† Estamos bem, não é? †- Isso dói... - Dizia Lana, enquanto uma empregada fazia um curativo em seus machucados.
- Eu sei meu amor, mas é necessário se quiser que essa marca vá embora.
Um triste silêncio se prolonga por toda a sala, até que a empregada o cessa. - Lana, querida... Me diz uma coisa.
- Hm?
- Como você conseguiu essas marcas roxas? - Novamente o silêncio se manifesta, a empregada observava o rosto delicado e choroso da criança a sua frente, com uma expressão serena, tentando acalmar a garota.
- Eu... Não quero falar sobre isso agora. - Uma resposta inesperada, mas justa.
- Tudo bem então, meu amor. Ainda tá doendo? - Ela levanta lentamente o braço de Lana.
- Parece quente.
- Vamo colocar uma compressa gelada aqui então. Orashi? - A empregada se vira para encontrar os olhos de uma outra, que rapidamente se levanta, acena com a cabeça e sai do comodo.
Voltando-se para a criança novamente, ela estende sua mão e acaricia os cabelos fortemente alaranjados a sua frente.
Então, inesperadamente, Lana avança para cima da empregada e a abraça.
- Obrigada, Mei Mei. - Ela finaliza.
Segundos depois, Orashi reaparece com uma toalha úmida e gelada.
Já em pé, Ake vai em direção a outra empregada, e a abraça também. - Obrigada Orashi, você é muito fofa. - Ela pega a toalha e vai em direção a porta. - Mei Mei?
- Sim?
- Eu estou com fome. - Ela faz um rosto triste, franzindo a testa.
Uma leve risada sai da boca da mulher, mas logo responde - Levo até seu quarto assim que terminar.
- Obrigada Mei Mei, eu te amo. - Então Lana sai do cômodo.
Após um rápido tempo calada, Mei comenta com Orashi.
- E tem como não gostar dessa menina?
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Embrulhando a toalha em seu braço machucado, Lana sente sua pequena felicidade indo embora tão rápido quanto fez uma careta de dor com o contato da toalha gelada em sua pele dolorida, lembrando-se da razão de estar machucada.
Subindo um pequeno lance de escadas, ela se aproxima de seu quarto. Porém um forte arrepio a faz paralisar.
Quando olha em volta, encontra seu pai no andar de baixo, chamando pelo seu nome.
- Lana! Onde está você?
Repentinamente, sua paralisação se transforma em uma ávida necessidade de correr. Então ela o faz.
Fechando e trancando a porta de seu quarto, ela se senta em uma de suas várias almofadas gigantes encontradas no canto da parede, e abraça suas pernas. Evitando fazer qualquer barulho alto.
Passos eram cada vez mais altos no corredor até que esses param em frente a sua porta. Batidas foram ouvidas e Lana foi obrigada a levantar.
Ela exita ao virar a maçaneta, mas respira fundo e abre a porta.
Revelando Mei do outro lado, com uma bandeja lindamente preparada.
- Aqui está sua comida! - Ela inicia. - Acabei de fazer carolinas fresquinhas para você!
Um enorme suspiro seguido de um sorriso é visto no rosto da criança, que logo a responde. - Obrigada Mei Mei, você é um anjo.
Novamente sua pequena felicidade aparece, porém vai embora tão rápido quanto a aparição de seu pai atrás da empregada.
- Lana... - Ele as interrompe. - Estava procurando por você. Precisamos conversar.
Ele da uma pequena pressionada na porta para abri-la mais e força a entrada das duas no quarto para passar.
- Coloque a bandeja alí e saia. - O homem ordena.
Sem uma palavra Mei obedece, deixando a porta aberta ao sair.
Bufando fortemente, o homem se vira e fecha a porta com certa força, então começa a falar.
- Você está bem?
- ... - Lana mexe seu braço envolvido na toalha, obviamente respondendo a pergunta.
- Eu sinto muito, filha. Eu tinha ideia do que estava fazendo, juro. Tem alguma coisa que eu possa fazer para que você possa me perdoar? - Ele expressa, fazendo um rosto piedoso.
- Só... Não faça isso de novo...
O homem se aproxima dela lenta e delicadamente, apoiando a mão no ombro não machucado da menina.
- Eu prometo. - Ele da um sorriso de canto e a abraça por um bom tempo. Lana se sentia estranha a cada toque de seu pai, e rezava para que alguém o tirasse dali.
Como um milagre, a porta é escancarada e dá lugar a Orashi, que segurava um telefone branco com uma cara assustada.
Ela estende o objeto para o homem, que se levanta rapidamente e o atende. - Alô? Sim, é Heitor quem fala... O que...?
A feição estranha e relaxa de Heitor logo se torna seria e rígida. Certo tempo após atender a chamada, ele abaixa o telefone e torna novamente para Lana, que esperava impaciente que todos saíssem para que pudesse comer em paz. - Minha filha, e-eu preciso sair de novo. Mande beijos para mamãe por mim ok?
- Você não vai vê-la? Você não a vê a muito tempo!
- Eu sei minha princesa, mas esse negócio é algo muito importante, não posso perde-lo. - Saindo do quarto, ele se despede novamente e some nas escadas.
Um grande arrependimento toma conta do coração de Lana, que comenta com a empregada.
- Ele sempre faz promessas... Mas acaba fazendo algo ainda pior. Sempre.
Sempre.
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Quem Foi Que Matou?
RomanceFogo. Tudo o que Victoria se lembrava de seu passado era o incêndio. O calor em volta era insuportável e tudo o que podia fazer era chorar. Lembrava-se de uma silhueta entre as chamas gritar. -Morra, morra criatura demoníaca, você é o fim da humanid...