Manacled | Dramione

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Hermione sentiu como se seu coração estivesse na garganta.

Era uma menina. Uma garotinha.

Isso tornou a gravidez tão real que foi chocante.

Stroud examinou melhor o diagnóstico e suspirou. — Bem, não é o que esperávamos.

Ela baniu a leitura com um movimento de sua varinha.

— É uma pena, tivemos várias substitutas que abortaram inesperadamente depois que descobriram que carregavam meninas. — Seus olhos passaram de Hermione para Draco. — É claro que isso não será uma preocupação aqui, visto que a gravidez é principalmente um mecanismo de recuperação de memória. No seu caso, Alto Reeve, sempre há a próxima substituta... para um herdeiro verdadeiro.

Hermione sentiu-se esfriar. Sua garganta apertou e ela desviou o olhar de Stroud, seus olhos indo para Draco.

Ele estava olhando para o orbe esvoaçante como se não pudesse desviar o olhar, mas sua postura mudou ligeiramente.

Hermione desejou poder tocá-lo, segurar sua mão. Parecia um momento que eles deveriam compartilhar. Ela estava grávida de uma menina, mas sentiu como se toda a reação que pudesse ter fosse sentar-se calmamente, desviar os olhos e perguntar-se como poderia ter sido em circunstâncias diferentes.

Draco ainda mal reconheceu a gravidez além de como ela se relacionava com a saúde de Hermione. Apesar de sua repetida insistência de que não iria fazer um aborto, ele se recusou a tratar isso como tendo algo a ver com ele. Era a gravidez dela, o bebê dela. Quando ela tentou falar sobre isso, ele ficou conciso e, se ela insistisse, ele pedia licença e ia embora.

Ele piscou e os músculos de sua mandíbula se ondularam quando ele se conteve e desviou os olhos, olhando fixamente pela janela.

Hermione olhou para trás enquanto Stroud continuava a lançar feitiços e rabiscar notas.

Stroud lançou outro feitiço e uma projeção do cérebro de Hermione apareceu.

As memórias de Hermione brilhavam douradas no mesmo tom do orbe vibrante. Todas as pequenas luzes brilhantes espalhadas por seu cérebro mudaram de cor e algumas pareciam ter fraturado. Havia fragmentos de luz percorrendo o que pareciam ser as vias neurais.

— Que interessante — disse Stroud enquanto ela o cutucava. — O que os curadores mentais disseram quando viram o desenvolvimento?

Draco desviou o olhar da janela e olhou para a projeção. Suas narinas dilataram-se como se ele sentisse um cheiro desagradável. — Para mantê-la calma se ela acordasse e para evitar novas convulsões se eu quisesse evitar danos cerebrais permanentes e perda de memórias. — Ele zombou de Stroud. — Você deveria estar grata por seu método de recuperação forçada não a ter matado. Não consigo imaginar que o Lorde das Trevas teria recebido bem a notícia.

Stroud dobrou-se ligeiramente e pareceu nervosa. — Eu disse, quando propus, que era teórico — disse Stroud, com a voz rígida. — Eu deixei isso bem claro para o Lorde das Trevas. Ela mostrou algum sinal de ter recuperado mais memórias?

— Não — disse Draco, curvando os lábios enquanto olhava com escárnio para Hermione, depois se concentrou em Stroud, atento. — A única diferença perceptível em seu comportamento desde a gravidez é que ela está mais instável e mal consegue sair do quarto.

Stroud suspirou e cutucou a projeção. — É uma pena que não possamos simplesmente dosá-la com veritaserum. Por quanto tempo o curador mental disse para não usar magia em seu cérebro?

— Enquanto os níveis de magia permanecerem criticamente elevados, qualquer coisa que perturbe magicamente o cérebro, com exceção dos anticonvulsivantes, deve ser evitada. Ele estimou que seria seguro tentar minha legilimência no início do terceiro trimestre, presumindo que seus níveis de estresse caíssem a um ponto em que sua ansiedade deixasse de ser um gatilho para as convulsões. — Os olhos de Draco se estreitaram e ele parecia impassível. Sua mão estava perto de sua varinha.