Capítulo 1 - o homem desconhecido

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Heey, uma fic crossover entre 2ha e svsss - minhas novels favoritas :)

Se passa depois dos extras de svsss e no primeiro livro de 2ha, não muito tempo depois do Mo Ran ter acordado no seu corpo de adolescente - então não espere um Mo Ran super gado do shizun, ele ainda não chegou lá, o que posso garantir até agora é apenas um poço bem fundo cheio de vinagre.

Eu não vou dar muito foco nos acontecimentos das novels, então, caso você esteja dando uma pausa na leitura sofrida, não se preocupe com grandes spoilers :) o objetivo dessa fic é ser um passatempo divertido.

Boa leitura!

***

Chu Wanning caminhava atrás de seus três jovens discípulos que discutiam animados entre si, não se importando em incluir seu shizun na conversa - Xue Meng por vergonha, Shi Mei por não saber como falar com seu shizun e Mo Ran por puro despeito.

Eles haviam descido o Pico Sisheng após receberam a tarefa de resolver um caso misterioso que parecia assombrar uma pequena vila não muito longe.

Foi uma caçada noturna rotineira, mas Chu Wanning acompanhava seus alunos para observar seus desempenhos, e talvez auxiliar caso houvesse algum contratempo - o que felizmente não foi necessário, já que o caso acabou sendo apenas um espírito brincalhão que se sentia entediado e resolveu pregar peças e assustar os moradores.

Eles estavam no caminho de volta quando a brisa suave da noite começou a ficar cada vez mais forte, até se tornar um vento que chegava a sacudir as árvores.

Os quatro pararam e observaram o ambiente em volta, os três discípulos cautelosos e Chu Wanning um pouco curioso. Xue Meng virou-se para Chu Wanning.

— Shizun, - ele começou timidamente. — isso... não é normal, é?

Mo Ran bufou: — É apenas vento. Vai me dizer que você está com medo do vento, MengMeng?

— Quem deve estar com medo é você, seu cachorro. - Xue Meng respondeu irritado. Mo Ran deu um sorrisinho debochado.

— Não briguem, por favor. Certamente não é nada. - Shi Mei falou de modo suave e virou-se para Chu Wanning. — Certo, Shizun?

Chu Wanning, depois de tentar detectar alguma coisa diferente no ar e não encontrar nada, respondeu Shi Mei com "Mn" - o que seus discípulos entendiam como uma afirmação.

Xue Meng sutilmente soltou o ar que prendia, não querendo bancar o garotinho assustado e desapontar seu shizun, principalmente com seu primo idiota do lado.

Eles então voltaram a andar, mas poucos passos depois uma rachadura apareceu logo acima. Ela foi ficando cada vez maior e uma pessoa saiu dela, como se tivesse sido empurrada, então a rachadura simplesmente desapareceu.

Chu Wanning arregalou os olhos, surpreso, enquanto seus discípulos corriam em direção ao corpo estirado e aparentemente adormecido no chão. A pessoa usava elegantes roupas pretas com detalhes em vermelho e cinza, e, por ter caído de costas, seu rosto estava voltado para o céu.

Xue Meng e Shi Mei observaram o corpo em um silêncio contemplativo e Mo Ran soltou um assovio sugestivo enquanto murmurava um divertido "nada mal, nada mal". Chu Wanning balançou as mangas irritado e se aproximou para dar uma olhada.

Ele rapidamente entendeu o assovio de Mo Ran, afinal a pessoa - o homem desconhecido - tinha um rosto muito bonito, mas isso serviu apenas para irritá-lo ainda mais.

Xue Meng cutucou o homem com o pé.

— Jovem mestre, não faça isso. - Shi Mei advertiu calmamente.

Xue Meng recolheu o pé com uma expressão envergonhada e olhou para Chu Wanning com incerteza clara em seu rosto. Chu Wanning deu um leve toque no ombro de Xue Meng, tranquilizando-o, agachou-se e pegou o pulso do homem.  Chu Wanning franziu as sobrancelhas logo depois.

Essa pessoa tinha cultivo, estava fraco no momento, nada mais do que um leve pulsar, mas o estranho era que parecia haver dois tipos de energia circulando nos meridianos. Percebendo que uma febre começava, Chu Wanning transferiu um pouco de seu Qi para o homem, esperando que fosse o bastante, por enquanto, para equilibrar a energia escura que tentava ultrapassar a outra.

Chu Wanning levantou e virou-se para os três jovens: — Há uma pousada aqui perto, é mais próxima que o Pico Sisheng, então vamos levá-lo para lá.

[...]

Depois de alugar quatro quartos - individuais para os discípulos e um para o homem adormecido -, Chu Wanning sentou-se a beira da cama onde o homem estava deitado, planejando vigiá-lo a noite toda. Xue Meng e Shi Mei não queriam deixar seu shizun e estavam de pé, próximos à cama. Mo Ran estava sentado à pequena mesa que havia no quarto, um pouco distante, corroendo-se por dentro pela atenção que Chu Wanning estava dando a esse maldito desconhecido.

— O que faremos quando ele acordar? - Shi Mei perguntou.

— Vamos enviá-lo para o lugar de onde ele saiu. - Mo Ran resmungou.

— O quê, a rachadura no céu? - Xue Meng bufou e cruzou os braços. — Nem sabemos de onde aquilo surgiu ou para onde leva.

Chu Wanning concordou silenciosamente. Ele estendeu a mão e pôs sobre a testa do homem.

— Parece que a temperatura dele aumentou. - Chu Wanning disse baixinho. — Shi Mingjing, mergulhe um pano na água e traga para mim.

Shi Mei assentiu e se afastou, indo cumprir o que foi mandado.

— Shizun, isso é mesmo necessário? - Mo Ran perguntou, fazendo o possível para esconder sua irritação e ciúme. — Nem conhecemos essa pessoa.

— É o dever de um cultivador ajudar quem precisa. - Chu Wanning respondeu uniforme.

Shi Mei voltou com o pano e passou para Chu Wanning que com cuidado colocou-o sob a testa do homem.

Como se pela leve pressão refrescante no rosto, o homem abriu os olhos e piscou para o teto algumas vezes.

Chu Wanning levantou-se de seu lugar na cama e os discípulos se puseram ao seu lado atentos a qualquer movimento do homem.

O homem levantou a mão direita e tocou o rosto algumas vezes. Ele então tirou o pano da testa e se sentou devagar.

Ele passou os olhos pelo quarto, confuso, e parou quando chegou nas quatro pessoas de pé ao lado da cama.

— Quem são vocês?

— Somos cultivadores. - o mais velho dos quatro respondeu. — Eu sou Chu Wanning e esses três jovens são meus discípulos.

— Onde eu estou? - o homem olhou ao redor mais uma vez.

— Em uma pousada. - Chu Wanning respondeu. Ele observava a expressão desorientada do jovem homem a sua frente. — Você caiu de uma rachadura no céu.

O homem voltou seu olhar para Chu Wanning, parecendo um pouco surpreso com a informação.

— Rachadura? - ele repetiu baixinho, como se estivesse falando consigo mesmo.

— Qual é o seu nome? - Xue Meng perguntou ansioso.

O homem franziu a testa e olhou para as mãos, apertando o pano que segurava.

— Luo Binghe.

***

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