🧟‍♂️capítulo 15🧟‍♀️

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Jade estava no quarto onde Bryan e Carl estavam deitados, observando atentamente os monitores que acompanhavam os batimentos dos meninos. A luz suave do sol filtrava-se pelas janelas, criando um ambiente tranquilo, mas a tensão no ar era palpável. Mesmo sem sinais de que os meninos iam acordar, ela sentia-se aliviada ao ver que estavam estáveis.

Enquanto os batimentos cardíacos soavam ritmados, Jade revisou os suprimentos que havia trazido de sua bolsa de medicina. Ela havia sido cuidadosa ao preparar a bolsa antes do apocalipse, cheia de itens essenciais que agora eram sua única linha de defesa. Soro fisiológico, bandagens, analgésicos e até alguns antibióticos estavam organizados com esmero.

Jade pegou uma seringa e preparou uma dose de medicação, lembrando-se da sensação de impotência que a dominou quando a situação mudou drasticamente. Os hospitais que conhecia não eram mais uma opção, e os recursos estavam cada vez mais escassos. Sem os equipamentos sofisticados de que costumava dispor, cada pequeno item que havia trazido se tornava crucial. A adrenalina e a necessidade de proteger aqueles que amava impulsionavam suas ações.

Enquanto administrava a medicação, seus pensamentos vagavam. Era surreal como suas prioridades mudaram. A rotina do hospital, com seus desafios e recompensas, parecia uma vida distante agora. Ela se lembrava das risadas com colegas e das noites longas, cheias de café e trabalho. Agora, o silêncio era ensurdecedor, e a responsabilidade que sentia era imensa.

Jade verificou os batimentos de Bryan novamente, observando cada pequeno detalhe, cada mudança. A cada segundo que passava, ela se perguntava como era possível que suas vidas tivessem tomado um rumo tão inesperado. A preocupação pesava em seu coração, mas a determinação de cuidar deles a mantinha firme.

Ela se afastou um pouco, olhando pela janela e pensando no que o futuro reservaria. O mundo lá fora havia mudado, mas, naquele momento, sua prioridade era garantir que Bryan e Carl se recuperassem. Um dia de cada vez. Isso se tornou seu mantra.

Voltando a se concentrar nos meninos, Jade ajeitou os cobertores, buscando conforto na rotina que havia criado. Com cada batimento, ela sentia que havia um propósito maior em suas vidas, e que, independentemente do que acontecesse, ela faria de tudo para proteger sua família.

Jade estava concentrada nos monitores, observando os batimentos de Bryan, quando, de repente, percebeu uma leve mudança. Um movimento sutil, quase imperceptível. Ela prendeu a respiração, o coração acelerando. Seria possível? Bryan estava acordando?

Em um instante que pareceu uma eternidade, os olhos de Bryan lentamente se abriram. Ele piscou, confuso, e, em seguida, fixou o olhar em sua mãe. A expressão dele, misturada de surpresa e alívio, fez o coração de Jade disparar.

Jade: Bryan! — ela sussurrou, a voz embargada de emoção. As lágrimas começaram a brotar em seus olhos, e ela não conseguiu conter o choro. Era uma mistura de felicidade e alívio profundo.

Bryan: Mãe? — a voz dele era suave, quase um sussurro. O modo como disse a palavra fez com que o mundo ao redor dela desaparecesse. Era apenas ele, ali, vivo e consciente.

Jade se aproximou, colocando a mão delicadamente no rosto dele, como se quisesse se certificar de que era real.

Jade: Sim, sou eu! — respondeu ela, a voz tremendo. — Você está acordado! Oh, meu Deus, você está acordado!

As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela olhava nos olhos de Bryan. A conexão entre eles parecia mais forte do que nunca. Ele sorriu, ainda um pouco atordoado, mas aquele sorriso era tudo que Jade precisava para sentir que a luta havia valido a pena.

Bryan: O que aconteceu? — ele perguntou, tentando se lembrar.

Jade: Você tomou um tiro, mas agora está aqui — ela disse, tentando manter a voz firme, embora as lágrimas não parassem. — Eu estou aqui, e você vai ficar bem.

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