39. Flashback 14

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Agosto de 2002

Naquela noite, ela e Malfoy estavam subjugados. Ele não vacilou quando ela lançou o feitiço de limpeza e ficou quieto enquanto ela aplicava o analgésico e depois a pomada.

— A garota Weasley sobreviveu? — ele perguntou abruptamente enquanto se levantava.

Hermione olhou para ele assustada. Ela tentou adivinhar por que ele estava perguntando. Lucius queria confirmação?

Ele não havia vestido a camisa e estava tão perto dela que ela quase podia sentir o calor de seu corpo enquanto ele olhava para ela. Seus olhos estavam tempestuosos e, quando ela permaneceu em silêncio, sua expressão mudou brevemente.

— Presumo que sim — disse ele, afastando-se e vestindo a camisa.

Hermione piscou. — Ela sobreviveu. Embora não por falta de esforço por parte de seu pai — disse ela em tom amargo.

A expressão de Draco endureceu ligeiramente.

— Espero que você não me considere responsável pelas ações de meu pai. Certamente já cometi pecados suficientes sozinho — disse ele com voz tensa enquanto abotoava rapidamente a camisa.

— Só não sei por que você está perguntando — disse ela. Ela se sentia muito esgotada para ter a conversa atual.

— Isso pode surpreendê-la, Granger, mas não tenho nenhum desejo especial de ver seus amigos mortos.

Hermione não disse nada. Ela não tinha ideia de que tipo de resposta dar ao comentário.

— Meu pai... — ele começou e depois hesitou; seu rosto tornou-se uma máscara fria. — Deixa para lá.

Hermione desmoronou internamente. Ela precisava ter essa conversa com ele. Ela estendeu a mão e pegou seu pulso. Ele parou e olhou para ela, sua expressão fechada.

— Desculpe. A pergunta me pegou desprevenido. Não te culpo pelo que seu pai faz. É só... — a voz dela foi interrompida brevemente e ela segurou o pulso dele com mais força. — Eu sei que você nunca sentiu nada além de desprezo pelos Weasleys - mas o que ele está fazendo com eles é horrível.

Malfoy ficou em silêncio.

— Sinto muito — disse ele. — Duvido que você acredite em mim, mas eu não – não há razão para sua vingança.

— Você discorda dele? — Hermione perguntou, estudando seu rosto com cautela.

Ele usou a outra mão para segurar a dela e soltou o pulso. — Se eu os culpasse pela morte da minha mãe, não teria perguntado sobre a garota Weasley.

— Obrigada por perguntar — disse ela, olhando sem jeito ao redor da sala. —Deve ser difícil para você. Eu sei que você admirava seu pai.

Draco parecia claramente desconfortável com o rumo que a conversa havia tomado.

— Certo. Bem... mais tarde, Granger — ele disse e aparatou sem dizer mais nada.

Hermione ficou ali por vários momentos, revendo a conversa antes de voltar para Grimmauld Place.

Quando ela chegou lá, encontrou seu quarto ocupado por Harry e Ginny. Ela remexeu-se no corredor e depois começou a subir em direção aos andares superiores da casa. Ao passar por uma das salas menores, ela avistou uma cabeleira ruiva curvada sobre uma mesa de mapas. Ela fez uma pausa e bateu levemente na porta.

— Ei, Mione — Ron disse distraidamente enquanto movia as peças pelos mapas e então coçava a cabeça distraidamente com a ponta da varinha. Sua expressão estava tensa.

Manacled | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora