77. Epílogo 3

8.8K 543 623
                                    

Agosto de 2024

Uma lareira na rede internacional de flu do Ministério da Magia Britânico de repente ganhou vida, e uma jovem apareceu dentro dela, com uma pequena mala na mão. Seus grandes olhos prateados estavam arregalados enquanto as chamas verdes se extinguiam, e ela saiu da lareira, observando o teto alto e abobadado do Átrio do Ministério antes de olhar para a multidão de bruxos e bruxas que passavam apressados.

— Aurore! — chamou uma voz.

Várias pessoas se viraram e viram Ginny Weasley correndo pelo Átrio com seu filho, James Potter, alguns passos atrás dela. Ginny esmagou a jovem em um abraço que durou vários minutos antes de recuar e estudar Aurore.

— Olhe para você. Olhe para você! Já se passaram tantos anos. Eu estava com medo de não te reconhecer, mas você se parece muito com sua mãe — Ginny disse, parecendo estar à beira das lágrimas.

Aurore sorriu.

— Sim — ela disse com uma voz que sugeria um leve sotaque neozelandês, — Meu pai sempre diz isso.

Ginny balançou a cabeça, incrédula.

— Ainda não consigo acreditar que eles finalmente deixaram você vir. Eu tinha certeza de que você ficaria na Nova Zelândia ou talvez acabasse na Austrália. Sua mãe escreveu que havia muitas ofertas depois que você passou em todos os exames...

As bochechas de Aurore ficaram vermelhas e ela olhou sem jeito para os sapatos.

Ginny riu.

— Não fique vermelha. Todos nós sabíamos que você era brilhante. Mas aqui está você, na Grã-Bretanha, depois de todos esses anos.

Aurore deu um sorriso que não lembrava em nada o de sua mãe.

— Bem, eles sabiam que eu sempre quis visitar, mas descobrir que me inscrevi e recebi uma oferta de Gringotes foi uma surpresa para eles.

Ginny estendeu a mão e agarrou James, puxando-o para a conversa. Os olhos de Aurore e James se encontraram por um momento antes de se desviarem.

— Eu ainda gostaria que você tivesse estudado em Hogwarts como James. Tentei convencer sua mãe a deixar, mas a Nova Zelândia era o lugar mais distante que seus pais considerariam quando você tinha onze anos. Eu sei que vocês dois se escrevem constantemente, mas suas qualidades de estudo realmente não conseguiram transmitir-se intercontinentalmente. Tenho certeza que você se lembra de como James mal conseguiu passar nos NOMs que precisava para se tornar um auror. Quase morri de vergonha. Professora de DCAT e meu próprio filho mal tirava A.

James ficou vermelho e passou a mão desajeitadamente pelos cabelos desgrenhados.

— Mãe! Levei a sério as notas dos meus NIEMs. Você não pode continuar mencionando algo de quatro anos atrás.

Ginny bufou indignamente.

— Vou trazer isso à tona enquanto eu quiser. Não consegui encarar ninguém na sala dos professores durante o primeiro mês do seu sexto ano.

James parecia querer que o chão o engolisse.

Ginny riu, aparentemente alheia aos bruxos e bruxas escutando ao redor deles no Átrio.

— Bem, talvez você possa colocar um pouco de juízo na cabeça dele agora que está na Inglaterra. Ele é como o Harry de novo - sempre tem de ser o herói, mesmo em simulações de treinamento. — Os olhos de Ginny ficaram um pouco embaçados antes de ela piscar e dar outra risada. — Ele precisa de um amigo que seja sensato e pragmático, em vez de outro grifinório como eu. Estou sempre dividida entre o orgulho e um uivador.

Manacled | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora