"por livre e espontânea pressão"
As duas amigas já haviam descido do carro, entrado no campus e estavam indo em direção ao quarto de Victoria.
Ninguém falava nada.
O silêncio era tão grande, que parecia ter afetado as pessoas em volta também.
Já próximas da porta do quarto, a aluna já havia perdido suas esperanças sobre a resposta de Luana. Até que, assim que ela abre a porta, Luana se manifesta.
- Eu vou participar do campeonato com você.
Victoria se vira rapidamente, não acreditando no que acabara de ouvir.
- O quê? Repete ai, rapidinho.
- Eu sei que você entendeu! - A amiga exclama, com as bochechas ligeiramente vermelhas.
Victoria abraça Luana alegremente, ainda surpresa com a resposta da amiga.
Assim que se afasta, Luana fala novamente.
— Você está bem?
Levemente confusa com a pergunta, a aluna apenas concorda com a cabeça.
— Que bom. Então... Te vejo por ai, tchau. — Luana se aproxima mais uma vez e deixa um beijo na bochecha da Victoria, então desaparece no corredor.
Assim que Victoria fecha a porta, a voz reaparece, fazendo a garota sair um pouco do chão.
— Você fez bem... Não achei que conseguiria. Felicitações a você.
— Droga, ainda não me acostumei com suas aparições.
— Não se preocupe, esse é o menor de seus problemas. Vamos para a próxima tarefa...
— Perai, perai. Você ainda não me disse nada sobre você ou algo do tipo.
— Por isso a próxima tarefa... Acalme-se um pouco por favor.
— Foi mal.
— Sua próxima tarefa será iniciar sua pesquisa para seu trabalho.
— E o que a História da nossa cultura tem a ver com você?
— Eu faço parte dela.
Victoria permanece silenciosa, fingindo acreditar na resposta.
— Não minta para mim, posso ler suas emoções. — A voz desmascara a aluna, em um tom ligeiramente magoado.
— Er... Onde vamos começar a pesquisa? — Victoria retoma o assunto rapidamente. — Com certeza não tem a sua história na internet.
— De forma ilegal, apenas. Mas não se preocupe, um dos livros originais está perdido em uma das bibliotecas dessa faculdade. Por sorte, eu sei qual das bibliotecas esconde o livro.
— Por que eu to sentindo que isso não será uma boa idéia?
Apenas uma risadinha suspeita foi a resposta da pergunta. — Siga esta linha roxa no chão, ela te levará até o livro.
— Linha...? — Victoria olha para o chão, agora enxergando a tal linha que provavelmente só ela conseguiria ver.
A garota fecha os olhos e inspira profundamente, só então segue para seu próximo destino.
•...................•
Após várias viradas de corredores e travessias de salões, Victoria se aproximava da tal biblioteca que guardava o livro.
Até que uma voz familiar a chama.
— Boa tarde minha querida amiga!
— Sr. Strauss! — A aluna se vira, feliz em ver o doce inspetor.
— Como é bom te ver, menina. Está tudo bem esses dias? — O senhor mostra um leve sorriso à garota.
— Está tudo ótimo, obrigada.
— E como está indo com Lana, sua nova colega de quarto?
— Indo muito bem, Lana é muito gentil e animada.
— Ela é, de fato. — O inspetor balança a cabeça concordando. — Muito bem, fico feliz em saber que você está ótima, mas agora preciso ir.
— Sim, eu também. — Victoria responde, recordando-se de sua tarefa.
O senhor dá um tapinha no ombro da aluna, então segue o seu caminho.
Victoria faz o mesmo.
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Estamos chegando a um ponto importante da história!
Eu estou bem animada, e vocês?
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Quem Foi Que Matou?
RomanceFogo. Tudo o que Victoria se lembrava de seu passado era o incêndio. O calor em volta era insuportável e tudo o que podia fazer era chorar. Lembrava-se de uma silhueta entre as chamas gritar. -Morra, morra criatura demoníaca, você é o fim da humanid...