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09/09/2021

William

Vesti a melhor roupa que eu tinha, uma camisa que um dia foi branca, que era do velho teimoso Leonor, e uma calça surrada que usei poucas vezes era o mais perto de novo que eu encontrei.
Cortei um pouco a barba para estar o mais apresentavel possivel

Com a bolsa nas costas sair mais cedo do que o previsto para vender as últimas peles, sabendo que o inverno rigoroso estava chegando.
Infelizmente ou felizmente eu vendi tudo e à vista, sabendo a cidade que eu havia de me casar hoje, os boatos correm mais rápido que leopardo, pelo menos isso me serviu de alguma coisa, porém me atrasei para o próprio casamento.
Cheguei com a cara fechada, para não haver gracinhas, principalmente da parte do meu cunhado ou do rapazote que perturbava minha mulher dias atrás, do qual também estava presente em uma cerimônia íntima sem o meu consentimiento.
Minha vontade era de pega-lô pelo colarinho e chutar sua bunda para longe de de minha mulher, ou soca-lo pelo atrevimento de perturbá-la.
Minha futura esposa estava vestida em um vestido branco de alças larga que caía pelos ombros, seu vestido marcava sua cintura,a parti de baixo era solto e longo usava uma coroa de flores roxas e branca das quais havia pelo caminho de casa. Ela estava ainda mais linda como de quando a vi pela primeira vez, apenas parecia mais pálida como se não comesse a dias, e olhando agora Realmente parece muito magra certamente passava-se fome com esse velho filho da p***
A cerimônia foi rápida como eu ordenei, o almoço feito pela velha senhora Taker estava delicioso há tempos não comia uma comida decente. Espero que a jovem Tacker saiba cozinhar também como o velho disse.
O que me incomodava era sua cara de desagrado,como se estivesse indo para forca, em nenhum momento olhou para mim ou se dirigiu a palavra, seus olhos pareciam inchado certamente chorará durante a noite.

'Barriga cheia pé na estrada' Como dizia meu pai, chamei pela minha noiva para seguirmos viagem afim de chegar em casa antes de escurecer, é o mais seguro.
Ela apareceu como se estivesse sendo arrastada, sua cara de choro já estava me irritando por um momento eu quis me arrepender de dizer sim.
- Espero que não faça corpo mole, a viagem é longa e precisamos chegar antes de escurecer, à animais perigosos na floresta pelo caminho até sua nova casa.
Ela me olhou com ódio em seus olhos o que não me importei não estava ali para ganhar seu coração apenas para receber o que me deviam. Peguei a mala da sua mão e fui em direção à saída esperando que ela me seguisse, mas para minha surpresa ela estava parada com os olhos cheio de Lágrimas olhando para o nada. Com toda paciência voltei agarrei pelo seu braço e disse baixo em seu ouvido.
- Vamos....
Antes mesmo de sair pelo portão a fora, encontrei com a mesma criança parecida com minha esposa em miniatura, cutucando me como se fossemos amigos há muitos anos.
Agnes- tchau Tata, Não precisa chorar o seu milido vai vir te trazer para passear aqui, não é mesmo?
Arqueei uma sobrancelha, como ela colocava palavras em minha boca sem nem me conhecer.
Lu- Querida eu não sei quando poderei vir, mas saiba que eu te amo muito, e treine bastante o que eu te ensinei para ganhar bastante dinheiro tá bom.
Agnes- Agora que você casou com a minha Tata você será meu tio?... Posso ir na sua casa? você me leva? Não tenho ninguém que va querer me levar, minha mãe disse que é muito longe e fica no meio do mato cheio de bichos, alguém precisa cuidar da minha irmã ela tem medo de cobra.

Eu analisava ela falando como se fosse adulto, antes que alguma palavra saísse da minha boca, seu pai a pegou pelo braço de forma grosseira lhe dando um beliscão que a fez se encolher com os olhos cheio de lágrimas, e minha noiva reagir.
Lu- Nao bate nela. É penas uma criança.
- tchau Agnes....
Peguei pelo braço da minha mulher e sair em passos rápidos para o caminho de casa.
Caminhamos para fora da cidade em silêncio, comigo na frente e ela alguns passos atrás de cabeça baixa, parecia até uma escrava, não me incomodei dizia meu pai que mulher boa é mulher  calada e pelada.
Faltava duas horas para escurecer se continuássemos nessa velocidade chegaríamos em casa em uma hora e meia, o que será bom.
Esperei por alguns segundos até que ela me alcançasse e disse.
- Agora é apenas subida preciso que não diminua os passos precisamos chegar na cabana antes de escurecer, á tempo para que eu Acenda a fogueira.
Lu- Você já disse isso, para de repetir a mesma coisa não sou burra.

A olhei com cara de poucos amigos de cima em baixo.
Então como se estivesse sozinho fiz a caminhada que costumo fazer sempre na minha velocidade, se ela não quiser virar comida de algum animal que me acompanhe, ah ignorei durante todo o caminho, até que próximo da cabana onde já podia se ver, ela me gritou.
Lu- Ou... William...
Me virei e não a encontrei ótima ela ficou para trás e agora vai me atrasar.
Lu- William....
Ela gritou. Dessa vez eu pude enxerga-la, como um animal feroz eu arrodiei para pega-la desprevenida por trás, primeiro lição que eu iria ensiná-la.
Sem fazer o mínimo de barulho possível eu cheguei próximo a ela, mais não me escutou pois o pavor e o desespero já havia tomado, a agarrei pela cintura e abracei forte como um urso, ela nem gritou mas desmaiou em meus braços, eu queria apenas assustá-la e ensiná-la a ficar sempre atenta na floresta, mas me surpreendi quando ela desmaiou e meus braços branca feito o vestido que estava a horas atrás.
"Mais essa agora, será que casei com uma mulher doente?"

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Lucélia TakerOnde histórias criam vida. Descubra agora