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Draco desviou o olhar e balançou a cabeça. — Qual é o sentido da legilimência se você não a usa para impedir que alguém o mate? — Ele zombou, o som áspero e raivoso no fundo de sua garganta. — Ele sobreviveu como espião durante duas Guerras Bruxas apenas para ser morto por um clã de vampiros insurgentes.

Hermione podia sentir a raiva fria começando a emanar dele.

Ela engoliu em seco. A notícia pareceu uma concussão. Depois de dias temendo a chegada de Severus, considerando isso como uma conclusão precipitada, sua súbita ausência pareceu uma mudança sísmica. Tudo foi jogado para o alto e não havia como saber como iria pousar.

— Está confirmado que ele está morto? Ele pode ter escapado.

Draco olhou para ela e assentiu lentamente. — Está confirmado. Eles enviaram os corpos de volta com uma mensagem: 'O sangue dos servos do Lorde das Trevas alimentará a revolução.' Seu cadáver foi drenado. Eu pessoalmente confirmei que era ele.

Draco deu um suspiro agudo e começou a tirar suas vestes de Comensal da Morte. — Espera-se que o resto da Europa Oriental siga o exemplo nos próximos dias. É... — Draco bufou, — é o colapso que orquestramos, só esperávamos que eles esperassem até julho. Severus afirmou que tinha tudo sob controle. — Ele zombou. — Idiota de merda.

As últimas palavras foram meio rosnadas.

Hermione engoliu em seco e se forçou a respirar. Seu estômago parecia ter um peso tão doloroso que ela queria se dobrar e vomitar. Ela iria morrer. Ela, o bebê e Draco iriam todos morrer.

Severus foi a peça vital. Ele tinha sido sua última esperança. Ela pensou que talvez ele a ajudasse a encontrar uma maneira de salvar Draco. Ela disse a ele antes de partir para Sussex que precisava que Draco vivesse. Ele tinha que saber que ela não iria embora silenciosamente enquanto Draco cometia suicídio. Ela ensaiou mentalmente um discurso implorando a ele: — Eu te disse, preciso do Draco. Eu farei qualquer coisa. Qualquer coisa que for preciso. Qualquer coisa que você quiser. Por favor me ajude. Por favor me ajude. Se eu perdê-lo, morrerei de coração partido. Farei qualquer coisa que você pedir se me ajudar a salvá-lo.

Ela se agarrou à ideia de que Severus poderia ter ideias que ela e Draco não haviam considerado.

Sem ele, ela de repente sentiu o último raio de esperança se dissipar. Era como se um buraco negro tivesse se aberto sob seus pés, engolindo não apenas sua esperança desesperada pela sobrevivência de Draco, mas também a dela e do bebê deles.

Draco parecia estar à beira de um colapso. Ele respirou fundo entre os dentes e passou a mão pelos cabelos antes de chutar suas vestes para o outro lado da sala.

A mão dela se contraiu em direção a ele. Ela sentiu como se fosse desmaiar.

Ela estendeu a mão e tocou-lhe levemente no braço. Ele olhou para ela e parecia tão cansado.

— Está... está tudo bem, Draco — ela disse, encontrando os olhos dele. Sua voz ameaçou vacilar, mas ela a forçou a permanecer firme. — Está tudo bem — ela disse novamente.

Não faça mais nada consigo mesmo.

Seu peito teve um espasmo e seus dedos agarraram a manga dele. — Você fez tudo que podia. Mais do que qualquer um deveria ter pedido.

Prefiro morrer em seus braços.

Draco olhou para ela por um momento antes de estreitar os olhos. — Você ainda está indo embora.

Hermione olhou para ele sem expressão.

Ele estendeu a mão e as pontas dos dedos roçaram sua bochecha. — Eu ainda posso tirar você daqui. Severus era a opção mais segura, mas existem outras opções. Eu não queria que você pensasse que não escaparia agora.

Manacled | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora