudei, minha mudou, tudo mudou, mas no meio dessas mudanças, eu te encontrei.