56. Flashback 31

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Abril de 2003

Draco chamou por ela. Muitas vezes.

Às vezes, seus deveres no exército de Voldemort terminavam tarde da noite, mas na maioria das vezes ele chamava por ela nas primeiras horas da manhã. Hermione trabalhava em seu armário de poções ou pesquisava até seu anel queimar. Então ela sairia de Grimmauld Place e aparataria em Whitecroft.

Ela mal passava pela porta e Draco aparecia, agarrava-a e aparatava-os em outro lugar. Sempre um hotel. Raramente o mesmo, mesmo de uma noite para outra.

Ele a beijava, embalando seu rosto entre as mãos, e parecia que ele a estava respirando.

Então ele recuava o suficiente para olhar para ela.

— Você está bem? Você está bem? Aconteceu alguma coisa com você? — Ele passava as mãos sobre ela para verificar enquanto perguntava.

Sempre a mesma pergunta, como se ele não acreditasse até verificar pessoalmente.

Ela não esperava que ele estivesse tão obsessivamente preocupado. Ela observou sua chegada imediata a Whitecroft ao longo dos meses; a maneira cuidadosa como ele passava os olhos por ela depois que ela foi atacada em Hampshire. Ela não tinha considerado o quão profundo o medo o cortava.

Ela se sentia relaxando sob o toque dele enquanto os dedos dele percorriam seus braços, suas mãos e subiam por sua coluna.

— Estou bem, Draco. Você não precisa se preocupar.

As palavras nunca pareciam ter qualquer efeito. Ele virava o rosto dela e olhava nos olhos dela como se esperasse encontrar algo neles.

Ela olhava para ele e calmamente o deixava se tranquilizar.

O que quer que tivesse acontecido com a mãe dele, Narcissa nunca havia lhe contado completamente; ou porque não podia, ou em uma tentativa de poupá-lo. Ocultar o fato provavelmente tinha sido a pior escolha.

Draco era como ela. Ele era obcecado pelo que não sabia mais do que qualquer outra coisa.

Ela olhava nos olhos dele. — Draco, estou bem. Nada aconteceu comigo.

Quando ele tinha certeza de que ela realmente estava ilesa, era como se uma tensão dentro dele fosse finalmente quebrada. Ele a abraçava, suspirando de alívio enquanto descansava a cabeça na dela.

Você fez isso com ele, ela lembrou a si mesma, e envolveu-o com força nos braços. Você adivinhou onde ele era vulnerável e explorou isso.

Ela passou os dedos sobre ele, tentando detectar qualquer ferimento nele antes que ele a beijasse novamente.

— Draco, deixe-me curar você.

Ela nunca curou e nunca curaria ninguém do jeito que curava Draco: em seus braços, pressionada contra seu corpo. Ela deslizava as mãos ao longo dele e dava beijos de boca aberta em seus ombros, mãos e rosto enquanto murmurava feitiços. Ela o examinaria meticulosamente até que ele arrancasse a varinha de seus dedos e a jogasse do outro lado da sala. Então ele a empurrava para baixo na cama e a levava lentamente.

Quase sempre era delirantemente lento. Ele olhava nos olhos dela até que ela quase sentia suas mentes se tocando.

 Ele olhava nos olhos dela até que ela quase sentia suas mentes se tocando

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Manacled | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora