Lucélia Taker

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William

Acertei o que devia e fui embora, 
pensando no que fazer quando chegar em casa, se conto a Lucélia ou esqueço esse absurdo, e a tomo em meus braços para nos esquentar da melhor forma existente.
Olhando para o céu com o tempo nublado, com sol escondido, não está muito fácil imaginar quantas horas  faltam para o sol se pôr, os animais noturnos são mais difícil de lutar já que tem uma visão privilegiada ao contrario da minha.
O vento começava a soprar mais forte, tinha a impressão é que minha barba congelaria como as folhas das arvores.

A quase 1km do portão da cidade, escuto a cavaleria do rei avançando em minha direçao.  Com os galopes cada vez mais perto. Normalmente nunca tive problemas com gladiadores, ou os servos do palácio, apesar de evita-los.
....- Boa tarde senhor, estamos procurando uma crianças de uns 5 ou 6 anos, você a viu.?
Um homem de armadura( certamente congelado) imponente dirigiu a palavra a mim, enquanto os outros cavalheiros estavam ao meu redor.
Balancei a cabeça de forma negativa.
... X- Ele é um pobre louco, sortudo que ainda não foi devorado pelas feras, certamente nem entende a gente, vamos antes que a menina morra congelada.
O x avançou com o cavalo em minha direçao fazendo eu tropeçar em meu carrinho, causando risos nos outros.
Me levantei raivoso.
- Lucélia que me aguarde, descontarei tudo isso nela.
Por ela eu vim a cidade fora de tempo, quando chegar eu quero me enterrar dentro daquele buraco quente gostoso, com toda vontade, sem medo.
Algo que nunca aconteceu em meus 32 anos de vida, me distraí com meus pensamentos cheios de promeças, proxima a mata.
Me despertei com um barulho no mato alto a minha direita. Pronto para o ataque com minhas facas em mãos, com os olhos em todas direções para uma fuga caso precissase. Joguei pedras, para o animal aparecer.
Mais para minha surpresa, o que ouvi foi AI de criança.
Eu devo ter escutado errado, ou o frio está me delirando.
Joguei novamente e um Ai seguindo de choro baixinho foi ouvido.
Não demorou para que eu encontrasse uma menina, tremendo quase congelada, com a cabeça escorrendo sangue.
- Puta merda!!!
....- porfavorzinho, não me leve.
Disse a menina com as mãos uma na outra em forma de clamor.
Em estado de choque eu fiquei, não posso leva-la para casa, ela ira atrapalhar meus planos.
Mais se eu entrega-la machucada, com a fama de louco que tenho, eles vão achar que foi de propósito, podem até abusar e mata-la, e o bode expiatório 'aqui' ser condenado a morte por algo que não cometeu.
Enquanto a pobre criança chorava e clama, eu so imaginava o que fazer com ela para não atrapalhar meus planos.
Me aproximei dela tapando sua boca, e com a voz ameaçadora eu disse.
- Pare de chorar, ou darei motivos para seu choro, muitos estão a sua procura, se fosse outro a ter encontrado, você ia ver só.
Ela soluçou com os olhos arregalados cheio de lagrimas. Naquele momento o azul de seus olhos me fez lembrar de Lucélia, elas eram parecidas a não ser pela cor do cabelo ja que a menina tinha os cabelos escuros.
Tirei a mão da sua boca, e suspirei, pela burrice que estava decido a fazer.
- Irei leva-la para sua irmã, se vocês me desobedecer por qualquer motivo, o mais pequeno que seja, eu mato sua irmã e lhe entrego para o rei. Entendeu?
Ela acenou.
- Ótimo suba no carrinho para encobrir seus rastros, mais a frente você vai caminhando para se esquentar.
E assim o arrependimento bateu, o que será de mim? Em um dia estava sozinho e solitário, nem pagando por sexo eu tinha, e uma semana depois tenho uma mulher para meu deleite, e uma criança que nem minha é para cuidar.

Proximo a casa encontrei pegadas de lobos, o tempo já estava escuro nublado, as pegadas ainda recentes não significava algo bom, eles estavam por perto e com uma criança não sei como irei protegê-la e lutar.
A cada passo cauteloso eu andava atento para qualquer barulho ou rosnados, o vento estava me deixando nervoso pois eu ouvia apenas ele e os dentes se batendo e a tremedeira da pobre criança, tão magra como um graveto, não poderia impedi-lá de sentir frio, já que ela fugiu apenas com uma pequena trouxa de roupa, e a roupa que vestia de nada lhe adiantava para o frio que fazia.
Já em linha reta, com todos meus extintos ligados, ao longe podia avistar minha casa. O que me fez respirar de alívio. Subir uma montanha com carro amarrado em mim é uma criança que apesar de magra é pesada não estavam em meus planos para o começo do inverno, mas saber que logo à frente a minha cama quente juntamente com a pele da minha esposa para me esquentar de uma noite fria me fazia sentir alívio.
Alívio esse que sumiu assim que eu ouvi os rosnados de lobo e um grito de Lucélia que podia ser ouvido a quilômetro, eu não sabia o que era sentir medo há muito tempo, mas ao ouvir seu grito algo trouxe em mim aquela criança frágil de quando perdeu a mãe, eu não suportaria perder Lucélia apesar de tão pouco tempo mudou minha rotina, e mudaria minha vida.
Em um plano rápido peguei um tecido Grosso que comprei enrolei a criança e a coloquei sobre o galho de uma árvore alta onde os lobos não alcançaria, ela teria que ser forte o suficiente para se agarrar naquela árvore como se sua vida dependesse disso, e depende.!
Com uma única arma de fogo que sempre andava comigo apenas três balas, facas de caça que me ajudavam a cortar o couro de animais seriam minhas armas.
Assim que cheguei perto o suficiente para ver o tamanho da gravidade haviam dois lobos na porta da cozinha mas dois na porta da sala e mais três arrebentando a janela da cozinha onde era o lugar mais frágil teria que pensar rápido.
Atirei em um animal que já estava com a cabeça passando pela brecha da janela, o barulho da arma de fogo assustou os animais que correram de volta para Floresta, porém dois que estavam na janela não correram vieram ao meu encontro para me atacar não houve tempo suficiente para colocar a segunda bala no lugar e um dos animais pulou sobre mim, me derrubando enquanto o outro mordeu a minha perna,  com movimento rápido acertei uma das facas no primeiro animal que me derrubou, acertei  pescoço com uma das facas que o enfraqueceu o outro na minha frente já havia arregaçado minha calça e perfurada minha perna, a dor é imensa com muita dificuldade acertei uma facada nas costas do lobo que mordia minha perna, mas isso não fez com que ele me soltasse,  se os outros animais voltassem eles me devorariam em questão de minutos.

Gente du céu... 😰😮 
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