cap. 4

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No outro dia, Victoria acorda se deliciando com um leve aroma de jasmin, vindo das flores da varanda.

Mas a tranquilidade logo é expulsa assim que sua nova colega de quarto escancara a porta do seu quarto.

– Booom Diaa!– Lana anuncia.– Vamos, se arruma. Ou vamos perder o café!

Lana não percebe movimento algum em baixo das cobertas, apenas uma resposta abafada pelos travesseiros.

– Não... Ainda está cedo... Que horas são...?

– São 10 horas da manhã.

– O QUE?– Victoria se levanta bruscamente, fazendo os travesseiros voarem para bem longe.– O café era às 6 horas, nós já perdemos faz tempo, e as aulas também e...– a estudante é impedida de falar, com uma mão em sua boca.

– Garota, você está falando demais para alguém que acabou de acordar. – Lana tenta a acalmar. – Não esquece que você faz parte da alta classe agora, as aulas começam a partir do meio dia.

Depois de se certificar que Victoria não se descontrolaria novamente, ela se afasta limpando as mãos nas costas da garota.

Lana volta a olha-la nos olhos, percebendo um enorme brilho nos olhos da companheira de quarto.

Ela dá um pequeno sorriso. – Bem, eu te espero lá fora.

Passados alguns minutos, Victoria aparece no corredor recomposta, como se tivesse acordado horas antes.

Em um agradável silêncio, as duas atravessam os corredores tentando alcançar o refeitório.

Chegando à porta, elas se identificam e são recebidas por dois garçons que as levam para uma mesa reservada.

Para Lana aquilo poderia até ser algo habitual, mas para Victoria, tudo aquilo era motivo de seu sorriso naquele dia.

Nunca havia sido tratada desse jeito.

A única coisa que se lembrava de ser tratada diferente foi um feliz aniversário de um colega de turma no ensino médio.

Victoria se sentia uma rainha.

Enquanto esperavam seus pedidos, sentadas na mesa, a aluna percebe que haviam pessoas que não faziam parte da escola.

Aquele também era um restaurante aberto ao público.

– Puxa... – Victoria inicia a conversa – Quanto será que o diretor deve ganhar com essas escolas e restaurante?

– Quatro milhões ao mês. – Lana responde enquanto observa a paisagem pela janela enorme ao seu lado.

– Perdão...?

– Er... – Ela volta a atenção a garota a sua frente – Eu acho, mais ou menos, que é isso o que ele ganha... S-só um palpite.

A conversa é interrompida quando os mesmos garçons voltam com o café da manhã.

Victoria achou aquela resposta muito rápida e específica.

Preferiu deixar aquela conversa por ali mesmo.

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Quem Foi Que Matou?Onde histórias criam vida. Descubra agora