Lucélia Taker

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Willian

Minha cabeça latejava, a dor  me trazia a memória da bebedeira de onten, minha fiel ressaca estava presente como a maioria dos meus dias de inverno.
De longe eu escutava risadas, meu corpo sentia frio, estava apenas com cobertas, percebi estar sem camisa e sentei, soltando um grunido.
- Ai que dor.
Meu estomago revirava e queimava. O cheiro de ervas subiu ao lado da cama, onde havia uma caneca fumegante com pires em cima, foi impossível não sorrir por saber que esse inverno não estou sozinho.
Lembranças falhas da noite passada vem como borrão.
Eu me lembro de ter agarrado ela na cozinha, seu olhar de medo,... Me faz sentir estranho. Depois me lembro de suas pequenas mãos no meu peito me acariciando descendo pelo meu abdómen... Que me traz uma sensação de tesão... Forcei a mente pra me lembrar e apesar da frustração de não me lembrar eu me vi sorrindo o que eu achava não ser mais possível depois da morte precose de mamãe.
Me levantei, e aceitei o chá, andando pela casa, ouvindo vozes eu pude perceber como a solidão era ruim, e nem sabia. As encontrei na sala costurando roupa no corpo da pequena.
Eu não sou fa de crianças, mais enquanto essa estiver me obedecendo, e não estiver atrapalhando por mim tudo bem.
Abri a porta da cozinha e ainda nevava, as lenha aqui não irão durar por muito tempo. Mais a frente eu vi a horta coberta por gelo saudades da sopa de legumes que comi.
Após abastecer a cozinha de lenha, fumei meu charoto, pensando se a lenha seria capaz de durar todo inverno.
"Será que os guardas reais desistiram, até porque se a encontrasse ela certamente estaria morta."
O sopro frio, me trouxe de volta a realidade, em em outras ocasião a minha única preocupação seria minha cachaça, que me manteria aquecido e hoje , bem estou aqui preocupado se a lenha e a comida será o suficiente para nos manter ate a primavera.
Voltei ao quarto para me vestir de forma adequada ao frio.
Quando eu ouvi.

Lu- Eu sinto falta de casa, apesar da comida escaça. O que te fez você fugir? Me conta a verdade, foi o troglodita do meu marido que te sequestrou ? Me conta?
- Eu não sei, so que papai disse que eu iria morar no palácio do rei, ja que você se casou eu seria a proxima, então eu fugi ... Corri o máximo que pude, e me escondi no matinho.

Lucélia parecia não acreditar
Lu- Oh meu amor, você é apenas uma criança, nos duas teríamos tempo de organizar um plano, se esse fosse realmente o motivo.
Agnes-  Voce não entende,,, eu não tive outra escolha. Foi Graças ao seu trogo...togro...tita que me salvou, sua chata.