🧟‍♂️capítulo 11🧟‍♀️

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Assim que o dia amanheceu, Rick se levantou e chamou a atenção de todos. A tensão no grupo era palpável; as expressões sérias e determinadas mostravam a urgência da situação.

Rick: Cada um pegue uma arma — Rick falou, olhando para todos com firmeza.

Andrea, no entanto, não estava satisfeita.

Andréa: Não precisamos de armas desse tipo — Andrea protestou. — E as armas de fogo? — ela perguntou enquanto alguns pegavam facas.

Shane:  Já discutimos isso — Shane a cortou. — Daryl, Rick e eu estamos com elas. Não queremos ninguém atirando sempre que uma árvore balançar.

Andrea: Não estou preocupada com as árvores — Andrea retrucou, irritada.

Shane: Digamos que alguém atire na hora errada e tenha um bando passando, aí acabou pra nós. Então é melhor você aceitar — Shane revidou, mais friamente, não dando espaço para a mulher retrucar.

Eu seguia atrás de Carol com Daryl. Eles adentravam cada vez mais na floresta e, à medida que isso acontecia, eu apertava ainda mais o facão. Se mesmo com a presença do grupo eu me sentia assustada com tudo que podia acontecer, nem queria imaginar como meus filhos pequenos, Connor e Liam, estariam se sentindo. Eu carregava os gêmeos em um sling duplo, suas pequenas cabeças encostadas no meu peito.

Eu me abaixei quando vi Andrea e Carol se abaixarem. Estiquei o pescoço, vendo uma barraca há alguns metros. Daryl, Shane e Rick se aproximaram da barraca enquanto os outros esperavam com expectativa, na esperança de que Sophia estivesse lá dentro. Rick chamou por Carol e por mim. Carol correu até eles e eu também os segui, carregando os gêmeos.

Rick:  Chame Sophia, então se ela ouvir a voz da mãe ela irá em direção à voz — Rick orientou.

De onde estavam, ouviram sinos de uma igreja. Estava bem longe, mas à medida que corriam, o barulho ficava mais evidente. Aqueles sinos nos trouxeram várias possibilidades positivas e eu me agarrei a cada uma delas enquanto corria atrás de Daryl, segurando firmemente Connor e Liam contra meu corpo.

Shane: Não pode ser isso. Não tem um campanário nem sinos — Shane comentou quando viram uma igreja com um cemitério em seu quintal. Mas Rick nem lhe deu ouvidos.

Paramos na porta da igreja, deixando espaço para Rick, Daryl e Shane se colocarem à frente em posição, prontos para qualquer ameaça que estivesse do outro lado da porta. Havia apenas três zumbis, então não havia necessidade de usar balas. Rick pegou o facão da minha mão, Shane tirou o seu do cinto e eu entreguei minha faca para Daryl, que me passou sua crossbow.

Rick:  Sophia! — Rick gritou pelas crianças após matarem os walkers presentes.

Daryl: Ei J.C., está aceitando pedidos? — Daryl resmungou, frustrado com tudo o que estava acontecendo.

Shane: Eu disse, Rick, é a igreja errada. Não tem campanário, sino — Shane proferiu. E o sino tocou mais uma vez, mostrando que ele estava errado.

Daryl avançou primeiro e os outros seguiram em seu encalço. O sino era um maldito alarme. Senti meu coração pesar ao colocar minhas esperanças em algo ilusório.

Carol: Vou voltar lá dentro um pouco — Carol anunciou a todos e olhou para mim. — Quer ir comigo? — ela estendeu a mão.

Segurei a mão de Carol e a acompanhei para dentro da igreja depois de entregar a arma para Daryl. Não sou religiosa; minha família sempre foi ateia. Cresci em um ambiente onde a crença em Deus era vista como uma construção social, uma maneira de lidar com as complexidades da vida que não conseguíamos compreender. Para meus pais, a ideia de um ser supremo que controla o destino parecia irrelevante diante da dura realidade que enfrentávamos. Acreditar em algo maior nunca fez sentido para nós, pois éramos orientados pela razão e pela ciência.Agora, com a vida de Sophia possivelmente em jogo, me vi pedindo para que uma força superior nos ajudasse. Não era possível que, em meio a todo esse desespero, não houvesse uma centelha de compaixão que pudesse trazer Sophia de volta. Mesmo que eu não acreditasse em Deus, era difícil não desejar que alguma força além do nosso controle pudesse nos dar um pouco de esperança.A sensação de estar em um lugar tão carregado de simbolismo religioso, onde a oração e a fé eram o último recurso, fazia com que eu me sentisse dividida entre a razão e a esperança. O eco dos sinos parecia se misturar com a minha própria oração silenciosa, uma súplica desesperada para que encontrássemos Sophia e que, de alguma forma, um milagre acontecesse.

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