Take Me Home (Where I Belong)

Capítulo 5 - estou bem, Chu-Laoshi

Todos concordam que Luo Binghe  precisava ser mais adorado no cânone, certo? Certo. Ele é um bebezinho injustiçado e, tipo, um dos meus personagens favoritos da vida, por isso ele obviamente merece todo amor do mundo e mais um pouco.

E amizades! Sabemos o quanto Luo Binghe precisa de amigos. Então, aqui temos Chu Wanning pra assumir esse papel :)

É o que eu quero trazer com essa história, espero que não se importem.

Boa leitura!

**

— Levante o cotovelo um pouco mais. - Luo Binghe falou para o discípulo que estava à frente dele. O discípulo corrigiu a postura e continuou a realizar os movimentos que Luo Binghe mostrou mais cedo.

Havia aproximadamente vinte discípulos e a maioria estava indo bem na aula improvisada de Luo Binghe. Todos faziam o possível para manter a atenção dele e Mo Ran estava se esforçando muito para não revirar os olhos a cada tentativa.

— Um pouco mais devagar. - Luo Binghe passou por outro discípulo.

Chu Wanning estava de braços cruzados observando tudo e, quando preciso, dando dicas ao próprio Luo Binghe sobre como prosseguir com específicos discípulos.

Curiosamente, Luo Binghe não era um professor experiente. Ou ele apenas não gostava de guiar crianças que ele nem mesmo queria ensinar. Mo Ran apostava nos dois. Talvez um pouco mais na segunda opção.

Mas o ponto era: o plano de Mo Ran não deu certo.

Mo Ran esperava que Chu Wanning ficasse extremamente ofendido pelo fato de seus discípulos procurarem Luo Binghe ao invés dele. Esperava que Chu Wanning, depois de atirar um olhar ressentido a Luo Binghe por roubar seus alunos, desse meia volta com as orelhas vermelhas de raiva e se trancasse no Pavilhão do Lótus Vermelho e não falasse mais com Luo Binghe. Melhor ainda, nem mesmo dirigisse um olhar a ele!

Para a infelicidade de Mo Ran, não foi o que aconteceu. Pelo contrário, aparentemente Luo Binghe havia pedido a Chu Wanning que participasse da aula, analisasse os discípulos com ele e conferisse-lhe conselhos.

Mo Ran sentia vontade de quebrar alguma coisa. De preferência o rosto perfeitinho do intruso que soube entrar nas graças de Chu Wanning - coisa que Mo Ran nunca conseguiu, nem mesmo uma vez!

— Não adianta fazer essa cara, a culpa é toda sua! - Mo Ran ouviu um sussurro furioso ao seu lado. Era Xue Meng.

Apesar de seu primo ter desistido de procurar Luo Binghe, a presença dele na aula acabou se tornando obrigatória depois de Mo Ran contar para Chu Wanning o que Xue Meng iria fazer inicialmente.

Xue Meng ficou mortificado quando seu shizun se aproximou da mesa onde ele almoçava no Salão MengPo e disse que Luo Binghe ensinaria técnicas e movimentos de espada para alguns discípulos e, sim, Xue Meng estava autorizado a participar.

Agora Mo Ran ignorava os olhares furiosos de Xue Meng - ao mesmo tempo em que tentava não se perder na sensação escaldante de ódio e ciúme que sentia cada vez que Luo Binghe fazia perguntas para Chu Wanning e depois agradecia, sorrindo, a cada resposta seca habitual.

Chu Wanning claramente não queria estar aqui, quem ficaria feliz por ser parcialmente ignorado assim? Luo Binghe era masoquista, por acaso?

— Eu acho que encerramos por aqui. - Luo Binghe comunicou a todos, que gemeram desanimados pelo término da aula e voltaram às posições relaxadas. — Vocês foram muito bons. Não concorda, Chu-Laoshi?

Os discípulos rapidamente endireitaram suas posturas e olharam receosos para Chu Wanning, que por sua vez manteve o rosto sereno. Mo Ran poderia dizer que ele ficou um pouco sem jeito pela atenção repentina pois suas orelhas ficaram vermelhas.