73

23.7K 1.5K 132
                                    

Feliz 2022 pra vocês, aproveitem bem. Muita paz, saúde e prosperidade🤍🎇

Jogador

Entrei no postinho com a Luana, na hora que vi aquele cuzao só olhei puto e bolado pra ela.

Luana: infelizmente ele é o pai né? Posso fazer nada.

Jogador: sabe nem escolher pica pra sentar, se foder.

Luana: da próxima vez escolho uma melhor, mas aí preciso conhecer mais amigos seu. —fechei a cara e olhei pra ela— eu tô brincando, coe.

Jogador: péssima hora pra tu brinca, vacilona!

Luana: deixa de ser chato, vamo entrar? —falou olhando pro X2.

Ela saiu pra falar com a enfermeira e deixou nós dois sozinhos.

Jogador: se tu tiver tentando graça com ela, vai tomar outra surra! E espero que tu esteja na vida dela pra ficar presente na gravidez e não pra infernizar ela.

X2: papo reto Jogador, tu sabe que tem total meu respeito. Se eu tô aqui é pela criança mesmo. Tua irmã deixou bem claro pra mim que não me quer nem pintado de ouro e eu respeito isso. Mas não sou moleque, não vou deixar de fazer minhas obrigações com a criança não.

Jogador: bom mesmo tu manter tua palavra aí, caso contrário tu vai se foder na minha mão. Embarcou nessa porra porque quis.

A Luana passou por nós junto com a médica e eu só segui ela vendo aquele arrombado atrás de mim. Entramos numa salinha e ela deitou deixando o barrigão a mostra.

A mulher passou o gel e depois começou a passar um bagulho. Quando a sala foi preenchida pelo barulho do coração do meu sobrinho, não aguentei pô, meu coração ficou mole.

Luana e o X2 começaram a chorar e eu me mantive firme, foi difícil segurar a postura. Peguei na mão da Luana e dei um beijo na testa dela.

-vão querer saber o sexo?

Luana: sim.

-bom, vamos ver isso. —ela passou o gel— já conseguimos ver aqui.

Olhava pra tela daquele negócio é só via uns negócio azul, tava vendo feto nenhum ali não!

-parabéns mamãe, é um menininho.

Jogador: falei que vinha um moleque porra.

X2: ainda pô, tô feliz demais. —abraçou a Luana e eu encarei ele que rapidinho soltou.

Meu celular vibrou e era uma mensagem da Vivi.

"preciso falar com você, urgente!! Sobre aquele negocio"

Guardei meu celular no bolso.

Jogador: tenho que picar o pé, resolver um assunto.

X2: eu deixo ela na casa dela. —olhei pra ela.

Luana: vai, pode ir. —sorriu— fiquei feliz que você veio.

Jogador: não podia perder isso.  —beijei a mão dela e sai da sala.

1 semana depois

Essa semana tá sendo pica pra caralho, reforcei meus soldados, os turnos estão sendo menores pra que eles estejam mais disposto e sempre atentos. Pode passar nada aqui e nem deve!

A Keila meteu o pé fácil daqui do morro, fui pra cima da família dela, tirar satisfação mesmo. Mas ninguém nem sabia aonde ela tava e estavam cagando também.

Já começaram vários papos de ameaça chegando no morro, nem preciso dizer que são eles, pessoal da São Carlos! Tava fazendo meu plano bonitinho pra invadir aquela porra e matar qualquer um.

Uma vantagem eu tenho, é que eles não sabem que a gente já tá ligado que são eles e que a Francisca está lá.

Pt: qualfoi Jogador, ta fumando pra caralho desde cedo.

Boquinha: tu não tinha parado com essa porra não?

Jogador: tão parecendo minha mãe, menor.

Pt: bagulho ta ficando chatão já, ta fumando um seguido do outro.

Esses cara quando pega pra falar no meu ouvido é só aperto de mente. Mas eu tava nervoso pra porra, minha mãe mandou mensagem avisando que hoje falaria com a Luana.

Fico meio pá de como ela vai reagir tá ligado? Ainda mais que tá grávida e nem podia ta passando por nervoso assim.

Boquinha: para de fumar, seu porra. —jogou meu cigarro no chão e eu olhei puto pra ele.

Jogador: vão se foder os dois caralho, vão apertar a mente de outro. Eu quero que vocês falem com o Lipe, manda ele jogar mais informação pra gente.

Boquinha: ele falou que tão marcando demais ele lá, bagulho ta ficando estreito pro lado dele.

Jogador: eu só quero saber se eles tão marcando pra subir aqui, não posso perder o único jeito de consegui informação.

Pt: mas é puxado pro menor, se catarem ele é morte. E ele tem família pô.

Jogador: na moral Pt, todo mundo que tá aqui tem família, tá ligado? Eu, você, Boquinha. Até quem não tem família de sangue tem a gente como família. —soltei o verbo— mas a gente entra nessa vida sabendo que a chance de morrer é grande pra porra. Tu acha que todo dia que eu acordo eu não penso por um segundo se quer que eu posso morrer e deixar minha coroa aí. Você acha que eu quero ver ela chorando no caixão por mim? Claro que não menor! Mas a gente entra nessa porra sabendo de tudo isso. Isso é o crime, não é creme não.

Descarreguei legal, já tava de saco cheio mermo. Levantei dali sem eles falarem nada e guiei pra casa da Cris.

Cris: que foi, menino? Tá com uma cara péssima.

Jogador: problemas Cris, foda pra caralho. Vivi chegou do trabalho?

Hoje era a última semana que ela iria estar no salão e eu agradeci por ter passado rápido. Porque toda vez que ela saía daqui eu já ficava bolado.

Cris: ainda não, já era pra ter chegado. —fiquei escaldado— deve ser o ônibus demorado.

Em outras situações não ligaria, mas no momento que estamos passando eu fico logo preocupado.

Marquei mais de uma hora na casa da Cris conversando com ela e com a Laura e nada da Viviane chegar. Bagulho tava ficando estranho já.

Boquinha: jogador, tá aí porra? Pegaram ela caralho. —meu radinho apitou.

Destino traçado Onde histórias criam vida. Descubra agora